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Hope foi deixada em casa pelos dois policiais, sã e salva. Deu graças a Deus por não ter recebido perguntas que provavelmente a deixariam pressionada durante o caminho para casa de Justin e, por não ter sido notada pelo pai de Naomi.

O pai da Naomi.

Aquilo era tão surreal e difícil de acreditar, mas que logo começou a ficar tão óbvio e fazer um sentido tão grande que ela mesma poderia logo dizer para ajudar no caso. Como falar que o "P" de DP significava Potter ou que somente ele poderia ser o traidor, afinal, quem mais teria como encobrir tantos assassinatos, uma casa de show clandestina, tráfico humano e informações até de certa forma pessoais das vítimas?

A Collins simplesmente suspirou e ficou quieta até ser deixada lá, e quando os policiais foram embora, sem ao menos desconfiar o que os outros amigos planejavam, Ryan e Justin vieram ao seu encontro lhe explicar e pedir para que ela arrumasse algumas roupas para irem logo para a casa de Carrie e Felícia.

Depois, no fim da tarde, eles se arrumaram e foram direto para a casa das irmãs Morgan, onde os casais já foram logo ficando juntos: Carrie e Corey no quarto dela e Justin e Hope no quarto de Felícia, que após muito implorar, pediu para que os dois não passassem dos beijos no seu "local sagrado" e que se transassem, era para ser feito no chão e limpo depois, ninguém merecia né?!

A Morgan mais velha ficou na sala assistindo Meninas Malvadas com o Montgomery, que assim como ela, sabia praticamente todas as falas do filme.

- Você está bem? — Justin perguntou, abraçando a amiga colorida de lado na cama de Felícia.

- Não. — Hope negou, já não tendo como esconder o quanto estava abalada.

- Quer desabafar? — ele perguntou, acariciando os cabelos dela.

- Não sei se é uma boa ideia... — ela mordeu o lábio inferior, hesitante.

- Você me ajudou quando eu estava com aquele problema de bebida quando algum paciente meu morria. — o médico falou, atraindo o olhar a da garota.

- Ainda tem. — a cirurgiã murmurou, um pouco decepcionada.

- Mas melhorei e estou melhorando graças a você. — ele falou, levando a mão livre até o rosto dela para fazer um carinho. — Me deixe te ajudar também.

Ela suspirou, criando coragem para dizer.

Sabia que com ele podia contar.

- Eu vi o policial traidor hoje. — desabafou.

- Sério?! — Justin arregalou os olhos, vendo a menina concordar. — O filho da puta te viu? Avisou a Naomi e o Austin? Prenderam ele? Finalmente essa história acabou?

- Calma, Justin. — Hope pediu, e logo suspirou, sentindo o cansaço. — Na verdade ele não me viu, e eu não tive coragem para dizer a Naomi sobre isso.

- Por quê? — o Adams franziu o cenho.

- É o pai dela. — a Collins soltou, fazendo o rapaz ficar em silêncio por alguns minutos, parecendo analisar o que ela havia dito.

- O que? — ele finalmente se deu conta da gravidade da situação. — O chefe Raul? Tem certeza disso?

- Tenho. Eu o reconheceria em qualquer lugar, mesmo se minha memória ainda estivesse fodida. — ela mordeu o lábio inferior, nervosa. — É ele sim.

- Mas... Ele também ajudou quando você chegou aqui na cidade. Ele quem deu a ideia de você ficar lá em casa.

- Eu fiquei sabendo... Mas acredite em mim, Justin, é ele. Ele estava me seguindo quando eu fui parar na avenida e tive uma overdose, antes de desmaiar eu o vi claramente no bar, rindo da minha cara.

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