- Ele vai precisar de uma cirurgia, mas é um procedimento simples, ele vai ficar bem. — Hope disse, anotando algo no prontuário de seu primeiro paciente naquele hospital. Tommy Wine, de 1 aninho. — Pode falar com o doutor Miles, ele vai preparar seu filho para a cirurgia e te apresentar os detalhes.
- Muito obrigada, doutora. — a mãe da criança sorriu, se sentando na maca do hospital com o filho nos braços.
Sorrindo, a médica saiu do quarto, um tanto nervosa. Seu primeiro dia e não sabia quem era seu residente responsável por ajudá-la. Só sabia seu nome porque o chefe do hospital lhe disse.
- Você é a nova cirurgiã pediátrica, né? Doutora Collins? — um rapaz de jaleco, assim como ela, se aproximou com um sorriso simpático. Ela sorriu de volta, e assim que olhou para o crachá do homem, suspirou aliviada.
- Sou eu mesma, você é o doutor Miles, vai trabalhar comigo, certo?
- Sim, é um prazer conhecê-la. — ele lhe estendeu a mão, que a mesma cumprimentou prontamente. — Espero que se sinta a vontade aqui, soube o que aconteceu.
- Oh, eu agradeço muito. — ela sorriu, um pouco desconfortável. Ainda se sentia vulnerável por entrar naquele assunto de sua memória. — Poderia cuidar do Tommy Wine? Tenho de fazer uma adenoidectomia nele, pode atrapalhar no desenvolvimento respiratório.
- Vou prepará-lo.
- Obrigada.
Hope se virou assim que o médico residente se foi, apoiando o braço no balcão de recepção, anotando algumas coisas sobre o garoto que ia operar em um papel separado, e avaliando o prontuário.
- Pelo visto está começando bem no hospital. Já vai fazer uma cirurgia, conheceu alguém novo... — Justin falou com um sorriso amarelo, chegando perto de Hope. Se sentia um maníaco por observá-la daquele modo, mas era quase inevitável. Mentiria se dissesse que queria matar o residente que claramente estava dando em cima da pediatra.
- Pois é, tenho que dar graças a Deus por isso. Bom, e a você e o chefe também. — ela riu, e ele a acompanhou, sentindo um alívio estranho em seu peito. A expressão da garota mudou e ela largou a caneta em cima do balcão, encarando timidamente os olhos do cirurgião cardíaco. — Justin, sobre ontem...
- Eu... — ele pigarreou, a interrompendo. Sabia que uma hora ou outra teriam de falar daquilo. Só não esperava que fosse tão cedo... — Eu queria mesmo falar com você sobre isso. Hope, eu sinto uma atração forte por você, mas, nós dois sabemos que você tem namorado e, falando como médico, acho que o que aconteceu pode ser a falta de... Bom, você sabe...
- Falta de sexo? — Hope franziu o cenho com a timidez na qual ele escolheu as palavras.
- É, eu tenho trabalhado muito e, não tenho transado. Talvez seja uma... Seca? — Justin disse, coçando a nuca, sem graça. — Só queria me desculpar, não tem justificativa eu ter me deixado levar por meus instintos assim. É difícil... Quer dizer, tem uma mulher morando em casa agora, e você é linda, fica complicado não olhar, principalmente quando se transa há um tempo... — ele pegou uma das mãos dela, apertando-a levemente. — Me desculpa mesmo.
- Tudo bem, talvez seja isso mesmo. — ela desviou o olhar para a mão dele sobre a sua, e se afastou rapidamente ao sentir o coração acelerar. — Olha, eu realmente espero que isso não se repita. Sei que eu também estava na mesma bolha sexual que você, mas isso é errado. Eu me culpo por ter percebido isso só agora, quer dizer, eu não pararia se seu celular não tocasse, sei que não. Eu não sou infiel, e mesmo com a atração... — ela mordeu o lábio inferior, e o Adams quase gritou por saber que ela também se sentia daquele mesmo modo. — Não pretendo trair, quase o fiz, mas não vai se repetir.
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Where Is The Love?
Mystery / ThrillerEla estava com a boca seca, o estômago roncava Os olhos vermelhos e a cabeça girava Fugir era a única opção Naquela situação Precisava da polícia, um médico Qualquer especialista Estava perdida e necessitava de ajuda. Um caso misterioso assombrou as...