Las Vegas (Jikook) | Concluída

Capítulo 57

Olá, flores do meu Bellagio!!

🎰 Boa leitura! 🎲

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Jungkook foi junto com seu pai na ambulância enquanto avisava sua mãe do ocorrido. O diagnóstico preliminar era de uma parada cardíaca. Os paramédicos passaram o caminho todo até o hospital fazendo massagem cardíaca no senhor Jeon, tentando estabilizar os batimentos.

Aquilo era assustador. Jungkook nunca havia sentido tanto medo quanto naquele momento. Ver seu pai, aquele que mais admirava, tão fragilizado era o pior pesadelo que ele poderia ter.

Assim que a ambulância estacionou na frente do pronto-socorro, as portas foram abertas pela equipe que já aguardava a chegada do paciente. Sobre a maca, Jeon Jihoo foi levado as pressas para dentro do hospital, deixando Jungkook para trás, desolado por não poder acompanhar mais o pai. Agora, tudo estava nas mãos dos médicos.

Sentado no corredor, na companhia de sua mãe, esperava por notícias, lutando contra o remorso que havia o arrebatado. O momento em que Yeri contava sobre seu relacionamento com Jimin e a sua solicitação para que ele fosse tirado do cargo era repassado como um filme em sua mente. E aquilo que ele mais temia tinha acontecido: ele havia decepcionado seu pai.

Jungkook ficava se perguntando o que poderia ter feito diferente para que nada daquilo tivesse acontecido. Talvez, se ele tivesse desmentido o noivado naquela coletiva de imprensa, ou quem sabe, tivesse feito algo para que Yeri não conseguisse as ações do pai, nada daquilo teria acontecido.

Segurava-se firmemente na mão de Sojin, que fazia um carinho sobre a de seu filho. Ambos visivelmente abalados, tentavam manter os pensamentos positivos sobre o estado de saúde do patriarca da família.

— Os senhores são da família de Jeon Jihoo? — A voz do médico assustou o moreno, que levantou imediatamente da cadeira.

— Sim, ele é meu pai.

— Bom, felizmente conseguimos estabilizar o ritmo cardíaco de seu pai e, a princípio, parece não ter havido grandes sequelas. Mas ele ainda está sob efeito de forte medicação e só poderemos avaliar melhor o quadro quando ele acordar.

— Isso pode demorar? — Sojin perguntou.

— Não podemos precisar. Pode levar apenas um ou dois dias, mas cada caso é diferente. Vamos aguardar pacientemente enquanto monitoramos todos os sinais vitais.

Jungkook sentiu os joelhos fraquejarem e voltou a se sentar ao lado da mãe depois de ouvir aquela notícia. Seu coração batia violentamente, e mesmo que estivesse um tanto aliviado, lágrimas começaram a escorrer pela primeira vez naquele dia.

— Ele irá para um quarto daqui alguns minutos, assim vocês poderão vê-lo.

— Obrigada, doutor. — Sojin respondeu.

A mãe de Jungkook passou o braço ao redor do filho, esfregando a mão na lateral de seu braço, enquanto a outra enxugava as lágrimas grossas que corriam pelo seu rosto.

— Calma, filho. Vai ficar tudo bem, seu pai é forte. Você não ouviu o que o doutor disse? Provavelmente não terá nenhuma sequela.

— Eu não consigo parar de pensar que tudo isso foi minha culpa. — Soluçava baixinho no ombro da mãe. — Eu fiz tudo errado...

— Não diga isso, Jungkook. Você não fez nada de errado. Não fique se culpando dessa maneira, você fez o que achou que deveria ser feito. Essas coisas acontecem... seu pai mesmo já passou por situações bem complicadas com a empresa. Antes de você nascer, ele quase foi a falência. — o filho parou para ouvir o que a mãe contava. — Quase perdemos nossa casa, aquela em que você nasceu e passou a infância, você se lembra? — Jungkook acenou afirmativamente com a cabeça. — Então, foi nessa época que seu pai perdeu boa parte dos cabelos. As vendas caíram muito com a crise que o país enfrentava e seu pai teve que demitir boa parte dos funcionários. Ele ficou arrasado, mas ele não desistiu. Aquela empresa era o grande propósito da vida dele, então, ele lutou bravamente. Conseguiu que Kim Wonshik entrasse com um grande capital, tornando-se sócio majoritário. Daí para frente as coisas começaram a melhorar e seu pai fechou um contrato bilionário com uma empresa estrangeira. E foi aí que tudo decolou e chegamos onde chegamos.