O Cara Perfeito - jikook

7 ☯ Massa rosa

Capítulo 07: massa rosa.

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Jungkook

Demorou um pouco até que Jimin estivesse mais calmo, e quando ele parou de chorar eu sequei seu rosto com as mangas do meu blusão e beijei cada uma das suas pálpebras, porque alguém como Jimin não pode derramar uma lágrima de dor sequer. Apenas lágrimas de alegria.

Então eu entrelacei nossos dedos e ele me guiou pelos corredores e escadas, do meu lado, até que finalmente nós chegamos no jardim central da casa. Um jardim tradicional, como todo o resto. Uma quadra gramada, com quatro passarelas feita de paralelepípedos de pedra, formando uma cruz, com árvores e bancos de madeira em todas as quatro divisões que as passarelas formaram, não deixando passar a magnífica fonte no meio de tudo isso, que mais se assemelhava a um pequeno lago, onde haviam algumas carpas. O jardim é bem ornamentado, o arquiteto paisagista que ajudou a projetar a construção está de parabéns.

E eu só fiquei prestando atenção nos telhados ornamentais e em cada paralelepípedo do chão para não ter uma síncope, porque o ar de imponência que paira sobre o jardim fez com que eu me sentisse inferior. Até a postura bem aprumada deles me deixa tonto.

Quem nos viu primeiro foi uma mulher de meia idade, vestida em um yukata rosa-coral, com um coque bem feito nos cabelos quase grisalhos. Ela sorriu, o mesmo sorriso que o Jimin tem, mas com algumas ruguinhas aparentes. Essa é a mãe dele. Ao lado dela, um homem um pouco mais alto, também velho, com um yukata azul-ferrete risca giz.

Tinha alguns idosos também, todos usando roupas tradicionais, apesar de os mais jovens não usarem. Na verdade eles usavam roupas folgadas e confortáveis como a minha e a de Jimin.

— Jimin, meu filho! Finalmente você chegou!

Quando a mãe dele falou isso, com esse sorriso, eu me lembrei do que Jimin me disse em uma das nossas saídas para um passeio.

Jimin sorriu pequeno, e me soltou, indo cumprimentar os pais na frente, me deixando sem jeito para trás.

E como manda os costumes da família Park quando se passa muito tempo longe de casa, Jimin se ajoelhou aos pés dos pais e beijou-lhes a mão. E assim que levantou, recebeu um abraço apertado da mãe, e um mais curto do pai. Isso se repetiu com o biso e bisa dele e com os avós, e sim, vovó Sook apertou a bunda de Jimin e disse "pelos menos alguém dessa família está se alimentado direito". Jimin soltou uma risada gostosa igual a ele e foi abraçar os irmãos. Eu reconheci Yanbyeun e seu marido Minhyuk, junto com seus três filhos, Somo, um garoto de oito anos, e os gêmeos de cinco, Taeyeon, outro menino e Wonyeon, um ger. Yuta, o irmão de Jimin, foi quem veio ao seu encontro com abraços calorosos e sua esposa Woori. Eles têm dois filhos: a garota, Hyelin, também de cinco anos e o ger, Maizuo, de apenas um.

Ainda falta Soyuki, Laila e as gêmeas para chegar, eu suponho, já que não as vi aqui. Mas antes que eu pudesse pensar direito, Jimin já tinha cumprimentado sua tia solteira e tarada e voltado para o meu lado.

— Bem... — Ele começou, com um sorriso tão nervoso quanto o meu emocional. — Esse aqui é Jeon Jungkook, o meu namorado.

— Prazer em conhecê-los — Fiz uma mesura em respeito, de frente para todos os membros mais velhos da família de Jimin. E me pegando de surpresa, a mãe de Jimin, Seon-nyeo, me deu um abraço, que eu retribuí sem jeito nenhum.

Gente, cadê as formalidades?

— Seja bem-vindo a nossa casa, querido.

Depois dela, eu recebi um aperto de mãos do pai de Jimin e um abraço dos mais velhos. Vovó Sook me apertou bastante quando me abraçou. Segurou meu rosto entre suas mãos e começou a soltar suas pérolas: