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Anne.

É quase difícil de acreditar que já tinha se passado um mês, estava quase tudo pronto.

- Maldivas? - Lari tinha sugerido me despertando de meus pensamentos.

- Caribe? - Nath perguntou.

- Cancún? - Dessa vez eu questionei.

- Que tal, Bahamas? - Cami falou mais animada que todas nós.

Lis parou um pouco e começou a pensar.

- Gostei de todas as sugestões, mas acho que vai ser Bahamas.

Nós comemoramos.

- Eu nem acredito que o casamento é em dois meses. - Lis disse animada e com o olhar admirado.

- E você vai pras Bahamas, é pra poucas. - Brinquei no final.

Elas deram risadas.

- Muito obrigada pela ajuda de vocês, sério mesmo. - Lis disse e vi seus olhos brilhando.

- Até parece que a gente deixaria você sozinha nessa. - Falei.

- Amigas são pra isso. - Nath disse de maneira fofa.

- E a gente não aguentaria ficar parada depois de você ter ficado noiva, fala sério! - Cami riu e brincou.

Rimos mais um pouco e Lis falou.

- Bom, os seus vestidos estão prontos, consegui terminar os últimos detalhes ontem, experimentem por favor.

Batemos palmas animadas e eu fui primeiro.

- Ficou perfeito! - Afirmei com um sorriso. E Lis comemorou.

As meninas experimentaram também e eles tinham ficados perfeitos, realçaram ainda mais a beleza dos corpos de cada uma delas.

- Ok, já tá tarde, meu chefe pediu pra ajudar ele a revisar uma matéria que vai sair, então em tenho dever de casa. - Brinquei.

- Tarde tipo sete da noite. - Lari brincou e nós rimos.

- Eu realmente preciso ir. - Falei meio desanimada.

- Ok então, tchau mana. - Lis me deu um abraço e eu me despedi do resto das meninas.

Fui pro meu prédio e subi até o meu apartamento. Abri a porta e fechei rapidamente. Quando me virei pra sala vi alguém que eu achei que nunca mais veria.

- Gustavo? - Falei chocada.

- Oi gata, gostei bastante da sua matéria sabia? - Ele falava com o jornal em mãos, seu tom de deboche era perceptível.

- Como... O que você tá fazendo aqui? - Falei ainda em pé, ao lado da porta.

- Então, vim te dar um recado. - Ele falou e chegou perto de mim. - Você não vai mais falar daquele dia, ou sobre mim, entendeu? - Ele pegou em meu pescoço e apertou.

- Vai se... foder. - Eu falava com dificuldade já que ele realmente estava apertando.

Ele riu maldoso e falou. - Pague pra ver, tenho certeza que você não vai gostar. Não conte a ninguém sobre a minha visita, caso contrário, essa pessoa pode se machucar. - Ele riu novamente, me soltou e saiu.

Do corredor o ouvi. - Tchauzinho.

Me sentei no chão e coloquei a mão no meu pescoço. E eu realmente não consegui conter as lágrimas. Eu não podia contar pra eles, Gustavo é um louco, e eu não arriscaria a vida deles, simplesmente não posso.

Eu fui tomar um banho demorado e coloquei um pijama simples.

Eu me sentei na minha cama e tentei me concentrar no meu trabalho, algo que estava sendo impossível.

A campainha toca, coloquei um moletom por cima de tudo e fui atender.

Abri a porta e pra minha surpresa: - Gabriel?

E ele levantou aquela íris azuis para o meu rosto e um pequeno sorriso se formou no rosto dele.

- Oi, tudo bem?

- Oi, t-tá e com você? - Perguntei, que merda, Anne.

- Tá sim, então... eu tava pensando se... você não quer dar uma volta? - Percebi o tom rosado de suas bochechas e sorri.

- Tudo bem, entra, vou me trocar. - Falei e dei espaço pra ele entrar.

Fui pro meu quarto, coloquei um short jeans, fiz um rabo de cavalo no meu cabelo e manti o moletom.

- Vamos? - Perguntei e ele assentiu.

Descemos pro condomínio e saímos.

Olhei pro céu admirando algo raro, uma noite estrelada.

- A noite tá linda hoje... - Ele falou e eu concordei com a cabeça.

- E ai? Alguma novidade? - Perguntei tentando puxar assunto.

- Tem, mas não sobre mim... - Ele colocou a mão atrás da cabeça, coçando.

- Diga. - O encoragei.

- O Pietro disse que a Lis organizou os pares e me pediu pra te avisar que nós vamos entrar juntos.

- A Lis não tinha comentado nada... - Xinguei ela na minha cabeça, aquela bastada...

- Ela deve estar bem ocupada com tudo... - Ele falou.

- Sabe quando o ensaio começa?

- Mês que vem. - Ele esclareceu.

- Entendi. - Falei e percebi ele me olhando.

Estávamos quase chegando no condomínio de novo e ele segura no meu braço de leve e me pergunta.

- O que é isso?

- O que? - Perguntei sem entender.

Ele tocou meu pescoço devagar.

- Quem fez isso, Anne? - Ele perguntava impaciente.

- Ninguém. - Dei um passo pra trás, suspirando.

- Você prometeu...

- Gabriel, não, desculpa. - Falei e andei na frente dele.

Eu queria contar mas eu não podia. Não podia perder ele, não de novo. Fui pro meu apartamento e fechei a porta. As lágrimas que eu insistia em segurar, caiam sem parar. Tudo parecia estar tão pesado, tão difícil de aguentar, como eu vou fazer isso sozinha?

o retorno - 𝒈𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝒈𝒐𝒖𝒍𝒂𝒓𝒕𝒆 [ 1° Parte COMPLETA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora