4 dias e 20 horas depois ...
❆ Anne.
Os dias passavam e eu não tinha mais noção de tempo, era dia ou noite, estava exausta.
- Hoje você vai embora, amor. - Gustavo apareceu com uma seringa em mãos. - O que acha de fazer uma surpresa pros seus amiguinhos?
Eu não sabia aonde ele queria chegar.
- Lembra desse remédio que eu te mostrei na última vez? - Ele falou chegando perto de mim.
Acenei a cabeça devagar.
- Então ...
🍪 Gabriel.
Como a polícia tinha descoberto o que realmente tinha sido o Gustavo que mandou os bilhetes para Anne, por conter a mesma caligrafia do jogador. O agente da carreira dele, foi obrigado a dar um endereço, onde Gustavo tinha uma casa afastada no subúrbio e era hoje que estava lá.
❆ Anne.
Gustavo colocou um pano branco que tinha o mesmo cheiro do pano que ele usou no dia em que ele me sequestrou, porém, dessa vez eu não tive nenhuma força para lutar. Senti minhas pálpebras se fecharem lentamente e algo perfurar minha pele.
Tudo tinha ficado borrado e eu me senti muito fraca.
🍪 Gabriel.
Chegamos numa casa pequena, meio luxuosa, bem afastada. Não havia sinal de carros e as luzes estavam acesas.
A polícia procedeu devagar, com cautela, temendo qualquer situação ruim.
Eles arrombaram a porta da frente e não tinham ninguém, a delegada fez sinal de pros policiais que a acompanhava, um grupo para a direita, um tinha que subir e outro para a esquerda.
A delegada foi para os fundos onde havia uma área de lavanderia, foi o que eu consegui ver do lado de fora. Eu, Lis e Pietro insistimos em ir com a polícia e eles cederam, mas com a condição de que esperassemos do lado de fora.
Eu estava bem nervoso e ansioso com o que eles poderiam achar, e o estado que Anne poderia estar. Fechei meus olhos e respirei fundo tentando me acalmar.
De dentro da casa, ouvi uma voz masculina dizer.
- Yasmim, Achamos a garota!
Ouvir passos apressados serem dados e um tempo depois um policial trouxe Anne para um lado fora.
Ela estava desacordada, tinha pequenos cortes no rosto e braços, seus pulsos estavam marcados e tinha olheiras.
- Anne! - Foi a única coisa que eu falei quando eles colocaram ela no chão, vendo o casal recente se ajoelhar perto dela também.
- Chamem uma ambulância! - Ellen Gritou e alguém se apressou em chamar.
A respiração de Anne estava muito lenta, ela estava pálida, algo estava errado.
Uma ambulância chegou em pouco tempo, e os paramédicos foram em direção a ela, e começaram um pequeno procedimento.
- A frequência cardíaca dela está fraca! - Um deles falou, checou os olhos dela. - Pupilas estão dilatando! Temos que correr!
Eles colocaram ela numa maca rapidamente e foram para a ambulância.
Eu, Lis e Pietro queríamos acompanhar-lo mas só tinha lugar pra uma pessoa e a Lis foi.
Eu e Pietro fomos com a detetive, que era o único carro que não era uma viatura. Ellen seguiu a ambulância e chegou ao mesmo tempo no hospital.
Lis veio com lágrimas nos olhos e disse:
- Eles disseram que o coração dela está parando de bater, eles vão tentar reanimar ela com o desfibrilador. - Pietro a abraçou e os pais chegaram no hospital.
- Eles sabem o porque dela ter ficado assim? - Perguntei ainda chocado, com informações que Lis tinha dado.
- Não, ainda não sabem. - Ela respondeu ainda abraçada a Pietro.
- Minha filha? - A mãe de Anne e Lis se aproxima de nós, junto com o pai.
Lis puxou a mãe para conversar e longe quando Lis deu a notícia, a mãe se jogou nos braços de seu marido e começou a chorar.
Pietro tinha passado a localização do hospital e nossos amigos estavam chegando.
Anne pode morrer! Estava a um passo de uma parada cardíaca e as vezes nem reanimar conseguem. Se algo acontecer com ela, eu não sei o que eu vou fazer.
Eu sentei uma poltrona e senti meus olhos cheios de água, aquela era uma chance real de eu perder a Anne, para sempre, sem retorno dessa vez. Isso me assustava cada vez mais.
- Ela vai conseguir, Anne é uma mulher forte. - Senti a mão de Pietro no meu ombro, dando tapinhas leves.
- Eu não sei o que vou fazer se ela não conseguir. - Desabafei e senti lágrimas rolarem pelo meu rosto. Escondi meus rosto entre as mãos e chorei mais.
Narradora On
Anne entrou no quarto hospitalar com sua frequência cardíaca em 50 batimentos por minuto e continua a despencar. Os médicos viram isso e quando estavam se preparando, o coração da garota parou, levaram um desfibrilador as pressas para sala e tentaram reanimar ela duas vezes, porém sem sucesso, a médica pediu para aumentar e usou novamente. Os sinais vitais voltaram, mas antes que pudessem comemorar Anne teve outra parada cardíaca.
3 horas depois ...
Gabriel.
Nossos amigos já haviam chegado, e todos nós estávamos preocupados e com medo do possível óbito de Anne.
A médica veio junto com seu técnico de enfermagem e disse.
- Vocês estão com Anne Schumacher?
Todos se levantaram e disseram que sim.
- Ela nos deu um tremendo susto, sua frequência cardíaca estava baixa e continuava diminuindo quando chegou. Até que a primeira parada cardíaca veio, nós reanimamos ela, porém ainda teve outra parada, reanimamos novamente e suas funções vitais normalizaram. Os paramédicos me disseram que as pupilas estavam dilatando, ela quase teve uma morte cerebral, o que nos deixou muito preocupados, mas ela está bem agora. Está repousando e amanhã mesmo vocês já podem visitar ela. Tudo bem?
Assentimos e ouvi a mãe das irmãs agradecer a doutora.
- Eu falei! Anne vai conseguir superar essa! - Pietro comemorava e abraçava sua esposa.
Eu abracei Camila que estava do meu lado.
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o retorno - 𝒈𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝒈𝒐𝒖𝒍𝒂𝒓𝒕𝒆 [ 1° Parte COMPLETA ]
FanfictionG.G || Onde Anne, a youtuber geek, volta para o Rio de Janeiro, reencontra sua irmã e se apaixona de uma forma avassaladora. 🏅#1 Cookie (20/05/20) 🏅#2 Goularte (20/05/20) 🏅#1 Gamers (06/07/20)
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