🍪 4.4

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24 horas depois...

🍪Gabriel.

Eu, Lis, Pietro e os pais de Anne, passamos a noite no hospital. Lis dormiu com a cabeça no colo de Pietro e eu passei a noite em claro. Mesmo que ela estivesse bem, eu só me tranquilizaria quando visse ela.

- Oi, bom dia! Anne ainda está dormindo, porém dois de cada vez podem visitar ela. - A médica nos comunicou e os pais de Anne foram primeiro.

Depois de um tempo, eles voltaram e eu e Lis fomos ver ela no quarto do hospital.

O deja-vu veio, e eu me lembrei da outra vez em que ela estava no hospital, no acidente causado por Theodoro.

Quando abri a porta, vi Anne, ela estava com uma expressão tranquila, estava pálida mas seus lábios rosados ainda estavam presentes. Reparei que seus pulsos foram enfaixados por conta dos machucados.

Lis se sentou e pegou na mão de sua irmã. Eu fiz a mesma coisa, Anne não suportava hospitais, e ver ela assim mais de uma vez, estava me fazendo odiar hospitais também. A mão dela estava gelada, mas seus batimentos pareciam normais, de acordo com o aparelho do hospital.

Fiquei ali um tempo e como não dormi bem nos últimos dias, senti o sono vir e deitei minha cabeça na cama de Anne, eu estava mais tranquilo só de saber que ela está viva e que melhoraria.

40 minutos depois...

Anne.

Abri meus olhos devagar e vi a luz forte do hospital. Me acostumei com a claridade e vi Lis e Gabriel do meu lado, segurando as minhas mãos. Sorri com isso e apertei a mão deles. Vi Lis começar a acordar e me dar um sorriso.

- Como você tá? - Ela falou baixo pra não acordar o Gabriel.

- Melhor... - Manti o mesmo volume da voz dela.

Tirei a touca do Gabriel e comecei a fazer carinho no cabelo dele.

- Você tinha que ser sequestrada logo agora? Tive que cancelar minha lua de mel! - Lis brincou e riu.

- Desculpa, próxima vez eu aviso. - Ri baixinho.

Gabriel se mexeu um pouquinho e Lis falou.

- Vou pegar um café pra gente, quer algo? - Ela falou se lenvantando.

- Água, minha boca tá bem seca. - Pedi.

Ela acenou positivamente com a cabeça, deu um beijo em minha testa e saiu do quarto.

Fiz um carinho no rosto do Gabriel e vi ele abrir os olhos lentamente, e um pequeno sorriso brotar em seu rosto.

- Oi, como você tá? - Ele falou meio sonolento.

- Melhor, e você?

- Menos preocupado. - E ele continuou me encarando com aquelas íris azuis. - Temos que parar de nos encontrar em hospitais.

Ri um pouco de sua brincadeira.

- Então, onde devemos nos encontrar? - Brinquei e ele riu.

- Bom, eu tenho umas ideias... - Ele chegou um pouco perto.

- Eu adoraria ouvir todas elas... - Provoquei e ele colocou a mão no meu rosto, nos aproximando para um beijo.

- Oi gente, bom dia! - Lis entrou quando eu e Gabriel estávamos a poucos centímetros de distância.

Eu resmunguei frustrada e Lis me deu a água, e um café para Gabriel.

- Atrapalhei algo? - Ela forçou um tom inocente.

- Sim! - Afirmei.

- Não. - Gabriel falou ao mesmo tempo que eu, em um tom envergonhado. - Vou avisar a eles que você acordou. - A mão dele que estava em me rosto foi para o meu cabelo e fez um leve carinho.

Ele saiu do quarto e Lis não perdeu tempo.

- Estava uma tensão romântica tão forte aqui, sabe? - Ela me provocou.

- Lis, você não presta! - Empurrei ela de leve e ela riu.

- E ai, como vocês ficam? - Ela perguntou se sentando em sua poltrona.

- Como a gente fica? Ele não namora a Júlia? - Perguntei e senti minha cabeça doer.

Eu não me lembrava de muita coisa dos dias passados, mas quando falei o nome da Júlia senti algo estranho.

- Está tudo bem? - Lis me questionou preocupada.

- Tá, só um pouco de dor de cabeça. - Falei disfarçando a dor.

- Vou pedir pra te darem um remédio. - Ela falou e saiu do quarto.

🍪🍪🍪

🍪Gabriel.

Eu fui comprar algo pra comer e vi Lis procurar alguém no hospital.

- Lis, tá tudo bem? - Perguntei.

- Só procurando um enfermeiro pra dar um analgésico pra Anne. - Ela esclareceu.

Ela achou e o enfermeiro foi pegar algo para Anne.

- Como ela está?- Perguntei.

- Ela tá bem, só está com enxaqueca. Algo normal, depois do trauma...

Concordei com a cabeça, o enfermeiro veio e nós acompanhamos ele até o quarto de Anne.

Ela estava com os olhos vermelhos e suas bochechas molhadas com suas lágrimas.

Fui pro lado dela e o enfermeiro aplicou o remédio na veia dela e se retirou em seguida.

- O que aconteceu? - Perguntei fazendo um carinho em sua cabeça.

Ela não falava, só chorava. Segurei ela devagar e abracei ela. Sussurrei palavras para tranquiliza-la. E ela pareceu se acalmar.

- Se quiser conversar, estou aqui. - Falei pegando a mão dela e ela assentiu.

Ela dormiu segurando a minha mão e eu achei melhor não sair do quarto e ficar com ela ali, essa noite.

Narradora On.

Depois de um tempo, Gabriel caiu no sono, segurando a mão de Anne. Lis pegou um cobertor e cobriu o loiro, deu um pequeno sorriso da cena e saiu do quarto.

Todos estavam felizes que Anne estava melhorando, tanto que esqueceram de seus sequestradores.

Mas será que Ellen e Yasmim esqueceram de Gustavo? E Júlia, onde ela está?

o retorno - 𝒈𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝒈𝒐𝒖𝒍𝒂𝒓𝒕𝒆 [ 1° Parte COMPLETA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora