A Ovelha Negra Suicida

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  O sangue de Macayla estava sendo pintado nas paredes daquele local escuro. Ela desenhava diversos símbolos das bruxas nas paredes e no chão sem se importar com o sangue que perdia. precisava terminar com aquilo de um jeito ou de outro.

  Aurora se achava poderosa o suficiente para uma guerra? Ela definitivamente não conhecia a filha de Rebecca Styles. 

  Maca parou subitamente e engoliu em seco se virou vagamente e arregalou os olhos ao ver uma figura feminina de cabelos prateados com uma mexa castanha escorrendo seu ombro. Os olhos com dupla cor encarando Macayla com um sorriso maldoso. 

— Ótimo agora tô tendo alucinações... — Respondeu voltando aos desenhos.

— Assim você me ofende. —  Respondeu a outra Macayla que estava sem roupas, mas com o corpo repleto de manchas negras. — Seu colar está falhando. E eu estou ganhando mais visibilidade. —  Brincou abraçando Macayla pelas costas. —  Sinto muito pela sua perda.

  Quando Macayla sentiu o calor daquela pessoa idêntica a ela, acabou se arrepiando. Ela estava de fato ali, foi quando a outra Macayla se afastou e ambas ficaram frente a frente pela primeira vez.

— O que é você? — Perguntou a Macayla original.

—  Eu sou você.

—  não é não. —  Retrucou e a Macayla de cabelos prateados franziu o cenho confusa. — Como eu estaria falando comigo mesma? Estou louca de vez?

—  Mas nesse mundo de anjos e demônios todos somos um pouco loucos por acreditarmos que podemos fazer magia, Macayla.

—  O que é você? —  Perguntou novamente e a outra Macayla reparando que não tinha como convencê-la do contrário respirou fundo e sorriu.

— Eu sou aquilo que você não pode ser. Juntas somos mais poderosas do que qualquer outra coisa. Sou parte de você Macayla... Mesmo que me negue.

  Macayla engoliu em seco e respirou fundo ao ouvir aquilo. Ela havia entendido do que se tratava.

— Passei todo aquele tempo caçando enfermos e os exorcizando e nunca percebi... Que eu também tenho um demônio dentro de mim. —   Disse ela e sua "eu" do mal gargalhou com a fala.

—  Não sou um demônio. Não... Nós somos algo a mais. Estou vagando no corpo do seu avô à milênios até sua mãe o queimar, mas aí eu retornei em você muito mais forte e muito melhor.

—  O que você é? — Perguntou mais uma vez.

—  Eu sou... —  Se encararam mais uma vez, até que a sua eu do mal sorriu por fim e desapareceu em uma névoa negra deixando Macayla pensativa.

  O que quer que tenha sido aquilo, a mãe da menina sabia. E preferiu guardar segredo até em seu túmulo.

***

 O dia seguinte foi um baque para todos, Blake estava de cabeça baixa quando contou aos outros sobre a morte de Rebecca , Adam socou a porta de sua casa com força soltando um grito enfurecido.

  Azakiel levou as mãos a boca e Rachel arregalou os olhos.

—  Não... Isso é... — Disse Alexia.

—  Eu sei... — Respondeu Blake e Carmilla o abraçou em consolo.

  Bellamy estava deprimido quando Rachel o encarou.

—  Sinto muito... —  Disse Bel a Rachel, mas a rainha não respondeu, não sabia como responder, Becca era sua amiga, e ela não conseguia acreditar que aquele tinha sido o final dela.

Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora