Um Destino Improvável

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  Asmodeus reapareceu no solo embaixo da igreja Fallen o ódio era estampado no rosto dele, tanto que se apressou em ir até Aurora.

— Por que me tirou de lá???  —  Ele perguntou aos berros e Aurora o encarou enquanto jantava em sua enorme mesa com Leviatã e Mamon.

— Relaxa bonitão, sente-se aqui com a gente. — Disse leviatã sorrindo com um pedaço de cordeiro em sua mão.

— Não enche! Quero que me permita voltar! Eu ia acabar com ela, só estava vendo o que ela era capaz!

— Você morreria. —  Disse Aurora e Asmodeus gargalhou.

—  Pra uma bruxinha??? Nem renegada do inferno ela é!

—  Ela chutou a bunda de Belfegor, é forte o suficiente pra mim. —  Disse Leviatã.

—  Modos! Você não é uma criança. — Respondeu Mamon e Leviatã o imitou como uma criança fazendo pirraça.

— Belfegor, era fraco! Nunca tentou ser mais forte. Dentre todos nós até o pirralho de Azazel seria mais forte que Belfegor! — Retrucou Asmodeus, Aurora parou de comer e encarou Asmodeus. 

— Ela o mataria, por que ela não é mais uma meia mortal. —  Respondeu a mãe dos arcanjos tentando conter a paciência e a elegância de uma dama de preto. 

— Que? Como assim? — Perguntou o príncipe da luxúria franzindo o cenho em raiva e dúvida quando se aproximou cada vez mais de Aurora.

 —  Ela se fundiu seu babaca. —  Respondeu Leviatã. —  Laura Hollis fundiu magia negra com magia iluminada. — concluiu de boca cheia fazendo Mamon o encarar como se a qualquer momento fosse esfregar aquele prato no rosto de Leviatã para que ele tivesse modos.

— Isso é impossível. — Disse Asmodeus encarando o demônio da inveja. — Não se pode fundir as duas magias! Ou se é uma bruxa negra ou iluminada, as duas coisas não existem! Até por que todos sabem o que acontece com uma bruxa de magia branca quando ela usa magia das trevas! Se a pirralha conseguiu o impossível então que ela é?

  Aurora terminou sua refeição e limpou seus lábios com o guardanapo, respirou fundo antes de encarar Asmodeus que aguardava uma resposta, ela parecia séria, como se estivesse com raiva, porém se levantou e se aproximou de Asmodeus, ficando frente a frente dele. 

  Relaxou os músculos da face antes de falar e então prosseguiu. 

— Uma híbrida. Ela é uma bruxa híbrida. — Respondeu no exato momento em que Rowan aparecia com Rafael algemado, Asmodeus engoliu em seco. — E uma bruxa híbrida pode sim ser comparada a uma renegada do inferno, ou até a algo maior.

    Rafael parecia enfurecido, estava de cabelos molhados e era arrastado com um pano amarrado firme em sua boca o impedindo de falar quando Aurora se virou indo na direção dele.

 Ah como ele queria estrangulá-la naquele momento.

—  Que isso? torturou o moleque com água? —  Perguntou Leviatã rindo enquanto mordia a perna de carneiro.

— Que? Não. —  Disse Rowan. —  por que eu faria isso?

—  Ué eu achei que...

—  Ele só tomou um banho. —  Respondeu Aurora. —  Estava cheirando a corpo em decomposição. E meu filho precisa ser bem cuidado certo? Que tipo de monstros vocês acham que eu sou? — concluiu tirando o pedaço de pano de sua boca.

— Ela realmente quer que a gente fale? —  Perguntou Leviatã sussurrando à Asmodeus.

—  Vai se foder sua desgraçada! — Disse Rafael assim que Aurora terminou de retirar o pano e ela bateu em seu rosto com força. 

Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora