Capítulo 23

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Quando chegamos à boate tudo está uma confusão sem fim, carros no estacionamento estão virados e outros totalmente quebrado, tem cartucho de bala pelo chão que emanam um cheiro estranho, Zaki totalmente desesperado começa a correr pra dentro da boate, mas eu o seguro, pode ser perigoso de mais invadir assim sem saber.

– O que você está fazendo, me solta. – ele tira o braço buscamente.

– Não podemos entrar assim sem saber o que está acontecendo lá dentro.

– Meus companheiro estão com problemas, isso já é motivo o suficiente pra entrar. – ele grasna ferozmente.

– Você não será de utilidade nenhuma ferido e....morto. – murmurei a ultima palavra.

Ele estreita os olhos e rangi os dentes frustrado, se ele fosse um urso com certeza ele rugiria de raiva, seus ombros estão totalmente tensos, o desespero está nos seus olhos.

– E o que você sugere. – diz ele entre os dentes.

– Espere um momento, deixa eu escutar e sentir o cheiro deles lá dentro pra ver como estão as coisas.

Zaki suspira derrotado, mas não deixa de ficar tenso e os punhos continuam fechados prontos para o ataque. Eu fecho os olhos e aprofundo meus sentidos, tento fazer como Damian me ensinou, avaliar o cheiro, cor, como são. Tento fazer isso ao mesmo tempo que os escuto, vários som se misturam, as sirenes da ambulância e da policia atrapalha no inicio, mas eu separo eles dos outros e tento escutar apenas o que estar acontecendo dentro da boate. Som de disparos, de objetos caindo, grunhidos de raiva, zumbidos, luta, bastões de ferro, sangue, energia. Encontrei.

– Consegui, achei a senhora, mas só o breve cheiro dela e está fresco.

– Aonde? E os outros? Como estão e quantos são? – perguntou Zaki exaltado.

– Contei oito caçadores, quatros estão lutando contra eles, alguns estão caídos no chão e outros preso em uma espécie de gaiola verde, eu só consegui rastrear a senhora até o grande portão que leva até a grande biblioteca, não consegui passar dali e ela não está só, senti o cheiro de duas pessoas também.

– Magia de proteção, você não vai conseguir passar pela barreira da biblioteca. – murmurou Zaki roendo a unha, como se estivesse tentando pensar um plano pra poder salvar todo mundo.

– Então, o que você quer fazer?

– A única coisa que consigo pensar é entrar e quebrar a cara de todos eles.

– Não é por nada não, mas isso não chega perto de um bom plano, sem contar que se um monte de magos não conseguiram derrotar caçadores armados, imagino o que uma lobisomem e um mago pode fazer contra.

– Eu sei está bem, preciso de mais informações. Como você conseguiu saber deles dentro da gaiola? Consegue ver mais?

– Não funciona assim ta, eu não viro o gaspazinho e saio vagando por ai, eu só uso meus sentidos e meu cérebro trata de visualizar com as informações que tem. Eu não vejo a forma total, o cheiro que essa gaiola emana é muito forte, e eu nem sei se ela tem o formato de gaiola, como disse meu cérebro visualiza do jeito que quer, eu só acredito ser uma porque senti o cheiro distante dos outros dentro dela e o formato da sua cor com o cheiro parecia enorme.

– No caso não podemos confiar muito.

– Não é bem assim, eu sou apenas iniciante, mas eu sei a localização exata deles, disso eu tenho certeza.

– Isso é bom, algum deles estão perto da saídas de incêndio?

– O que tinha está caído no chão, o seu cheiro indica que deve ter pedido a consciência.

– Perfeito, vamos. – ele começa a caminhar pelo beco ao lado da boate.

– A gente tem que fazer um plano antes de entrar assim. – falei seguindo ele.

– O plano está feito, fazer o que puder fazer e dar um bela surra neles.

– É serio isso? – ele abriu a porta e me ignorou. – Eu não devia ter saído da cama hoje.

Essa situação me preocupa, como um bando de mago foi derrotado tão facilmente pelos caçadores, e esse cheiro forte, me incomoda, é estranho a sensação que ele causa, e tem mais, eles são o grupo do meu pai ou do meu tio?

Quando entramos, um home armado está jogado no chão, com cuidado eu pego o cartucho de bala no chão e o cheiro forte também está nele, é o mesmo que senti no estacionamento e dentro da boate.

– O que você está fazendo? Vamos. – disse Zaki no final do corredor prestes a virar.

Estou com mau pressentimento, sigo Zaki com os ouvidos atentos a qualquer movimento, o caminho até o portão pro salão foi tranqüilo, mas os barulhos de luta aumentaram quando nos aproximamos, engoli seco bastante nervosa, no caminho encontramos vários magos caídos e bastante fracos e inconscientes, Zaki e eu arrastamos eles pra um quartinho de serviço, apesar de estarem inconscientes não estavam machucados, mas emanavam um cheiro forte, o mesmo que estou sentindo a cada passo que dou aqui, esse cheiro emana um cor verde forte, quase brilhante.

Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora