Yangcha não se lembra de nenhuma ocasião onde esteve tão ansioso ao conversar com Tagon. Parece que há algo frio tomando conta de seu peito, é difícil respirar.
Os dois se encontram sozinhos na sala do rei.
Yangcha espera receber uma ordem. Ele está um pouco irritado. Se o rei tivesse lhe dado a ordem um dia antes, ele simplesmente poderia ter deixado Asa Yon completar o serviço. Ele não precisaria manchar suas mãos com o sangue da descendente de Asa Sin, logo depois dele fazer tanto para salvar a vida dela. Que desperdício do seu tempo.
Tagon senta atrás de sua mesa e olha para o guerreiro á sua frente.
- Estamos quase prontos para partir para a guerra. Saya será o general e irá comandar as tropas. Eu não irei ao campo de batalha.
Yangcha não esconde bem sua confusão. Isso não era bem o que ele esperava ouvir.
- Mobaek irá orientar Saya em algumas coisas, já que é a primeira vez dele, mas eu também preciso de você. Saya é impulsivo. Eu preciso garantir que ele saia bem em sua primeira guerra. O povo não vai aceitar bem a idéia de um reino se nós perdermos essa guerra. Eu preciso que você esteja ao lado de Saya e o proteja.
'E Tanya? Você vai simplesmente deixá-la sem defesa ou me substituir por aquele soldado Wahan que nem pode matar algumas pessoas sem tremer? Ou... ela não vai mais precisar de um guarda já que estará morta?' Yangcha quer perguntar, embora ele não possa.
- Você me protegeu por muitos anos, Yangcha, e eu confio em você. Eu não confiaria o meu herdeiro á nenhum outro guerreiro. - Tagon diz.
Yangcha assente, aceitando a ordem. Ele é leal. Ele é o guerreiro de confiança de Tagon. Porque isso não o satisfaz é um mistério.
Ele vai para a guerra, afinal.
- Bom. Não deixe Saya perceber que você está cuidando dele. Ele precisa aprender a se cuidar. Permaneça com Tanya até o dia de partida. - ordena Tagon.
Yangcha concorda com um aceno, então se vira para sair. Ele sabe quando está sendo dispensado.
- Yangcha. - Tagon chama quando ele está quase na porta. - Sobre Tanya...
Yangcha sente seu interior congelar, mas ele vira para o rei. Sua expressão não trai o quão acelerado está o seu coração.
- Taealha tem se encontrado com ela?
Yangcha reflete meticulosamente. Houve apenas uma vez, que ele tenha visto. Ele espera que o rei especifique, em vez de responder.
Tagon o entende muito bem.
- Antes da coroação? - ele pergunta.
Yangcha assente.
- Depois?
Yangcha nega.
- Me informe se isso acontecer. - o rei ordena.
Yangcha assente, antes de sair. Ele nunca esteve tão feliz de se afastar de Tagon antes. Ele nunca esteve tão ansioso na presença de Tagon antes.
Ele não pode mais se enganar; ele não quer que Tagon lhe ordene matar a Alta Sacerdotisa. Se Tagon tivesse dado a ordem hoje, ele supõe que poderia. Iria lamentar, talvez se sentir horrível por uma morte pela primeira vez, mas conseguiria. Ele pode não querer, mas ele sabe que ele é capaz. Ele já pensou sobre isso; ele faria rápido e o menos doloroso possível, porque ele obviamente tem um ponto fraco por uma mulher sofrendo - ou sua fraqueza é apenas Tanya; ele já matou muitas mulheres e crianças sem sentir nada sobre isso. Torturou muitas pessoas para Tagon também, apenas não lembra se havia alguma mulher em alguma ocasião, e ele podia fazer isso friamente e sem nenhuma hesitação. Agora matar a Alta Sacerdotisa? Ele não podia sequer imaginar. Yangcha imagina se ele não foi amaldiçoado. Só isso explicaria como ele pode se sentir tão fortemente sobre alguém que ele quase não conhece.
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O amor de uma Sacerdotisa [Tanya / Yangcha]
RomanceNo mundo traiçoeiro e violento de Arthdal, alguém com o coração puro como Tanya Niruha deve aprender a ser alguém que não quer ser para proteger aqueles que amam. O quanto de si ela está disposta a perder para não perder o seu povo? Eu dedico essa f...