Capítulo 8

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Como vocês receberam a notícia de que a segunda temporada de AC saiu da pauta de 2021 por causa do Covid-19? Estou triste. Vamos ter que viver de fanfics por mais dois anos. 

Ah, e desculpem a demora. Estava de viajem, por isso esse capítulo é curto. 

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Não há nada de novo na guerra.

Uma vez que você vê uma guerra, as seguintes são quase iguais. Exceto a caçada aos Neanthals, que eram muito diferentes, as guerras eram muito semelhantes para Yangcha. Estando na defesa do general Saya, ele nem tinha que lutar muito. Ele estava sempre na parte mais protegida da formação de batalha.

Quando Tagon lhe designara para ir á guerra, Yangcha imaginara se essa seria sua última guerra. Aos 30 anos, ele já tinha vivido bastante, para um guerreiro. Ele nunca esperara chegar á velhice, nem aos 30, sinceramente. Mas vendo o decorrer dessa guerra, ele estava quase certo de que voltaria para ver Arth outra vez. Ele sente saudades da sua cidade, o que é surpreendente, considerando que ele sempre viu os campos de batalha como sua casa. Yangcha supõe que isso provavelmente tem a ver com uma sacerdotisa, que virou seu mundo de cabeça pra baixo em apenas alguns momentos.

O que ela estava pensando? Beijando um guerreiro como se não fosse nada demais. Mesmo que ela fosse nova em Arth, ela deveria já ter entendido que guerreiros, a casta mais baixa, e sacerdotes, a casta mais alta da sociedade, não deviam se misturar. Mas para uma ex-escrava, que enxerga Igutus como família, Yangcha supõe que não faça muita diferença que ele seja um guerreiro. Ainda o surpreende, no entanto. Que a Alta Sacerdotisa possa ser atraída por ele. Yangcha sabe que é bonito, claro, mas ele não é refinado, ele não tem classe, nem é muito educado. Sem mencionar, as coisas que ele havia feito para o povo de Tanya. Ela esqueceu disso? Yangcha não entende Tanya Niruha. Isso não o impede de pensar nela muito, todo o tempo quando não está lutando - o que é muito tempo.

Dentro da tenda do general Saya, estão os guerreiros mais importantes do exército e das Forças Daekan, que incluí Mobaek e - por algum motivo que ele próprio não sabe - Yangcha. Como toda noite sem falta, eles estão discutindo sobre a guerra. Yangcha, é claro, apenas ouve, nunca acrescenta nada á discussão - ele não pode falar nada. Ainda assim, ele é chamado todos os dias para participar da reunião. Ele não faz muita questão. Não é como se a opinião dele fosse mudar alguma coisa. Ele preferia estar descansando sob as estrelas, depois de um dia cansativo de batalha - pensando numa certa sacerdotisa de cabelos castanhos e uma boca sedutora.

- Vamos atacar o acampamento inimigo essa madrugada. - Saya decide, os olhos fixos em seus planejamentos de guerra sobre a mesa.

Pela sua experiência em batalhas, Yangcha acha que um ataque de madrugada é muito arriscado e estúpido. Ele olha para Mobaek, observando a reação do guerreiro.

- Deveríamos recuar. - Mobaek fala, assim como Yangcha imaginou. - Perdemos muitos guerreiros hoje.

- Eles perderam mais. - rebate Saya. - Vamos atacar.

Yangcha suspira. O filho de Tagon não herdou nada do pai no planejamento da guerra. Ele é impulsivo, como disse Tagon. Ele nunca ouve Mobaek, que é excelente no planejamento e mais experiente. Yangcha se sente abençoado por não poder falar nessas horas, ou ele teria alguns problemas.

O guerreiro mascarado se levanta, recebendo olhares surpresos dos outros, e apenas sai da tenda. Ele está muito cansado para lidar com essas discussões hoje. Não é como se ele pudesse acrescentar nada á conversa.

O amor de uma Sacerdotisa [Tanya / Yangcha]Onde histórias criam vida. Descubra agora