Chapter Nine

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Day 06

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Day 06

Seguro minha mão direita com firmeza em cima de meu peito, contendo a vontade de chorar por estar com a mesma dolorida. Eu deveria ter aprendido a socar uma pessoa antes de executar o movimento de um golpe, e a medida que caminho em direção ao meu quarto da pousada — ainda mancando —, ouço os passos acelerados do moreno.

Adentro o quarto e tento fechar antes que Icarus entre, mas ele apenas coloca a mão e, sem esforço algum, empurra a porta quando tento fazer força para o impedir.

Dou um passo para trás e simplesmente me viro, passando as mãos por meus cabelos embaraçados pela água do mar de maneira aflita. Se eu apenas o ignorar, é provável que ele vá embora? Eu torço para que sim.

— Por que me bateu? – decide perguntar.

Acabo sorrindo, aproveitando que estou de costas e ele não pode ver minha expressão. E realmente, é engraçado ver o quanto ele é um idiota.

A sola dos meus pés mancham o piso de madeira de sangue, minhas roupas estão amarrotadas e meus cabelos desgrenhados e ele só quer que eu dê uma justificativa do porque ter batido nele?

Viro os olhos e cerro os dentes, virando para o mesmo de maneira brusca, com o punho levantando, como se estivesse ameaçando bater no maior novamente.

— Se continuar sendo um imbecil, terei que bater novamente! – minha voz sai um tanto fina ao demonstrar minha irritação.

Mas eu não quero machucar minha mão. Estou dolorida o suficiente para querer sofrer ainda mais.

— Eu... – sua voz falha e ele desvia o olhar para os meus pés, subindo aos poucos para o colar em meu pescoço. — Onde arrumou isso?

Só pode ser brincadeira.

— Não te interessa.

— Eu estou te perguntando onde você arrumou isso?!

— Está surdo? Não te interessa! – fecho os olhos e me abaixo.

Eu odeio ele, e me odeio ainda mais. Odeio ele por estar fazendo isso comigo, e me odeio por estar chorando na sua frente, de maneira tão vulnerável. Odeio ele por querer me levar desse mundo, e me odeio por querer ficar quando não aproveitei a oportunidade que tive para curtir e viver a vida com intensidade. Mas as pessoas erram.

— Por que eu tenho que morrer? – pergunto sem o olhar. — Por quê?!

Sento no chão e cubro o rosto com as mãos, abafando o choro, sentindo pena de mim mesma. Como se cobrir o rosto fosse me proteger dele, ou ocultar meu sofrimento para que ele não veja.

— Porque você quer viver, desesperadamente... Mas não sabe como fazer isso. A vida não é justa, solzinho.

Levanto o olhar, o encarando com certa dúvida por ele ter me chamado assim, mas acabo optando por não questionar. As vezes ele pensou em outra pessoa, ou talvez só tivesse tentando me provocar. Não parece do seu feitio persistir em provocações.

Icarus | JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora