Capítulo 49°

2.8K 287 20
                                    

Gretta Russell

Eu sentia o sangue pingar de meus pulsos e meu ombro ainda ardia, Charles estava ficando fora de controle, mais eu sabia que ele não ia fazer nada para colocar nenhum de nós em mais perigo. Nada disso era culpa dele, mais sabia que ele se culparia depois que isso acabasse e por isso, ele teria que me perdoar, mais eu que vou matar esses dois filhos da puta por tudo que eles fizeram com ele, ou pelo menos atingi-los algumas vezes.

-A faca.-Pede e eu jogo a faca de volta pelo chão.

-Boa garota.-Fala e eu contínuo quieta.

Uma sombra no canto do meu olho me chamou a atenção e, pelo
breve lampejo de reconhecimento no rosto de Álvaro, ele também viu.
Alguém estava atravessando o jardim da mansão.

-Nós queremos o nosso dinheiro. Precisamos disso para ganhar
o controle. Você disse que conseguiu esconder alguns milhões.-Disse um dos homens.

-Está no carro.-Fala o pai de Charles.

A boca de Charles se curvou em um sorriso sombrio.

-Meus olhos te lembram da minha mãe?-Pergunta Charles e minha pele se arrepia com seu sorriso.

Parecia que ele havia desligado qualquer tipo de humanidade que havia dentro dele, vê o pai que ele pensou ter matado e o homem que o estuprou de uma vez só foi um choque pra ele.

-Oh, eles lembram, não lembram? Ele acabou por não ser o a rainha que você queria para seu império, certo? Valeu a pena matar noivo dela para tomar o lugar dele? Ela nunca amou você, ela estava com você por pena, ela foi idiota o suficiente para pensar que você havia tentado salvar o noivo dela. Ele sim a amava e era recíproco, ela nunca amaria você da forma que o amou.-Diz Calmamente, seu sorriso era pequeno, mais assustador.

-Você... você...-O pai dele engasgou, aproximando-se de Charles,
ofegante.

Ele estava zombando do pai, puxando-a para longe de Ben.
E então tudo aconteceu rápido demais. Simon e Christian invadiram o interior pelas janelas francesas e Simon correu para as costas do pai de Charles, atirando em sua mão
com o isqueiro e ao mesmo tempo enfiando uma faca no
estômago dele. Seus olhos se arregalaram e os dois caíram no chão.

Christian atirou nas penas e ombros do Consigliere de Charlie e por um momento, o ruído sibilante em meus ouvidos foi o único
som, então os gritos se tornaram uma cacofonia abençoada.
Álvaro veio na minha direção. Um dos homens entrou em seu
caminho com uma arma levantada. Eu pulei e chutei sua canela ao
mesmo tempo em que ele atirou. A bala atravessou o braço de Álvaro, mas depois ele atacou o homem, quebrou sua perna com um chute no joelho antes de segurá-lo pela parte de trás da cabeça e empurrar o rosto para baixo em seu joelho. O homem caiu ao seu lado. Álvaro pegou
a arma, sentindo o queixo do homem.

-Eu quebrei sua mandíbula. Espero que você possa gritar de qualquer maneira.- Ele agarrou os dedos do homem e os empurrou para trás, fazendo-o chorar roucamente.

-Não são os melhores gritos que já ouvi, mas servirão. Mais tarde.-Ele se endireitou, passando por cima do
homem.

Nora e Charles haviam nocauteado os outros homens e estavam
libertando os dois homens de Ben que estavam amarrados.

Vi quando um dos homens se aproximou de Charles por trás com uma faca e minha visão começou a ficar turva. Fechei meus olhos com força e abri vendo que o braço de Charles estava cheio de sangue, mais o cara estava no chão.

-Você está bem?-Pergunto e sinto ele pegando meu rosto com as
mãos ensanguentadas e beijando minha bochecha, minha testa, minha têmpora e meus lábios antes de pegar a arma e disparar na cabeça de outro cara sem olhar para ele.

Eu estava um pouco atordoada, eu havia perdido muito sangue, estava um pouco grogue, mais não era nada que não tivesse acontecido antes.

-Estou, mais você não. Você precisa de um médico.-Fala e eu percebo que ele também estava sangrando olhar dele não estava tão focado como de costume. Eu agarrei sua mão ensanguentada e apertei. O sangue ainda estava escorrendo dos cortes. Eu pressionei o pulso dele, mas o vermelho em seu braço se espalhou rapidamente.

-Charles, você precisa cuidar disso. Isso tá pior que o meu.-Falo enquanto Charles ainda me olhava como se tivesse medo que eu desaparecesse
no ar a qualquer momento.

-Vai levar muito tempo para eu sangrar até a morte devido a uma laceração do pulso dessa profundidade.-Fala sorrindo.

-Você não vai se livrar de mim, Princesa.-Fala e eu sorrio.

-Charles!-Álvaro grunhiu, ajoelhando ao lado do pai de Charles, que estava esparramado no chão em uma poça de sangue. Ele estava ofegando por ar.

Charles me olhou e seus olhos perderam totalmente o brilho que ainda restava.

-Você não precisa fazer isso.-Falo e ele nega.

-Isso tudo é culpa minha, preciso fazer isso. Preciso mata-lo de verdade dessa vez.-Fala e eu aceno.

Ele andou até o seu pai e olho para Álvaro.

-Pode arrumar uma machadinha pra mim?-Pergunta e Álvaro acena.

Vejo Álvaro sair e Charles passar a mão no rosto do seu pai.

-Minha mãe não o amava, mais eu era seu filho e você era tudo pra mim. Você era meu herói.-Fala e seu pai tenta falar, mais ele estava engasgando com sangue.

-Eu não vou tortura-ló pois você já se alto torturou a vida inteira. Eu tenho pena de você, tenho pena do que você se tornou. Saiba que eu vou tomar seu território, mais nunca serei igual a você, nunca serei um psicopata por mais que tenha seu sangue. E uma última coisa, eu a amo, e diferente de como você foi com minha mãe, eu vou ser o que ela precisar que eu seja, porque isso é amar de verdade e não uma merda de uma possessão.-Fala Álvaro coloca o machado em sua mão.

-Boa estadia no inferno, meu pai.-Fala, eu vejo ele levantar o machado e com um só movimento, ele separa a cabeça do corpo.

Fecho meus olhos com força e suspiro sabendo o quanto doía nele fazer isso agora. Ele havia matado seu pai pela segunda vez e agora mataria o homem que havia usado seu corpo.

-Sua vez.-Diz agachando do lado do cara.

-Tem homens Nova Iorquinos chegando. Eles estão fechando a entrada.-Diz Simon olhando pela janela.

Observo Charles cortar todos os dedos das mãos do cara e depois de fazê-lo gritar até não conseguir mais, Charles também arranca sua cabeça.

-Fiquem dentro de casa, eu já volto.-diz pegando as duas cabeças pelos cabelos.

-Eu vou com você.-Falo e ele acena.

Saímos da mansão e tinha cerca de cinquenta homens armados mirando em nós.

-A guerra acabou, abaixem suas armas!-Grita Charles e os homens ainda continuam mirando em nós.

-Abaixem suas armas agora!-Rosna levantando as duas cabeças sanguentas.

Os homens abaixam suas armas rapidamente depois de olharem para a cabeça dos seus chefes.

-Vocês respondem a mim e minha mulher agora. Nós derrubamos seu capo, o meu pai e o maldito consigliere dele, então curvem-se, agora!-Rosna mais uma vez e todos os homens caem ajoelhados em nossa frente rápidamente.

Olho para Charles que olhava para todos os homens com um olhar mortal e penso, como será nossa vida depois de tudo isso?

Contínua

A Dama De Vermelho.-Gretta 🖤Onde histórias criam vida. Descubra agora