Peculiares Ieros (parte 2)

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– Bem, primeiramente, eu gostaria de agradecer pela atenção...– Thomas colocou de volta na mesa a taça e a talher e voltou a falar, de modo discursivo.– Bem, eu gostaria de dar as honras aos convidados, especialmente ao meu tio, Robert, que por sinal, está um tanto mais... Cheio.

– Thomas, respeite seu tio...–  O Sr. Iero lançou um olhar intimidador para o seu filho mais novo, que deu um sorriso de canto.

– Ora, não se preocupe... Você sabe que o Thomas é sempre brincalhão assim, não é?– A mulher ruiva piscou para o seu cunhado, que baixou a guarda.

– Até demais...– Murmurou Robert. Odiava quando seu sobrinho vinha com essas gracinhas.

– Bem, e quem é este homem?– Thomas apontou para Gerard. Estava tão entretido na conversa do jantar que se surpreendeu quando foi mencionado.

– Bem... Eu sou Gerard, Gerard Wa..

– Já que você você esta tão curioso assim, vamos direto ao ponto. Este será seu professor de exatas. Ele irá te ensinar tudo sobre finanças e contabilidade.– Anthony explicou.

– Que eu saiba eu não preciso de uma babá...

–Primeiro, você deve respeito ao seu professor. Segundo, ele irá ficar nesta casa e quero que você tenha modos com ele. E terceiro, sente se na mesa!– Vociferou Anthony.

– É só isso mesmo?– Thomas indagou. Linda lançou um olhar para que ele obedecesse ao seu pai. Thomas, acaba se sentando na cadeira, ao lado de sua irmã.

Gerard observou tudo com certa aflição. Se eles eram assim durante um jantar em família, nem queria imagina a rotina deles. E o pior, o Sr. Iero disse que ficaria naquela casa mesmo sem nem ter pedido a sua permissão ou ouvido sua resposta final.

– Senhores, me desculpem pelo incômodo– A Sra Iero tentava apaziguar a tensão que se instalou no jantar. – Bem... Sei que ainda temos muitos assuntos para resolvermos, mas primeiro, vamos saborear este jantar, que por sinal, deve estar delicioso ao paladar. Constance, por favor, sirva nos.

A serviçal começou, um a um, a servir os pratos que eram a base de pernil defumado com ervilhas e molho de laranja. Ao chegar no lugar de Gerard, Constance mal pôde conter um leve sorriso.

– Espero que goste da estadia por aqui...– Murmurou próximo. Gerard sorriu de volta. Pelo menos havia um rosto conhecido por ali.

– Obrigado...

– Vocês dois se conhecem?– Amélie se pronunciou pela primeira vez.

– Ah...sim eu ahm...

– Ele fora o meu antigo senhor– Constance inventou.

– Que estranho... Você dizia que estava trabalhando aqui há muito tempo...

– Era que ela trabalhava para o meu pai... Não é Constance?– Gerard piscou para a empregada, que assentiu com a cabeça.

– Eu posso saber do que os três cochicham?

– Não é nada de mais, mamãe... Gerard só estava comentando sobre a comida estar ótima...– Amélie respondeu, com um certo nervosismo na voz. Parecia temer os próprios pais. Constance rapidamente ajeitou sua postura e serviu Amélie e por ultimo, Thomas, que continha um leve sorriso. Havia escutado a conversa.

O jantar seguiu normalmente, sem interrupções, e logo depois de saborearem a sobremesa, cada um saíram para a sala. Somente Gerard e Thomas estavam na mesa de jantar. Gerard estava terminando o seu último pedaço de torta de pêssego, quando Thomas comentou, com certa malícia na voz.

Wolf Blood (Frerard)Onde histórias criam vida. Descubra agora