Malika saiu da loja sem olhar para trás, seu ânimo para fazer compras tinha desaparecido, queria chorar, porquê ele tinha aparecido logo agora que ela já tinha se acostumado a viver sem ele? Era tudo tao injusto para si. E ele continuava bonito, tão sedutor que ela sentiu vontade de pedir a ele que a beijasse. Pagou o estacionamento e foi direito para casa. Quando chegou, estava exausta, tinha encontrado quem ela mais temia. Que droga! Praguejou. Agora ela não conseguia tira-lo da cabeça. Como era idiota. As memórias da única noite que tiveram, a perturbavam. Como pode? Ele era um estranho. Apenas estranho. É assim que devia pensar para tira-lo da cabeça. Tentou pensar no trabalho, era do que precisava para se ocupar, mas seu pai não deixava ele trabalhar de modo algum. Em meio de pensamentos tristes adormeceu. Acordou e já estava escuro lá fora, os empregados aquela hora já tinham todos ido embora, desceu, serviu-se de flocos com leite e sentou-se vendo um programa qualquer na televisão. Era um pouco engraçado e ao mesmo tempo motivador. Malika assustou-se quando o telefone da campainha tocou. Com preguiça levantou-se e atendeu.
- Sim!
- Boa noite Sra.
Malika ouviu a voz de um dos guardas da porta principal do condomínio.
- Sim, tio José boa noite. Algum problema?
- É que está aqui um jovem que disse que veio ter com a senhora, a mandato Sr. Gregório.
Malika ficou, pensativa, porquê seu pai mandaria alguém ter com ela aquela hora da noite indagou-se.
- Sra. Malika?! Chamou. - Desculpa tio disse rapidamente. Como ele se chama?
- Disse que se chama vicente.
Ela não conhecia nenhum vicente. Pelo que se lembrava.
- Está bem, pode deixar ele entrar.
Malika andou de um lado para o outro, esperando curiosa, depois dos segundos que pareceram longos Malika ouviu o toque da porta. E foi imediatamente abri-la. Não queria acreditar no que estava a ver, fechou os olhos e voltou a abri-los. E ele continuava ali.
- Não vai me convidar para entrar?
- com...mas... - Disse Malika sem conseguir pronunciar uma palavra sequer.
- Como eu cheguei aqui? Foi fácil disse ele entrando. Deixando Malika estática na porta.
- Sai daqui por favor - disse Malika ainda parada na porta Rafael, sai.
Rafael olhou para ela, e sim estava nervosa, mas ele não se intimidaria novamente, não foi tão fácil encontra-la, mas com os seus contactos conseguiu. Fácil foi inventar a desculpa para poder entrar no condomínio, que tinha um alto nível de segurança.
- Olha Malika, eu não vou sair enquanto você não me ouvir disse calmante não pense que você vai fazer o mesmo novamente.
- Então serei obrigada a chamar os seguranças.
- Sério que serias capaz de fazer isto?
Sem mesmo perceber fechou a porta, era um perigo estar com ele no mesmo espaço, naquele momento a sala pareceu pequena demais para os dois, sentia-se sufocada. Tudo bem, ele ia dizer o que queria e depois iria embora. Respirou fundo.
- Ta bem senta e diz o que queres.
Rafael sentou-se e ela também, mas, o mais distante que conseguiu.
- Não mordo sabes? Disse ele sarcástico.
-Diz só o que queres e sai daqui.
- Sempre mal-educada observou - tens uma casa bonita.
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Malika - Amar ou odiar?
RomanceMalika é uma jovem, que desde cedo teve que viver sobre as duras regras do seu pai com o falecimento prematuro da sua mãe. Seu pai, Gregório Kusso, é um dos homens mais ricos de África e Angola, um homem sem escrúpulos, disposto a tudo para quem se...