Malika não estava na sala, subiu e foi vê-la no seu quarto, e também lá não estava Procurou pela casa inteira, quando por fim, viu fumo vindo do jardim do lado de trás da casa. Caminhou até lá. E encontrou-a vestida com um short branco e a blusa da mesma cor. Sentiu cheiro de carne.
- Cheiro agradável – disse encostado na porta.
Ela virou-se e sorriu sem jeito. Rafael voltou no tempo. Ela tinha feito quase a mesma coisa em Benguela. Sentiu uma vontade enorme de ir abraça-la, mas não podia ultrapassar os limites. Sabia que o seu sinal para Malika ainda permanecia vermelho.
- Chegou cedo hoje – disse ela.- O que foste fazer hoje na empresa? – Perguntou directo.
Malika não o respondeu de imediato. Colocou a carne na tigela de vidro e entrou na cozinha. Rafael seguiu-a. Ela recostou-se na grande bancada de mármore e cruzou os braços.
- Fui falar com o meu pai – disse.
- Então está tudo explicado, mas quero entender como ele cedeu tão rápido.
- Coisas minhas – respondeu misteriosa.
Ele não insistiu, só o facto de ela ter ido lá velar por ele, já era um grande passo e significava muito para si.
- Obrigado – redarguiu aproximando-se dela.
Malika enrijeceu quando o viu a aproximar-se. Queria fugir, mas alguma coisa o obrigou a permanecer no mesmo lugar, seu coração começou a bater descompassadamente. Ele parou e fiou-a por longos minutos, não soube se era um impulso ou não, então ele a puxou para si e a abraçou, no começo ela continuou intacta, sua mente estava tão embaraçada que não sabia o que pensar. Sem nem mesmo perceber, o abraçou de volta. Ele a apertou como se não quisesse que fugisse. Malika fechou os olhos e sentiu o cheiro dele. Sândalo, como tinha sentido falta dele assim. Rafael afastou-se e começou a encostar lentamente até tocar os lábios dela macios, o beijo começou a tornar-se apaixonado, fervoroso. Havia uma certa urgência com mistura de saudades. A puxou mais para si, tocando nos cabelos lisos compridos, que estavam em um coque desajeitado. Ela acariciou a nuca dele imensas vezes, saboreando os lábios dele, que continuavam com o mesmo sabor. Sentiu as mãos dele levantar a sua blusa, procurando pelos seus seios. Quando os encontrou, apertou-os com delicadeza, Malika gemeu baixinho, desejando ardentemente que ele não parasse. Rafael, levantou-a entrelaçou as pernas dela em volta da sua cintura a carregando até a sala. Pousou-a no sofá e começou a beija-la novamente.
- Como senti a sua falta minha boneca.
Num único movimento, retirou o calção branco que usava. Seu membro endureceu ainda mais quando viu a cueca de renda vermelha que ela usava. Admirou-a longamente e depois começou a beija-la novamente. Segundos depois, nenhum deles encontrava-se vestido. Estavam completamente nus. Rafael ergueu as pernas dela e introduziu os dedos na sua intimidade molhada. Ela estremeceu com o seu toque, fez vários movimentos de vai e vem a deixando louca. Malika sentiu-se no paraíso quando sentiu a língua dele sobre sim, levou as mãos até a cabeça de Rafael e apertou como se quisesse aí depositar todo o prazer que sentia Contorcia-se delirando. Satisfeito, posicionou-se entre as pernas dela e a penetrou de uma só vez. Ela deu um leve grito. Rafael não parou, continuou a leva-la a um mundo de prazer sem volta. Quanta mais fazia, mais a queria. Malika, olhou para o lado, e viu Rafael comos olhos fechados, sabia que ele não estava a dormir. Não conseguia acreditar que tinha feito amor com ele. O que a estava a assustar é o facto de não sentir-se perturbada, e não lembrar-se uma única vez que ele a tinha forçado. Sempre pensou que se algum dia a tocasse, não aguentaria, que estaria traumatizada ou algo do género. Era como se nada daquilo tivesse acontecido. Viu-se o desejando ardentemente bastou um toque seu. Deus! Aquilo era uma loucura. Como não conseguia sentir repugnância ou qualquer outro sentimento de aversão? Não sentia nada daquilo. Ainda o amava? Não, não podia ser. Ele abriu os olhos e viu Malika pensativa.
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Malika - Amar ou odiar?
RomanceMalika é uma jovem, que desde cedo teve que viver sobre as duras regras do seu pai com o falecimento prematuro da sua mãe. Seu pai, Gregório Kusso, é um dos homens mais ricos de África e Angola, um homem sem escrúpulos, disposto a tudo para quem se...