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x POV. Luan. x
Mari parava a cada pequeno sinal de avanço em nossos beijos, me deixando um pouco constrangido.
Eu não faria aquilo com ela, não aqui, com seu pai e seu irmão dormindo nos quartos ao lado.
Me deitei e puxei ela para se deitar em meu peito, entrelacei nossos dedos e curti o silêncio agradável.
Deveria ter vindo pra cá antes.
Sorri sozinho.
Tentei evitar o vibrar chato do meu celular sob o criado mudo, mas ele se tornou constante.
— Pega aí pra mim, Tellinha? Deve ser minha mãe. — estiquei meu braço, mas notei que ela pegaria meu celular melhor que eu.
Respondi minha mãe rapidamente, que brigava por eu não ter avisado que tinha chego, confirmei para Bruna os horários dos posts que ela ficaria responsável por fazer durante meus dias aqui e ri da forma cautelosa que Clara utilizava para me pedir folga na sexta-feira.
📲 "Foi mal, Clarinha. Eu deveria ter te dispensado já. — ri fraco. — fica tranquila, faz suas coisas, na terça-feira a gente se vê."
Gravei uma breve mensagem de voz.
— Quem é Clarinha? — coloquei minha atenção na mulher deitada ao meu lado que tinha o rosto completamente vermelho e fazia uma careta linda. — Ai, desculpa. Não precisa me dar satisfações.
— Que nada, Tellinha — Bloquei meu celular e a entreguei para colocar no lugar em que ele estava. — Clarinha é minha secretária, fiquei importante, famoso, Bruninha não estava dando conta.
— Famoso demais — ela riu.
Segurei seu rosto e o beijei todo a fazendo rir mais.
Eu nunca me senti tão bem em ficar de chamego com alguém, igual eu me sentia com ela.
Uma crise de tosse alta ecoou pelo lado de fora, fazendo Maristella segurar meu celular em mãos e chegar algo no mesmo.
— Dez pra uma — suspirou e se sentou na cama. — Preciso dar o remédio do Júlio.
Sorri afetuoso.
Ela era uma irmã e tanto.
— Vou deixar você descansar — se aproximou, selando nossos lábios. — Espero que tenha uma boa noite.
— Terei — sorri fechado.
Queria pedir que ela dormisse comigo, mas seria abusar da boa vontade do seu pai de me hospedar.
Mari sorriu lindamente antes de encostar a porta, prometendo me chamar para o café pela manhã.

Entrelaçados - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora