Entrelaçados - Livro II

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x POV. Maristella x

"Oi, Rio! ☀️"
Eu estava no Rio de Janeiro, assinando pessoalmente meu contrato e aproveitando para conhecer um pouco mais da capital carioca.
É, em todas minhas vindas para cá, nunca tive a oportunidade de conhecer nada e hoje resolvi aproveitar.
O apartamento, que poderia chamar de meu até final de abril, era num ponto bom, da sacada via toda praia de Ipanema. Agradeci pela boa localização.
Amanda ficaria comigo aqui, portanto tínhamos dois quartos, além de uma sala separada somente por uma ilha da cozinha e lavanderia.
Não seria difícil de me acostumar.
A noite conheci um restaurante bacana e, de lá, um barzinho, sugerido pelo Google.
"A noite carioca é incrível. Só faltou você!"
Digitei rapidamente para Júlio.
Encaminhei uma foto minha e de Mandinha para meu pai e uma somente do meu copo para o meu namorado.
"Vai com calma ai. 🤪"
Na sequencia uma foto dele com os amigos.
Louca? Talvez! Mas não contive minha vontade de dar zoom e analisar bem a foto.
Eu sabia que tinha mulher!
Exclamei em pensamentos, sentindo meu estômago apertar, após ver um celular de capa rosa ao lado de um gloss labial sob a mesa.
"Onde você está, amor?"
Digitei 80 vezes, tentando não soar possessiva.
"Na casa do Marcos."
Me respondeu minutos depois, me deixando impaciente.
"Ok, se cuida."
"Você também, vida. ♥️"
Suspirei, bloqueando meu aparelho celular.
Se vocês acham que todo meu surto parou por aí, estão completamente enganados.
Quando cheguei no hotel, comi todos os bombons de uma caixa que havia ganhado mais cedo de admiradores, enquanto vasculhava o Instagram das possíveis pessoas que estariam na casa do melhor amigo do meu namorado.
O ápice da minha noite foi o storie postado por Clara. Ela estava praticamente em cima de Luan e eles riam trocando piadas internas.
Encarei as embalagens dos inúmeros bombons que comi.
Ótimo! Se tá difícil controlar seu namorado com alguns quilos a menos, quem dirá gorda igual uma porca.
Engoli seco, tentando não chorar.
Só tentando mesmo.
Quando dei por mim, mais uma vez, estava diante ao vaso sanitário, jogando pra fora todo meu jantar e as porcarias que ingeri agora pouco no meu momento de raiva.
Eu me odeio.