55

199 12 0
                                    

x POV. Maristella. x
Batuquei no volante, animada com a música que tocava no rádio. Cantarolei o refrão e estacionei meu carro do lado de fora de casa.
Júlio, com toda certeza, iria usá-lo.
Peguei as sacolas no banco do carona e entrei pela porta que dava na cozinha.
— Voltei — coloquei as coisas em cima da mesa.
— Quanta coisa, em? — Abriu as sacolas olhando dentro.
— Não paguei nem pela metade — ri. — Só preciso postar uma foto.
— Agora eu vi vantagem nesse negócio de blogueira. — Pegou seu bolo favorito.
— Espera ai, deixa eu tirar foto — Peguei da sua mão.
Papai fez careta e ficou pressionando até que eu postado o publi.
— Pode comer, eu hein — me afastei. — Vou chamar o Luan.
— Vai lá, apaixonadinha — caçoou.
Fiz careta e fui na direção ao quarto em que ele estava hospedado.
Bati levemente na porta e a abri um pouco, colocando metade do meu corpo pra dentro.
— Bom dia, Tellinha — Luan estava sentado na cama e arrumado.
— Já acordado? — fiquei surpresa. — Se soubesse teria te chamado para ir na padaria comigo.
Encostei a porta atrás de mim e caminha na sua direção. Luan abraçou minha cintura, encostando seu queixo em minha barriga, emaranhei meus dados em seus cabelos e me derreti com seu sorriso fechado e sua carinha de sono.
— Dormiu bem? — perguntei.
— Dormi, obrigada pela hospedagem.
Me abaixei e selei nossos lábios demoradamente.
— Vem, vamos tomar café. — me afastei e estendi minha mão para que ele se levantasse.
Luan entrelaçou nossos dedos e seguiu assim comigo até a cozinha.
— Ai o casal — Meu pai nos apontou.
Entrei no cômodo e notei meu Tio Joaquim, irmão do meu pai, sentando na mesa.
— Bom dia, tio — soltei de Luan e beijei seu rosto.
— bom dia, 'fia' — olhou para a figura masculina atrás de mim, curioso.
— Esse é o Luan — os apresentei.
— O pescador — concordei rindo. — seu pai 'tava' falando dele.
— Tudo bem, tio? — o puxei para se sentar ao meu lado.
— Tudo, Mari. — bebeu um gole do café que estava na xícara em sua frente.
— Vocês vão sair? — perguntei.
— 'Vamo' fazer o que sabemos fazer de melhor. — fez uma cara convencida.
— Pescar né? Sexta-feira de lei — papai riu e eu revirei os olhos.

Entrelaçados - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora