Pesadelo, parte II.

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Memórias on — O início do pesadelo.

Haviam se passado duas semanas, e Kiyomi ainda estava naquela cela imunda. Não havia banho, alimentação adequada e muito menos pessoas. Ela estava completamente só, junto a infestação de ratos daquele lugar. Agora ela não via sua versão criança, era a própria, presa em seu pior pesadelo.

— Eu estou.. — Murmurrou com a sua voz falha, enquanto seu corpo caiu de encontro ao chão gélido. — Morrendo?— soltou como um suspiro.

Passos ecoavam pelo corredor, frente as grades da cela, uma figura alta foi vista pela garota mas não conseguia se mover, suas forças se esvaíram e mesmo se conseguisse não teria por onde escapar, estava aprisionada. Ela ouviu o ranger da porta da cela se abrindo, sentiu seu corpo ser envolvido e retirado do chão, mas estava tão exausta que teve um apagão. A falta de alimentação e água, fez com que a garota perdesse uma certa quantidade de peso, seus ossos estavam expostos e suas curvas sumiram completamente.

O homem caminhou com a garota em seus braços até uma sala, Kiyomi voltava de seus apagões de forma mais rápida dessa vez. Ela notou que estavam em um lugar totalmente iluminado, o que fez com que os seus olhos ardessem como se estivesse sendo queimados. Os fechou se negando a abri-los novamente. Seu corpo foi colocado sobre uma superfície fria, brutalmente fazendo com que a garota soltasse gemidos de dor.

— Não se acostumou com a dor ainda, querida? — Uma voz grossa invadiu seus ouvidos, trazendo consigo o rosto do homem que estava naquela sala. Ela não conseguia vê-lo direito, mas sabia exatamente quem era.

— O-Orochimaru.. — Murmurrou, sua voz estava trêmula.

— Pai, seria mais apropriado. — O homem sorriu de forma satisfatória, analisando o corpo a sua frente.

Kiyomi após muito esforço, conseguiu abrir os seus olhos, encarando o homem parado há alguns centímetros dela. Sua língua contornava seus lábios os umedecendo, parecia se deleitar sobre seu experimento.

— O quê você quer comigo? — Conseguiu formar uma frase, mesmo que o seu corpo se negasse.

— Expandir o que existe dentro de você. — Se aproximou da menina, repousando sua destra sobre a testa dela. — Relaxe. — Um sorriso emergiu em seus lábios. — Vai doer e muito. —

Com agilidade, o sannin prendeu os braços e pernas da menina de formas separadas. Puxando a blusa da Sarutobi para baixo, deixou a seminua, enquanto colocava alguns fios em sei peito ligados a uma máquina. Kabuto se aproximava com algumas agulhas em mãos.

— Está na hora de testarmos algo novo. — Com rapidez, Kabuto se aproximou do pescoço dela e enfiou a primeira agulha até o final, rasgando-lhe a pele e seguindo de encontro a carótida, uma ardência se iniciou naquele local, quando o sangue retornou a seringa, se misturando com o líquido esverdeado da mesma. — Ótimo!

Kiyomi gruniu de dor, enquanto via o prateado analisar o seu corpo e em seguida enfiar as outras agulhas sem nenhuma parada, todas sincronizadas deixando uma dor latente. Todas possuíam o mesmo líquido esverdeado, que foi automaticamente injetado. A sua primeira reação a medicação venosa foi o espasmo, ele consumia cada parte de seu corpo fazendo com que ela se contorcesse de dor, enquanto soltava mais e mais gemidos. Sua temperatura corporal subiu, juntamente com os batimentos cardíacos, seus olhos tomaram uma nova tonalidade, não era escarlate como o Sharingan, eram brancos com auréolas prateadas.

— Não! — Gritou de forma desesperada. Ela lutava contra aquilo que insistia em emergir a todo custo.

— Senhor, talvez o protótipo de capacete com agulhas funcione. — Rebateu o prateado.

Kiyomi - A primeira criação de orochimaru. Onde histórias criam vida. Descubra agora