Capítulo 13

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Chegamos a um café modesto que nunca tinha chegado a vir e aparentemente é um estabelecimento recente

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Chegamos a um café modesto que nunca tinha chegado a vir e aparentemente é um estabelecimento recente. Agradeço pelo lugar estar ainda meio vazio - presumo que pelo horário - nos dando a possibilidade de ficar numa mesa de canto onde não chamamos atenção fazendo nossos pedidos rapidamente não passando de um café mesmo.

Minha pretensão não foi encontra-la no meio de uma corrida, afinal nem sabia que praticava. Também depois de tantas mensagens não respondidas começou a me chatear fazendo-me parecer um daqueles babacas que não saem de cima, a desculpa de estar ocupada dentre outras coisas poderia ser real até por que a vida da maioria das pessoas é realmente corrida, porém não parecia ser isso.

- Então, o que tem feito esses dias? - Pergunta quebrando o silêncio que se instalou e foi bom pois dei uma leve travada pensando se não fui muito invasivo a chamando para tomar um café simplesmente do nada.

- O mesmo de sempre.

- E o que é o "mesmo de sempre"? - Sorri sem graça por ter respondido tão no automático.

- Bem, eu tenho treino todos os dias físico e prático, mas muda quando temos jogo. - Respondo evasivo por que se deixar começo a falar sem parar sobre o assunto e fica chato.

- O que isso quer dizer mesmo?

- Nós nos preparamos mais quando tem jogo perto. Hoje por exemplo é dia de hoje então mais tarde fico ocupado.

- Ah sim. - Ela claramente não entende sobre esporte, ou ao menos sobre basquete.

- Não parece gostar de esporte. - Afirmo vendo seu sorriso brincalhão.

- Com toda certeza. - Ela soltou uma risada baixa e gostosa que me contagiou. - Sou aquela que torce pro time mas que não entende muito o que está acontecendo, a não ser em época de copa do mundo.

- Gosta de futebol então?

- Nem um pouco, mas como boa brasileira eu entendo pelo menos o básico e em jogo da seleção eu sou aquela que grita como se amasse o esporte. - Sorri imaginando a cena dela gritando dentro de um estágio e com as bochechas rosadas.

- Presumo que não entenda nada de basquete? - Levantei as sobrancelhas junto a pergunta.

- Nada.

- Parece que vou ter que te ensinar o básico então pra te ver torcendo pra mim e gritando também. - A vejo abrir um sorriso sacana depois da minha fala um tanto ousada.

- E quem disse que vou torcer pra você mesmo? - Suas falas irônicas estão sempre presentes.

- É fácil, você vai querer. - Afirmei novamente de modo ousado por que queria mesmo ir adiante nisso.

- Vai precisar se esforçar muito pra eu gritar por você. - Seu sorrio safado veio junto a xicara para perto da boca, mas antes de tomar o liquido ela mordeu o lábio inferior me olhando por cima dos cílios.

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