Capítulo 21

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- Aconteceu de novo?

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- Aconteceu de novo?

- O que está acontecendo?

- Ana? Ana?

A mente em certos momentos pode sua melhor amiga e em outra seu maior inimigo assim como está sendo agora pois me faz entrar num limbo ridículo onde simplesmente travo e nada sai, fazendo perguntar a mim mesma o que eu ainda faço nesse mundo.

- Babe, o que aconteceu? Doí em algum lugar? - A surpresa apesar de não conseguir demostrar foi gigantesca ao vê-lo a minha frente nesse momento e até tentei puxar o ar mais forte, mas ainda não conseguia.

Em minha mente se passava os motivos dele estar aqui, em modo de autodefesa talvez, me agarrei a ele como se fosse meu modo de sobreviver recebendo de volta o acalento em seu abraço de urso.

- Vou arrumar a cama, fique com ela. - Escuto sua voz mas apenas permaneço dentro daqueles braços reconfortantes, até mesmo quando fui carregada por eles de volta a cama.

As lágrimas silenciosas ainda rolam apenas sendo percebidas pelos soluços que passaram a vir de modo mais ameno, me encolhi toda olhando pela janela encontrando um lugarzinho de paz encarando aquele céu de fim de tarde que antes cinzento agora estava deslumbrante.

- O que aconteceu Carly? - Escuto ao longo os sussurros.

- Eu não posso falar.

- Que porra, mas como assim não pode? - Não precisava olhar para saber que ele se encontrava impaciente e talvez rolando os dedos pelos cabelos.

- Não posso ok? Se ela quiser te contar, ótimo, mas eu não falo. - Isso trouxe um silêncio de volta ao ambiente.

Por sorte não durou tanto pois logo a tive ajoelhada ao lado da cama onde me encontrava acariciando meus fios.

- Está melhor ? - Apenas confimei com a cabeça. - Aconteceu de novo, mas fique tranquila, não foi nada demais. Agora preciso que se sente pra eu ver sua mão.

Ela me ajudou a sentar na beirada da cama sem muitas forças mas logo pude sentir o corpo grande de Filip me abraçando por trás fazendo-me puxar forte o ar e suspirar recostando em seu peito. Carly limpou minhas mãos, passou remédio e as enfaixou por prevenção, porém ainda estava meio anestesiada focando única e exclusivamente nos braços ao meu redor e na voz máscula sussurrada tentando me acalmar.

[...]

Eu sabia que nada daquilo era real, nunca era, não se passavam de lembranças que muitas vezes eram distorcidas ou tão nítidas que me assustavam, por sorte não eram tão presentes como antes.

Em pé no meio da pista de uma rodovia escutei um barulho muito forte, fazendo procura-lo por todo lugar confusa antes de todo o cenário mudar e estar sentada como um telespector assistindo todo o drama transcorrer.

A "eu" que assistia estava completamente confusa e atordoada.

- O que é isso? - Passava a mão nas coxas sentindo o escarlate quente melando os dedos.

Salva-meOnde histórias criam vida. Descubra agora