REESCREVENDO!
Um momento pode te levar ao inferno e não querer mais sair dali? Um único momento pode decidir toda sua trajetória?
Ana Clara Monteiro acredita que sim. Mesmo sendo confiante e destemida 95% do tempo, ela tem aqueles 5% que em seu inte...
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Puta de um caralho!
Meu consciente ainda não sinalizou tudo que aconteceu.
- Que cara de otário é essa? - Stefano perguntou assim que me aproximei deles novamente notando que o casal deve estar dançando ou aproveitando um pouco a companhia um do outro.
- Nada.
- Certeza. - Dei de ombros pegando o copo que tinha deixado com ele antes de tentar ajudá-la.
Ainda estou pasmo em como fiquei com o olhar preso naquela mulher, desde o momento em que a vi dançando com um sorriso brilhante e rebolado animado mostrando claramente seu divertimento foi impossível desviar o olhar.
Porém quando escutei sua voz melodiosa e pude visualizar de perto seus traços foi como uma hipnose. Lábios finos porém rosadinhos notavelmente sem nenhum batom, o olhar de pura sedução como duas pedras ônix que me analisaram descaradamente, cabelos longos que julgo chegarem quase a sua bunda num castanho claro e cheirando a algo doce e indecifrável que senti com minha pequena aproximação apenas para receber seu agradecimento.
Felizmente apesar de um pouco frustrado por ter sido interrompido consegui apesar de estar do outro lado manter sempre um olhar nela enquanto conversava com Stefano ou o casal que se aproximava dando uma pausa na dança antes de voltar a se agarrarem usando o som como desculpa.
- Caralho. - Assobiou olhando a um ponto fixo na pista e realmente.
Que caralho!
Acho que engasguei com o maldito ar quando vi aquele quadril se requebrando de acordo com os toques que o dj soltava. Impossível não me entusiasmar com milhares de pensamentos que passaram pela minha mente com idéias totalmente perversas e libidinosas, porra, essa mulher é uma... deusa... não tem descrição melhor.
[...]
- Quem são aqueles? - Indiquei discretamente para o grupo que vez ou outra nos olhavam, acho que para ter certeza que ela estava bem depois do caso anterior.
Não trocamos praticamente nenhuma palavra enquanto nos embalavamos na pista. Juro que conjurei toda minha consciência para não agarra-la ali mesma sendo que apesar de toda tensão que percorre o ar entre nós dois ela estava claramente se deleitando do momento e eu não estragaria aquele sorriso contagiante em seu lábios chamativos.
- Todos amigos. - Remexe seu copo apoiando a lateral do corpo na bancada do bar onde estamos no momento. - Sophie é a morena que dançava comigo, o loiro Ryan e o casal Sabrina e Carter.
- E a outra?
- Não faço idéia. - Sorri divertindo-se. - Ryan conheceu a meia hora atrás.
Ri a acompanhando notando que ele é o cafajeste do grupo, todos sempre tem um.
- Então ele não é seu namorado?
Preciso aproveitar qualquer oportunidade para ter respostas, então não custa nada fazer o jogo mais velho conhecido no flerte.
