REESCREVENDO!
Um momento pode te levar ao inferno e não querer mais sair dali? Um único momento pode decidir toda sua trajetória?
Ana Clara Monteiro acredita que sim. Mesmo sendo confiante e destemida 95% do tempo, ela tem aqueles 5% que em seu inte...
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Por muito tempo não soube o que era diversão, me privei de ter muitas experiências num momento mais do delicado e até necessário. Hoje eu apenas aproveito cada mísero segundo por que tenho a plena certeza de que no minuto seguinte tudo pode desmoronar e não estarmos mais aqui.
A noite estava divertida, piadas ridículas contadas, drinks diversos, muitas e muitas danças curtindo um pouco a vida que temos hoje.
- Ryan. - O chamei quando ficamos a sós falando próximo a seu ouvido por conta do som alto. - Você notou aquela gata te olhando?
- Qual?
- A morena de vestido preto no canto direito atrás de mim. - Ele deu um olhar safado e assentiu.
Lhe dei um tapa de leve no ombro sorrindo, maldito conquistador barato que deve ter dado olhadas assim para metade das mulheres e homens desse lugar.
- Percebi a um tempo mas não vou te deixar sozinha aqui. - Me lançou uma olhada como se fosse óbvio que não me deixaria só.
Revirei os olhos por perceber que ele achava que eu era a mocinha da história, apesar de ser até... fofo talvez sua mínima decência, isso que é um cafajeste legal.
- Vou dar um tempo no bar enquanto você aproveita.
- Certeza?
- Relaxa querido, vai se divertir. - O tanquilizei pegando minha bolsa seguindo em direção ao bar.
Quando consegui pedir um drink - que não sabia bem o que era - virei-me para ter a vista das pessoas notando que o australiano já estava acompanhado numa conversa ao pé do ouvido, sorri achando graça.
Me virei dando atenção ao líquido colorido com gelo e um pequenino morango na borda junto ao canudo, querendo apenas aproveitar minha bebida e relaxar. Infelizmente eu senti os olhares e não demorou a um homem novo e bonito aparecer, infelizmente pra ele hoje eu não queria essa diversão.
- Olá, está sozinha? - Nem me animei a dar atenção com o olhar.
- Sim.
- Posso te pagar uma bebida. - Percebi de longe o tom malicioso.
- Não, obrigada. - Revirei os olhos o vendo ainda ali pela visão periférica, se manda cara.
- Só uma bebida e podíamos conversar, te vi dançando muito bem e chamou minha atenção.
Obviamente em sua mente somente por que eu estava dançando solta e desinibida dei brecha para um marmanjo com cantadas baratas.
- Hoje não estou afim de companhia. - Desdenhei querendo apenas tomar minha bebida em paz.
É pedir muito Deus?
- Podemos nos divertir. - Disse se aproximando fazendo-me recuar automaticamente um passo posicionando a mão frente ao corpo.