REESCREVENDO!
Um momento pode te levar ao inferno e não querer mais sair dali? Um único momento pode decidir toda sua trajetória?
Ana Clara Monteiro acredita que sim. Mesmo sendo confiante e destemida 95% do tempo, ela tem aqueles 5% que em seu inte...
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Me surpreendi por Filip saber cozinhar, em suas palavras não de modo maravilhoso mas o suficiente para sobreviver. A surpresa não foi por ele ser um homem que sabe cozinhar, e sim um jogador que sabe cozinhar, um pré conceito ridiculo meu mas fazer o que? Ele veio para o quebrar.
- Desde quando você tem essa tradição? - Perguntando apontando pela cozinha.
Gosto do clima leve que se faz presente conosco, ele não é aquele pessoa que te pesa em algo, pelo contrário, tenta sempre deixar a situação o mais confortável possível enquanto conversamos.
- A um tempo atrás me mudei de Boston para Nova York. - Continuei mexendo no molho a minha frente. - Sempre me imaginei morando em Manhattan e quando consegui ir minha amiga e meu primo foram comigo.
- O que te trata como irmã? - Asseno em concordância vendo que ele está ciente das nossas conversas e não perguntando por perguntar.
- Nós somos primos mas temos pouca diferença de idade e como não crescemos com muitas crianças ao redor nos apegamos muito, apesar da fase adolescente que brigavamos num dia e no outro estava tudo certo.
- Essa parte eu entendo. - Seu sorriso é sempre contagiante.
- Enfim, eles trabalham comigo hoje e todos nós moramos no mesmo prédio apesar de cada um seu apartamento. Tentamos ao menos uma vez da semana nos juntarmos para tomar uns drinks, comer, escutar música e as vezes dançar bêbados pela sala. - Sorri lembrando de todos nossos momentos que tiravam meu estresse.
- Como funciona agora que está aqui?
- Eles ainda continuam mas agora fazemos alguma chamada de vídeo para passarmos o tempo juntos, tem funcionado. - Dei de ombros pois não é a mesma coisa mas ajuda a me manter por perto mesmo sem estar.
- Sente falta deles. - Ele afirmou mas fiz questão de não olhar na sua direção para não mostrar meu lado frágil.
- Sinto falta se todos, é inevitável.
Terminei de rechear a massa e ele me ajudou colocar no forno enquanto falávamos como é pra ele estar longe da família, apesar do tempo que mora só na cidade.
Sentei na bancada da ilha cruzando as pernas enquanto olhei pra ele que limpava a mão no pano numa cena muito homem gostoso sexy e cozinheiro.
- Como sabe cozinhar? - Os olhos dele brilharam ao relembrar alguma coisa provavelmente.
- Minha mãe sempre disse que se fosse menina ela me ensinaria a fazer as coisas básicas de casa, então eu sendo menino aprenderia do mesmo jeito. - Ele chegou mais perto se encostando na bancada a minha frente apoiando as mãos ali enquanto cruza as pernas. - Acostumei a ter nosso tempo ali na cozinha.
- Ela parece ser incrível.
- Quando tive oportunidade de seguir a carreira no basquete nossa relação estremeceu, principalmente nos primeiros anos.