REESCREVENDO!
Um momento pode te levar ao inferno e não querer mais sair dali? Um único momento pode decidir toda sua trajetória?
Ana Clara Monteiro acredita que sim. Mesmo sendo confiante e destemida 95% do tempo, ela tem aqueles 5% que em seu inte...
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A vida é feita de fases.
Clichê, eu sei. Porém é a mais pura verdade. No momento vivo um ciclo novo, tentando entender a mim mesma... ou a nova eu. Teve um tempo que não me reconhecia, eu cresci, evolui, mas ainda sim nem tudo era um mar de rosas, longe disso.
Minha fase atual é de descoberta.
Estava me familiarizando com o lugar e as pessoas facilmente, principalmente Sophie, nos primeiros dias foram somente nós duas aqui sozinhas, então apoiamos uma a outra. A brasileira acabou de se formar na NYU, entretanto teve um último ano difícil e o pai decidiu lhe dar de presente esses meses de intercâmbio.
Sendo residente de São Paulo a morena passou os últimos anos no Soho, ironicamente próxima onde atualmente moro porém fomos nos encontrar no outro lado do oceano.
Criei minha própria rotina tendo aula do curso administrativo no turno matutino de segunda, terça e quinta, pela tarde melhorava meu espanhol, a não ser pelas sextas que eu escolhi propositalmente não ter aulas para que pudesse aproveitar um pouco o país e trabalhar também.
Com a presença notável da brasileira e minha facilidade em conversar com desconhecidos acabamos nos entrosando melhor com outros estudantes de diversos lugares do mundo, apesar de nos aproximarmos mais de apenas três.
- Posso te acompanhar? - Ryan me assusta surgindo ao meu lado. Provável que tenha vido mesmo restaurante que ocupamos durante a semana já que também mora por aqui.
Ele é oficialmente um gato, alto, loiro, com os olhos castanhos como mel, um super estereótipo dos australianos. A diferença que eu não sei como funciona com eles mas o do meu lado adora ser um homem solto, completamente cafajeste e solto, mas até que tem um bom coração.
- Pode sim.
- E posso ir até sua casa? - Disse balançando as sobrancelhas me tirando o riso.
Nós fomos a um bar logo que nos conhecemos junto aos outros, bebida aqui, dança ali, uns beijos deliciosos e terminamos no seu apartamento que dividia com Carter, um londrino com descendência asiática. O loiro é bem gostoso, divertido e além do mais somos solteiros, eu não sou de ferro.
- Já avisei que não vai rolar mais nada. - Cantarolo divertida escutando sua gargalhada.
- Por isso gostei de você. - Empurrou meu ombro com o seu de leve. - Apesar de nos divertimos quero sua amizade.
- Eu sei, vamos. - Continuamos a caminhada.
Apesar de ser o tipico filhinho de papai que tem tudo na mão ele não é um babaca total e sabe como tratar as pessoas.
- Sophie te falou de hoje?
- Sim, você vai?
- É claro gata, que dia que eu vou recusar um convite pra noitada? - Era impossível não achar graça.