Surpresa.
Um acontecimento que pode trazer diversas reações e sensações à tona.
Pessoas reagem diferentemente a tais episódios. E foi o que aconteceu.
Enquanto me mantive firme, Jungkook permaneceu estático quando meus lábios suavemente tocaram os seus pela primeira vez.
Não cheguei a ver, mas eu tinha quase certeza de que seus olhos arredondados estavam arregalados pelo susto. Talvez ele não esperasse uma atitude tão cedo e tão de repente assim.
Logo ele, dono de uma pose tão pomposa, imponente e elegante, quase completamente desarmado sob meu toque.
E longos segundos se passaram. Não sei dizer quantos.
Até que ele finalmente pareceu sair do transe no qual estava imerso e, em um impulso, se afastou de mim, o olhar transbordando pura confusão.
Não sei de fato o que senti naquele momento, não por ele estar confuso, mas pela possível rejeição.
Será que eu realmente interpretei erroneamente sua simpatia como interesse? Quem é esse homem que me deixa com uma enorme interrogação acima da cabeça?
Não importa a situação, creio que minhas habilidades de leitura de personalidade nunca funcionarão com Jeon Jungkook. E isso sim me deixava cismado.
Cismado e ainda mais encantado. Atraído.
- Me desculpe, eu... - tentei desconversar e consertar meu equívoco assim que seus olhos se ergueram para mirar a minha figura e eu desviei os meus para qualquer lugar que não fosse os dele, sentindo a vergonha crescendo em meu peito.
Tudo o que aconteceu em seguida foi muito rápido.
Senti sua mão no meu queixo, erguendo-o prontamente para que eu voltasse a olhar seus olhos escuros que exibiam um brilho sem igual.
Com um passo, ele voltou a se aproximar de mim e, exibindo um pequenino sorriso no canto da boca, ele fechou os olhos e devolveu o beijo sem demora.
Dessa vez quem tinha ficado surpreso era eu.
O que esperar desse tal de Jungkook? Tudo com ele era uma caixinha de surpresas, e não era das pequenas. Pandora ficaria com inveja.
Todavia, ao contrário da primeira mulher criada por Zeus, a caixa de Jungkook, quando aberta, libertava somente coisas boas no mundo.
No meu mundo.
Apesar de não esperar tal retorno, porém, não perdi tempo em retribuir aquele longo selar, pressionando minha boca contra a sua novamente.
Seus lábios rosados eram tão macios quanto eu havia imaginado, e possuíam um toque tão suave que fazia meus pelos se eriçarem facilmente.
E mais uma vez nos perdemos no tempo.
Sua mão, que antes estava em meu queixo, deslizou vagarosamente pela minha mandíbula e permaneceu posicionada na nuca, com seu polegar fazendo um carinho leve em minha bochecha esquerda.
Sua outra mão segurou minha delgada cintura, colando um pouco mais nossos corpos, enquanto minhas mãos apenas repousavam sobre seus braços, sentindo seus músculos contraírem cada vez que ele me puxava para mais perto.
Foi calmo e tranquilo, porém intenso. Como se não houvesse mais nada ao nosso redor. Como se só restasse nós dois em todo o universo. E eu não sabia descrever o que aquilo poderia significar. Eu só não queria que acabasse.
No entanto, como já dizia minha querida mãe, querer não é poder. Nem nunca será.
Então, com a calma com que o beijo se iniciou, ele teve um fim. Os lábios foram separados, dando lugar a uma respiração profunda de "quero mais".
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Ethereal • {jjk + pjm}
FanfictionPark Jimin, membro da alta burguesia francesa, sempre foi dedicado à família e aos bons costumes que regiam a década de 20, e, assim como os jovens da época, costumava sair à noite para divertir-se. Porém, um rosto desconhecido despertará o desejo d...