Atlas.
Figura emblemática da mitologia grega.
Juntando-se a outros titãs, forças do caos e da desordem, pretendia alcançar o poder supremo, então atacaram o monte Olimpo, desafiando Zeus e seus aliados, que eram as energias do espírito, da ordem e do Cosmos.
No entanto, após perderem a guerra no Olimpo, Atlas foi condenado por Zeus a sustentar os céus nos ombros para toda a eternidade.
E é exatamente assim que estou me sentindo nesse momento, ao receber o peso de uma revelação tão surpreendentemente surreal.
Viagem do tempo. Família amaldiçoada por séculos. Seres sobrenaturais. E sabe-se lá quem ou o que mais estava envolvido nisso tudo.
Mas é claro que tudo isso não podia acontecer com outra pessoa que não fosse Park Jimin. Mon Dieu!
Desnorteado feito barata tonta, não esperei por Jungkook e saí dos quarto às pressas para tomar um ar, antes que tivesse um mal súbito ali mesmo.
As pessoas na casa me olharam assustados quando passei como um foguete pela sala - pálido feito uma vela -, em direção à varanda.
Apoiado com as mãos trêmulas no parapeito da sacada, inspirei fundo umas 10 vezes até que minha irmã aparecesse com Taehyung em seu encalço, trazendo um copo d'água.
- Jimin? Está tudo bem? O que houve? - perguntava Aimée sem parar. Apenas assenti, antes de me pronunciar.
- Estou melhor, deve ter sido apenas uma queda de pressão, nada de mais. - peguei o copo estendido a mim pelo ruivo, que me olhava com preocupação, e esvaziei em poucos goles. Quando os olhei novamente, pareciam ansiosos à espera de mais uma confirmação. - Eu estou bem, juro! Obrigado pela água, Tae.
- Bem, eu preciso cuidar dos últimos preparativos da festa, antes que maman me mate. - ela disse, passando a mão pelos meus cabelos, agora um pouco úmidos de nervoso. - Taehyung, fique de olho nele, oui? Qualquer coisa, me chamem. - sorriu pequeno após deixar um breve selar em minha bochecha e virou-se numa calma fingida.
- Jimin, você pode até fingir que enganou sua irmã, mas eu não vou arredar o pé daqui enquanto você não me contar o que aconteceu. - bufei irritado pela teimosia e insistência do maior, porém eu precisava aliviar o peso em minhas costas pelo menos um pouco.
- Aqui não, as pessoas ao redor podem escutar. - então, passando pela cozinha para deixar o copo e pegar algo para comer, seguimos em direção ao escritório do meu pai no andar de cima.
Obviamente que não contei a verdade sobre quem era o Jungkook, até mesmo porque aquele segredo não era meu. Eu só precisava de alguém para colocar a confusão para fora e tentar organizar e entender melhor a situação toda.
Só podia ser um delírio meu. Mil coisas surgiam ao mesmo tempo na minha cabeça a cada minuto.
Contei uma pequena parte da história, usando o argumento de que era apenas hipotética.
Taehyung só pareceu absorver o que chegava aos seus ouvidos, e, não tentando achar qualquer lógica naquilo tudo, resolveu simplesmente usar de suas táticas para me manter calmo e evitar mais um surto.
Depois de quase um hora conversando com ele - sobre outras coisas -, decidimos descer e ir para a área da festa que já começava.
Se eu estava preparado para dar de cara com o Jungkook? Não. Mas decidi enfrentar.
A hora do almoço se aproximava e eu ainda não tinha visto o dito cujo nem na festa, muito menos lá dentro - nas vezes que precisei entrar para buscar algo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ethereal • {jjk + pjm}
Fiksi PenggemarPark Jimin, membro da alta burguesia francesa, sempre foi dedicado à família e aos bons costumes que regiam a década de 20, e, assim como os jovens da época, costumava sair à noite para divertir-se. Porém, um rosto desconhecido despertará o desejo d...