Ímpares.
Na matemática, são números não divisíveis por 2; na gramática, é um adjetivo atribuído a pessoas singulares, verdadeiras e simples.
Já eu acredito que também pode ser uma condição temporária na vida.
Nascemos ímpares, únicos - a não ser que sejamos divididos em dois, três ou mais enquanto ainda somos pequenos grãos de areia -, e assim permanecemos por um bom tempo.
Durante a vida, aprendemos a ser pares em diversos momentos, seja com irmãos, amigos ou amantes. São as diferentes formas de expressar carinho e preocupação que nos torna pares. A nossa capacidade de dividir com alguém um segredo, uma confissão, um brinquedo, uma promessa, um lanche, e, principalmente, um sentimento.
Nessa presente vida, já fui par e ímpar incontáveis vezes. Mais ímpar do que par por muito tempo, porém nunca encontrei alguém com quem dividir o mais puro sentimento de todos: o amor.
Eu não era como os jovens da minha geração, que viravam noites e mais noites em cabarés e casas noturnas do tipo, mas também nunca fui de negar uma boa proposta quando me era oferecida.
Quando não estávamos a fim de correr riscos e sentir a adrenalina e a euforia que as mesas de jogos nos proporcionavam, eu, Yoongi e Taehyung costumávamos apenas frequentar o térreo do Casino-de-Charlevoix ou saíamos pelas ruas de Paris em busca de algum bar ou festa mais informal e receptivo.
Por possuir uma beleza exótica e cabelos cor de fogo, Taehyung sempre chamava atenção por onde passava, atraindo olhares para o nosso pequeno grupo de amigos, o que geralmente nos trazia certa vantagem. Nunca fui o centro das atenções, e até me sentia um pouco incomodado quando isso acontecia de vez em quando, mas com o tempo aprendi que engolir a timidez e enfrentar a situação poderia me trazer consequências positivas.
E, mesmo que não flertássemos com ninguém, as noites sempre eram muito bem aproveitadas por nós três.
- Certo, já escolheram o que faremos esse fim de semana? - questionou o ruivo enquanto almoçávamos juntos no intervalo das aulas. - Vocês dois sabem muito bem que eu não gosto de nada decidido em cima da hora.
- Não é como se tivéssemos uma ampla gama de coisas que podemos fazer. - respondeu Yoongi, dando de ombros mal humorado.
- Domingo vou precisar acordar cedo. - falei, com certo desinteresse presente no meu tom de voz. - Minha mãe vai promover um brunch para os associados da fundação e exigiu minha presença, já que eu furei o jantar sábado passado para sair com vocês. - e, lembrando de uma coisa repentinamente, completei: - A gente podia ir naquela festa sexta à noite.
- Sexta não dá, o pessoal da minha turma marcou de sairmos todos para jantar e comemorar a conclusão de mais um semestre. Não sei até que horas vai se estender. - disse o Kim, com pesar.
Ponderei, antes de replicar: - Então a gente podia finalmente ir conhecer aquele bar novo que abriu perto da Champs-Élysées, já que vou precisar voltar para casa mais cedo, o que acham? - olhei para os outros dois animado.
- Dizem que é diferente de tudo que Paris já viu, tem uma proposta mais moderna e... - parou tentando lembrar da palavra. - alternativa? É assim que eles se definem? - Yoongi se pronunciou, com a animação já melhorando seu humor.
- Ça va, fechado então! - declarou o ruivo alvoroçado, batendo palminhas.
Como eu já sabia da reação de Aimée quando soubesse que eu iria conhecer o novo estabelecimento, tratei de convidá-la para nos acompanhar na noite de sábado. E, como era uma pessoa que amava aproveitar a noite na Cidade mais que ninguém, o convite logo foi aceito.
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Ethereal • {jjk + pjm}
FanficPark Jimin, membro da alta burguesia francesa, sempre foi dedicado à família e aos bons costumes que regiam a década de 20, e, assim como os jovens da época, costumava sair à noite para divertir-se. Porém, um rosto desconhecido despertará o desejo d...