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Depois de andarem bastante no meio das árvores. a dor de Anya ia diminuindo.

- Esta melhor? - Pedro me pergunta assim que levanto a cabeça para olhar o que havia na minha frente, não o respondo apenas faço força para me soltar de seus braços - Nya vem aqui... - ele pedia manhoso me puxando pelo braço

Paro de andar e o olho fixamente

- Desculpa vai - ele pede - fui muito idiota e babaca... não vou fazer de novo eu prometo

Continuei olhando sem responder

- Nya não fica assim por favor...

E foi nesse instante que eu me senti um monstro por ficar com raiva dele. Sua carinha triste de cachorrinho pidão quebrava meu coração.

Minha raiva foi embora, mas eu não me mexia. Não conseguia quebrar o contato visual,de forma alguma. Até que ele me puxou para perto quando os outros estavam relativamente longe e provavelmente não nos veriam

- Eu não devia ter gritado com você, eu sei que você odeia isso - Pedro diz, é realmente ele me conhece- Me perdoa por favor.. eu odeio ver você assim

Ele passava os dedos na minha bochecha delicadamente

-Me desculpa por ter gritado com você também- finalmente respondo algo, que o faz rir fraco

- Ta tudo bem... eu fui um idiota

- é.. foi- Digo rindo junto com ele.- mas eu não ia conseguir ficar o dia todo com raiva mesmo..

Pedro travou o maxilar, e foi ai que eu senti uma vontade inexplicavel de beija-lo, e eu ia. Dessa vez eu ia beija-lo

Estavamos perto o suficiente para isso.

Até que ouvimos lúcia gritar.

Arregalo os olhos e corro em direção a voz da menina, quando chegamos lá um pedaço do solo havia cedido, Lúcia havia caído junto e olhava para cima sorrindo.

- O que houve? - Pergunta Pedro

- Lúcia acabou de achar uma passagem- Respondo rindo - Obrigada!

- Onde vocês estavam? - Pergunta Susana cerrando os olhos

Eu e Pedro nos entreolhamos e eu respondi por nós dois

- A minha dor passou e Pedro quis ver se eu já conseguia andar, só que ouvimos a Lúcia e viemos correndo, ou seja eu consigo andar!

- Afinal de contas.. que dor foi essa?- Edmundo pergunta descendo na frente e sendo seguido pela irmã e pelo anão

Trumpkin explicou que a dor foi porque as árvores estavam sendo cortadas e que de alguma forma eu tenho ligação com elas. Também explicou que eles estavam as cortando para que pudessem fazer uma ponte para atravessar o rio, já que eles tem medo de "fantasmas" ( espiritos das águas)

Quando terminamos de descer, só nos faltava atravessar o rio.

- Deviamos arrumar um lugar para passar a noite - Trumpkin também disse - esta escurecendo

- Concordo- Edmundo diz - Mas temos que ir logo.

Andamos mais rápido e em silêncio. O cansaço coletivo era evidente, ninguém aguentava mais andar. Foram muitas emoções em um dia só, amor ódio, curiosidade...

Alguns muitos minutos depois, achamos uma pequena clareira na floresta. Era o lugar ideal, mas de certa forma me dava certa nostalgia.

- Fogueira? - Pedro Pergunta para Edmundo que concorda com a cabeça e adentra a floresta catando pedaços de troncos e galhos, enquanto o mais velho tentava decidir como acender o fogo entrando na floresta atrás do outro.

The Lost Crown- Pedro PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora