⍟ sixty two

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Jungkook estava relaxado contra o espaldar da cadeira e acima de seu colo estava Jimin, deslizando seu tronco sobre o dele enquanto beijava-o suavemente. Podia sentir sua própria respiração enquanto lhe tocava os lábios, cada beijo se prolongando, agora, persistentes e exploratórios.

As mãos de Jungkook em seus quadris o trouxeram para mais perto, fazendo a calça jeans dele escorregar em um ruído retalhado. O menino levou as próprias mãos para o pescoço dele, podendo sentir o toque quente de sua pele abaixo de suas palmas. Enquanto se beijavam, eles se entrelaçavam um no outro como uma fibra intrincada, a expressão de ambos cheia de amor.

Eles foram diminuindo o ritmo mais lentamente, descobrindo-se sem pressa, depois aceleraram a velocidade, cada beijo sendo mais profundo do que o último. Jimin lutou contra um pequeno arrepio nas costas e quase arqueou-as no momento que Jungkook subiu as mãos para sua cintura e ali depositou um suave apertão. Ele foi mordido sutilmente no lábio inferior, onde os dentes de Jungkook o puxaram devagarinho antes de colar suas bocas novamente.

Seus beijos se aprofundaram lentamente e suavemente, com a intensidade crescendo entre eles como sempre acontecia. Jimin sentia aquele toque como algo para lhe dar conforto, para lhe dizer que nada tinha acabado e que o tempo estava a favor deles. Aparentemente, o detetive sentia o mesmo e desejava que todas as barreiras entre eles sumissem naquele momento.

Inconscientemente ou não, Jungkook subiu um pouco mais as suas mãos e a ponta de seus dedos acabaram roçando o lugar onde as cicatrizes de Jimin ficavam. O menino se separou dele imediatamente e puxou alguns fôlegos estabilizantes, seus ombros se levantando e caindo depressa.

– Pare. – sua voz estava trêmula.

Jungkook recuou as mãos na mesma hora e olhou-o surpreso. Seus olhos procuraram os dele em busca de desaprovação ou julgamento, mas Jimin parecia apenas assustado.

– Eu fiz algo de errado, anjo? – perguntou ele calmamente.

De cabeça baixa, Jimin sentiu seu rosto queimar com aquela pergunta específica. Então ele ergueu a cabeça e beijou sua boca com uma pressão finamente dolorosa, depois deslocou seu peso para fora do colo dele. Jungkook tentou se manter profissional, mas sua curiosidade se meteu no caminho. Antes que ele pudesse perguntar algo mais, Jimin se virou de frente para ele e disse:

– Me desculpe – mesmo com uma concentração considerável, Jungkook não entendeu o pedido de desculpas. – É que... quando você tocou naquele lugar eu tive uma lembrança ruim. Então eu me lembrei...

O detetive deu a volta na escrivaninha da biblioteca e o alcançou. Ele o abraçou carinhosamente pelos ombros, suas mãos estavam quentes e macias como nunca, em seguida distribuiu um beijo no topo de sua cabeça, gesto esse que fez Jimin fechar os olhos brevemente.

– Você não tem que pedir desculpas por isso, eu que fui imprudente e não prestei atenção. – quando o menino olhou para cima, Jungkook estava observando-o. – Vou tomar mais cuidado da próxima vez. Prometo.

Dito aquilo, Jimin enterrou seu rosto no pescoço dele conforme o abraçava pela cintura. O timbre de um suspiro escapou baixinho das narinas do detetive, como se ele tivesse sido pego de surpresa. Jimin conhecia as intenções de Jungkook, por isso tinha consciência de que ele não tinha agido por mal. Talvez suas memórias ficassem empalidecidas à medida que o tempo se passava, mas toda vez que experimentava coisas que de alguma forma montaram o seu trauma, isso o fazia reviver cada sofrimento.

– Anjo – ele murmurou, roçando a palavra pelos seus cabelos. – Se eu fizer algo, por menor que seja, preciso que me repreenda. Não me deixe continuar se você estiver desconfortável.

dangerous || 1ª TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora