Antes mesmo de conseguir abrir os olhos, (S/n) conseguia ouvir cada passo de uma terceira pessoa na sala do exames. Esses, diferentes dos passos calmos uma vez ou outra da doutora Nora, eram rápidos e agressivos, pesados, masculinos. Ela ouviu um barulho oco seguido de algo pesado caindo no chão, como um corpo. Em seguida, duas mãos puxaram a maca em que ela estava deitada para fora da máquina e a sacudiram pelos ombros, finalmente a tirando daquele estado de falsa inconsciência do qual ela não conseguia sair. Assim que percebeu conseguir se mover, a garota puxou o ar com força, confusa, tonta e perdida ao ver o Soldado Eric O'connor ali e a doutora Nora desmaiada e amarrada no chão. Sua cabeça doía com a sirene que ecoava por todo o lugar.
-Que mértila é essa?
-Precisamos sair daqui - ele disse e se afastou para pegar suas coisas, arremessando-as sem olhá-la. - Se vista e vista isso também - ele estendeu um uniforme como o que usava e se afastou, saindo da sala para dar privacidade pra ela se vestir.
Mesmo confusa e sem saber o que estava acontecendo, (S/n) vestiu sua lingerie e a calça do uniforme, calçou as botas alguns números maiores e vestiu o resto do uniforme. Parou em frente a mesa da Dra. Nora, apanhando todos os papéis que diziam ser referentes a ela - exames, anotações e as fotos em full HD da profundidade da sua caverna -, guardando tudo na pasta bege que continha seu nome. Assim que a pegou, assustou-se ao ver a pasta de Newt bem ali, embaixo da sua, então a pegou também, guardando-as no espaço entre seu corpo e o colete. (S/n) colocou o capacete e se aproximou da porta, abrindo-a. Eric a entregou uma arma e ensinou a manusea-la rapidamente, antes de saírem da sala em que ela esteve por mais tempo que imaginava.
-O que tá acontecendo? - ela perguntou enquanto corriam pelos corredores.
-Preciso te tirar daqui. Ainda é o CRUEL, foi tudo uma mentira!
-O CRUEL? - ela repetiu, assustada com sua intuição estar certa mais uma vez. Sabia que tinha algo de errado com aquele lugar desde o primeiro momento e não estava errada. - Meus amigos... Não posso deixa-los.
-Quem você acha que acionou a sirene? - ele perguntou com diversão na voz, parecendo até orgulhoso por trás do capacete. - Vamos, precisamos encontrá-los. Você vai fazer exatamente o que eu disser - ele começou a explicar seu plano, a guiando pelos corredores até darem de cara com os meninos, Teresa e o garoto solitário do refeitório. Minho carregava uma arma e estava prestes a atirar nos dois soldados quando (S/n) tirou o capacete com uma das mãos, erguendo a outra para o alto.
-Sou eu, sou eu! - ela gritou, fazendo-os suspirarem de alívio depois de tanto tempo sem notícias dela, mas ainda estavam um pouco confusos com o fato de ela estar acompanhada e vestida como um soldado. - Vão pra saída, nós estamos logo atrás.
-Por onde esteve? - Newt perguntou enquanto ela colocava o capacete de volta, seu tom de voz era de irritação e preocupação. - Quem é esse cara?
-Depois conversamos, amor. Precisamos sair daqui primeiro!
Ela puxou o braço de suas mãos e continuou a correr ao lado de Eric, parando ao ver dois soldados virem em sua direção. Ela atirou duas vezes no que estava na frente, enquanto Eric atirava no outro. Eles caíram no chão se contorcendo enquanto uma forte descarga elétrica passava no corpo deles. Os meninos correram e eles seguiram o plano, até se juntarem com os soldados que faziam a guarda de Janson.
Os Clareanos estavam em um corredor longo que acabava em uma porta, que eles não conseguiam abrir com o cartão roubado de outro guarda. Thomas estava na frente dos outros e atirou nos soldados que faziam a barreira em frente a Janson, não sofrendo nenhum impacto pelo escudo que seguravam em frente ao corpo. O cara de rato estava exatamente ao lado de (S/n), mas ela precisava se livrar da meia dúzia de soldados primeiro. Ela olhou de canto para Eric, que estava na ponta esquerda da barreira de trás e ele deu o sinal com a cabeça.
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A PRIMEIRA CLAREANA [FANFIC INTERATIVA - MAZE RUNNER]
Fanfiction(S/N) acordou em uma caixa de metal fria e escura, sem nenhuma lembrança além do próprio nome. Seus punhos disferiam socos em busca de uma saída enquanto ela gritava por ajuda, quando finalmente a Caixa parou. Mesmo ansiosa para sair, a adolescente...