Capítulo 08

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Após deixar bem claro saber muito bem o que eu fiz naquele banheiro da empresa, Jaehyun sorriu uma última vez antes de ficar totalmente sério e se afastar pegando o mesmo caminho que papai, paralisada com as mãos na boca não sabendo como lidar com essa revelação, resolvi apressar os passos correndo para meu quarto passando como um furacão pela sala onde estava os dois amigos conversando tranquilamente. Escutei papai gritar por mim perguntando se eu estaria bem, mas sequer olhei para trás e o respondi, nesse momento apenas minha cama importava e foi assim que terminou minha noite, agarrada entre os cobertores abraçando um dos meus ursinhos de pelúcia me martirizando por ter me tocado.

— Com que cara apareço na empresa agora ? Saco!

(...)

Pela manhã, eu estava preparando o café para papai enquanto ele terminava de se arrumar para irmos à empresa, ainda com a cabeça no que seu amigo cretino disse ontem e distraída, acabei por fazer besteira fritando os ovos mais do que devia.

— Saco! Tudo culpa daquele imbecil! — Exclamei alterando o tom da minha voz, vendo a bagunça feita.

— Culpa de que imbecil, filha ?

Papai estava logo atrás de mim já sentado com seu jornal em mãos, realmente, eu estava tão no meu mundinho que sequer escutei seus passos chegando ou o arrastar de uma das cadeiras da mesa.

— Ah, o imbecil do óleo. Eu não gosto dessa marca, pai. — Ele me olhou desconfiado, mas deu de ombros virando a página do jornal. — Teremos que tomar café no caminho, só tinha esses ovos. Vamos ?

— Calma, Jaehyun ainda não chegou. Meu carro está com problemas, não terei como arrumar isso hoje. — Relatou papai atencioso ao jornal, sequer prestando atenção em mim amassando com raiva o pano de prato.

Só me restava essa, encontrar com seu amiguinho logo tão cedo do dia, como eu queria morrer ou sumir no momento, conheço Jaehyun o suficiente já para saber que não deixará esse assunto encerrado assim, piadinhas e indiretas estão por vir. Tive a certeza disto quando a campainha foi tocada, somente fui abrir a porta pois papai pediu e eu não posso demonstrar estar desse jeito por conta do seu amigo.

Respirei profundamente buscando total paz, voltando a agir como sempre querendo mostrar a ele que não estou abalada com a revelação de ontem.

Em um giro rápido na maçaneta abri a porta encontrando ele sorridente, o terno trajado lhe dava uma aparência atraente como sempre e eu odiava ter que admitir isso, assim como sentir aquele calor surgindo entre minhas pernas quando Jaehyun olhou-me dos pés a cabeça e esbanjou um sorriso malicioso de lado.

— Tira uma foto, dura mais. — Cortei o silêncio, guiando meus olhos em direção onde ele estava esticando seu braço. Ele pressionava o botão da campainha, mas evitando que seja apertado.

— Prefiro tirar sua roup… Já podemos ir, Carl ?

O cara de pau deixou de completar a fala no momento que papai surgiu atrás de mim, entregando umas duas bolsas carregadas de documentos à ele que fez questão de pedir minha ajuda para que eu fosse na frente abrir a porta do seu carro. Assim fiz aproveitando para entrar, ficando a observar ele organizar tudo no banco ao meu lado.

— Na frente do meu pai sem gracinhas, não é ?

— Por quê ? Quer que faça gracinhas na frente dele, também ? Ou diga que, a filhinha se tocou pensando no melhor amigo dele ? No caso, o cretino aqui.  — Não entendo como um homem como ele possa ser tão descarado, mas, eu sei que tem medo de fazer isso na frente de papai. — Papai já volta, gatinha.

— Você não é meu pa… — Ele bateu com a porta do carro, antes que eu pudesse finalizar a frase. Fiquei muito furiosa da vida esperneando como uma criança birrenta, ao contrário de uma querendo brinquedo eu queria era arrancar o couro daquele cretino.

Não Conte a Ninguém | Imagine Jung Jaehyun | NCT Onde histórias criam vida. Descubra agora