Capítulo 18

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— Como pode afirmar isso, com tanta certeza ?

Questionava Jaehyun meus relatos afirmativos, aparentando não estar confiando que aquela mulher seja capaz disso, afinal, apenas eu fui capaz de ver sua real face ao contrário dos homens que parecem enfeitiçados.

— Não confia em mim ? — Também, questionei vendo aquele seu sorriso surgir seguido de um breve selinho em minha testa.

— Confio. Apenas não creio na má sorte que meu amigo tenha pra mulher, quero dizer, sua mãe foi embora e levou você junto. — Esse detalhe eu não sabia, mas é assunto para outro momento e o que está na frente é impedir esse golpe.

Então, tivemos que encerrar o assunto quando um dos funcionários adentrou sua sala esclarecendo sobre uma reunião que será realizada hoje, essa a qual eu não estava sabendo ficando surpresa ao escutar pela boca do homem se Jaehyun estava certo da sua escolha, vender sua metade da empresa para meu pai.

— Por que não estou sabendo disso ? — Sentia um nó se formando na minha garganta, por algum motivo não querer ele longe daqui me incomodava.

— A mesma vida um dia cansa, S/N.

Com essas palavras e um sorriso doce nos lábios, finalizou o assunto avisando para o funcionário deixar tudo preparado para quando meu pai chegar, outro detalhe o qual eu não estava por dentro, o vôo de volta do casal ser mais cedo que o esperado. É como se, meu pai estivesse apressando as coisas correndo para o abismo que lhe espera, confiando cegamente nessa mulher.

Mas, isso não deixarei passar.

— Que tal, aproveitarmos metade desse dia juntos, uh ? Lá pelas cinco horas da tarde seu pai já estará de volta. — Apenas aceitei sua proposta, pois estou cheia das perguntas em relação a mudança desse sua vida.

Jaehyun não à frente de uma empresa, não é Jung Jaehyun.

Então, após repassar o que a empresa deve realizar hoje deixando nas mãos do seu segundo no cargo, Doyoung, deixamos o local por mais que não faça muito tempo que havíamos chegado. Na saída do estacionamento, enxerguei Taeyong recebendo alguns pedidos de comida dos estabelecimentos aqui por dentro, avisei então ao homem ao meu lado precisar dar uma palavra com o outro rapaz e, mesmo não gostando da idéia, cedeu de expressão fechada.

Taeyong brevemente pegou um susto ao me ver vindo da direção que estava o carro de Jaehyun, entendendo muito bem o que estaria acontecendo.

— Agora é público, o namoro ? — Sorria ele, brincalhão antes de oferecer um pouco do seu café da manhã.

— Taeyong, pode ir comigo em um lugar ?

— Quando ? Hoje ?

— Não sei ainda, quando for o momento te ligo. Te considero como um irmão, caso eu não aguente segurar a barra, ficarei feliz que esteja por perto. — De fato, tudo é verdade e Jaehyun não fazia essa imagem de quem eu possa me segurar caso seja muito pesado, o rapaz a minha frente possui a figura de um irmão que eu nunca tive.

— É, irmão… — Escutei ele murmurar, seu semblante de momento era magoado e logo um grande sorriso surgiu em seus lábios, assim como sua mão avançou em meus cabelos bagunçando os mesmos. — Estou contigo, cheirosinha.

Dando-lhe um abraço que para mim foi confortante, me despedi dele retornando os passos na direção da pessoa que esperava por mim mesmo que esteja se corroendo de raiva, não deixando de abraçar ele e beijar aqueles lábios. Sua imagem para mim, é de alguém que vai proteger-me sempre, alguém que poderá me amar nos dias mais difíceis e, perdida, irei encontrar.

Não Conte a Ninguém | Imagine Jung Jaehyun | NCT Onde histórias criam vida. Descubra agora