Capítulo 05

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— Te odeio, seu cretino.

— Odeia nada. 

Quase uma hora e a gente ainda trancados juntos naquela sala já estava me fazendo surtar de vez, a vontade de jogar a cadeira contra a parede de vidro e pular desse último andar do edifício, me parecia bem melhor do que ficar aturando o amigo de papai me olhando daquela forma maliciosa, como se livrar do seu terno e abrir três botões da sua camisa social, dando-me um pouco da visão do seu peitoral firme. Sentada em cima da mesa, precisei curvar as pernas e apertar uma coxa na outra, após sentir tal incômodo na minha região íntima que se criava vida sozinha, mostrando estar reagindo às provocações daquele homem que não vale nada e, lembrar do beijo como de suas pegadas, não ajudava muito.

Furiosa com essa demora, precisei levantar indo em direção a porta outra vez, batendo mais forte que anteriormente, a risadinha irritante eu pude ouvir ciente do que ele está para avisar, novamente.

— Essa porta é feita de um material muito excelente, evita escutarem minhas fodas. — Mirando minha atenção nele, eu me questionava mentalmente se a sala de papai servia de motel. — Serve sim, quando ele não está. Se é isso que está pensando.

Ele só pode ler pensamentos, é isto.

— Jaehyun, eu preciso usar o banheiro. Não aguento mais!

— Use o daqui, qual o problema ? — Escorado na mesa com seus braços cruzados, ergueu uma das sobrancelhas me encarando daquele jeito predador.

— Você! Eu não confio em você! — Apontei o dedo em sua cara, após chegar próximo do mesmo que sorriu de lado.

— Acontece, minha querida, que eu não faço nada contra a vontade de ninguém. Sexo é uma coisa que não me falta, capiche ? — Com seu polegar e indicador ele deu um toque no meu queixo, antes de se sair de perto voltando ao sofá que tem na sala.

Acabei percebendo que nessa parte eu fui uma completa vaca, em insinuar que ele poderia abusar de mim enquanto eu estivesse no banheiro, esquecendo-me que se fosse desse tipo de homem teria feito isso aqui mesmo na sala. Portanto, resolvi ir logo ao banheiro jogar um pouco de água no rosto tentando relaxar, pois uma coisa que odeio é me sentir trancada nos lugares.

Não demorou muito para que eu escutasse vozes vindo da sala, alguém abriu a porta e eu finalmente vou poder sair. Voltando ao local para pegar minha bolsa, encontrei Jaehyun conversando com outro homem, esse o qual mirou sua atenção em mim quando ouviu minha voz.

— Sim, S/N. Você já pode se livrar do cretino aqui.

— É a filha de Carl ? — Questionou o homem, ainda encarando a mim que precisei engolir em seco antes de chegar perto a eles, afinal, Jaehyun estava com minha bolsa em mãos não perdendo uma.

— Sim, pode ser dizer que minha filhinha também, mesmo não sendo nada obediente a mim. — Sorriu, logo após ficando sério ao desviar sua atenção para mim. — Como é que se pede ?

— Devolve minha bolsa, cretino.

Jaehyun sorriu como um completo babaca sacana e devolveu a bolsa a mim, já o homem soltou uma pequena risada.

— Não almoce longe, pois eu quem irei te levar em casa hoje!

Era de se esperar já que papai não está, pisando firme saí daquela sala buscando almoçar em algum lugar por perto da empresa por mais que já tenha se passado das outras. Antes mesmo de sair do edifício tombei com Rebecca, ela não foi nada simpática comigo, não fiquei atrás somente por saber que papai escondeu essa mulherzinha um longo tempo como se ela fosse mais importante que a mim.

Não Conte a Ninguém | Imagine Jung Jaehyun | NCT Onde histórias criam vida. Descubra agora