Eu surtei.
Me levantei de minha cadeira e comecei a andar em círculos. Isso durou mais de dez minutos. Quase conseguir fazer um buraco no chão do quadragésimo sétimo andar.
— Senhorita Marinette, por favor, acalme-se. — Sabrina, minha chefe.
Aquilo era realmente sério?
— Desculpe, Sabrina, mas eu realmente não entendo o porquê estou sendo transferida. Pensei que estivessem contentes com meus serviços na empresa. — cruzei os braços.
— E estamos, claro. E eu lamento tanto ter que abrir mão de você. Mas como sabe, a empresa também irá expandir para Paris. Um acordo foi feito com o senhor Agreste e a Agreste Corporation. — suspirou. — Preciso que meus melhores funcionários sejam transferidos para lá, para que tudo corra bem. Temos que causar uma boa impressão.
— Entendo.
E entendo também que aquilo seria uma loucura. Terei que me mudar com Emma em menos de uma semana.
— Não é nada pessoal.
— Tranquilo. — assenti.
— Aqui estão as passagens — ela me entrega uma passagem. — Sua filha já está inclusa.
Assenti, segurando o papel.
— É o avião da empresa. Em breve, poderão voltar para seus trabalhos aqui, assim que eu treinar novos funcionários para ir para lá. — ela sorri no final. Aceite isso como uma promoção.
Voltei para minha baia do vigésimo andar. Me sentei na cadeira giratória e tamborilei os dedos sobre a mesa de madeira. Olhei para a cadeira ao meu lado. Estava vazia. Luka trabalhava junto comigo pela manhã, e à tarde, ajudava no café. Nem tive tempo de parar aqui, então ainda não o havia visto hoje. Talvez estivesse na cafeteria.
Fechei os olhos com força e reprimi um palavrão. Voltar para Paris não estava nos meus planos. Não agora!
Pensei em Emma. Por um lado, seria adorável que ela convivesse mais com Adrien, até se adaptar cem por cento com a ideia de que tem um pai. Se bem que ela olhou para ele e simplesmente se jogou em seus braços, com todo o carisma do mundo.
— Mari — senti uma mão quente tocar meu ombro e me sobressaltei. — Ei, calma — ele riu. — Te trouxe café com leite de soja, seu favorito.
— Ah, Luka, é você — sorri desconsertada e peguei o café. — Obrigada.
— Por nada, anjo.
Ele se sentou ao meu lado, abrindo seu notebook. Não pude deixar de olhá-lo pelo canto dos olhos. Será que ele estava bravo comigo por eu ter cancelado o jantar de ontem? Mas ele foi muito gentil comigo até agora. De qualquer forma, preciso me redimir com ele.
— Mari, 'tá tudo bem com você? — Luka perguntou de repente.
— Uh? E-e porque não estaria? — tirei o bocal da caneta da boca, que até então, não percebi que estava mordendo.
— Porque você acabou de desviar o olhar, mordeu o bocal da caneta e me respondeu com outra pergunta. — arqueou uma das sobrancelhas ao me analisar.
Soltei o ar pesado dos pulmões, derrotada.
— Não consigo te enganar mesmo, não é? — sorri levemente.
— De jeito maneira — sorriu vitorioso. — Te conheço tem anos, senhorita Cheng!
— Tudo bem, entendi que não consigo te enganar mesmo.
— Mas, me conte, o que 'tá afligindo você? — me olhou preocupado.
Mordi o lábio inferior.
— Estava com a senhora Raincomprix! — cruzei os braços.
— A Sabrina é "mó" de boa. O que aconteceu?
— Aí é que está — me endireitei na cadeira e o encarei. — Essa empresa também irá expandir, e ela está me transferindo pra Paris!
— Eu também! — comemorou. — Mas não captei o problema. — colocou a mão no queixo.
— Bem, ontem quando eu cancelei o jantar, foi porque a Bridgette havia saído e voltava só mais tarde, e o pai da Emma estava lá em casa.
Ele ficou chocado. Compreensível, mas não me ajudou muito.
— Não entendi a parte do pai dela.
— Ele veio à China resolver uns negócios e, não sei como, descobriu aonde eu moro. Pois é, triste!
Ele piscou algumas vezes.
— Luka! Tá me ouvindo? — quase gritei.
— Sim, sim, estou. É só que... não sei o que dizer.
— Entendo. — suspirei.
— Mas se ele já viu a Emma, qual o problema em voltar pra Paris?
— Lembra de uma historinha que eu te contei um tempo atrás? — ele fez que sim com a cabeça. — Pois bem, a vilã loura e cruel é a minha ex-cunhada, que ameaçou a mim e a Emma. Por isso, meu medo de retornar.
Ele olhou para o lado e ficou batucando com a caneta em sua tela digital.
— Sabe, eu acho que nessas horas você precisa pensar na Emma — disse, simplesmente. — Tipo, entendo que você esteja preocupada com a loira louca, mas eu tenho certeza que o pai dela não vai deixar nada acontecer com sua pequena.
Sorri involuntariamente. Aquilo soou lindo. E, eu acreditava seriamente que Adrien a protegeria das garras das duas víboras.
— E qualquer coisa, eu estarei por lá. Você sabe disso. — ele sorriu amistoso.
— Sim, eu sei. E agradeço sua gentileza. — retribuí seu sorriso.
— E, sobre o jantar, não se preocupe, teremos outras oportunidades. Quem sabe em Paris, na Torre Eiffel, hum?
Eu ri daquilo, mas assenti. Fiquei feliz que ele não havia ficado chateado com a situação. Ele era mesmo um amor de pessoa, alguém que me fazia tão bem, e que não tinha problemas com irmãs e amigas malvadas. Ele era doce, gentil, amoroso — principalmente com Emma — e tocava violão e guitarra muito bem. A mulher que tivesse a sorte de estar ao lado dele, iria erguer as mãos aos céus.
Voltamos a trabalhar no nosso novo projeto: a expansão da empresa. Não seria muito diferente desta, mas os parisienses teriam que ficar de queixo caído.To Be Continued...
...
Curtinho, mas cá está mais um capítulo especial pra vocês!
Demorei pra postar hoje porque minha internet não tava querendo colaborar muito.
Mas espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo galera!
Bye bye!;)
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𝐀𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐓𝐞 𝐀𝐦𝐨 - Miraculous
FanficAdrien Agreste e Marinette Dupain-Cheng se conhecem desde o colégio, e assim que terminaram suas faculdades decidiram se casar. Era para estar tudo perfeito, mas a meia-irmã de Adrien - Chloé Bourgeois - iria fazer de tudo para que a vida da azulada...