𝐀𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐓𝐞 𝐀𝐦𝐨 - Miraculous

•Chapter 16•

Após cinco horas de expediente, finalmente estava em casa, descalça. Joguei os scarpins vermelhos longe e me joguei no sofá. Meu celular vibrou. Era mamãe me chamando pra jantar lá. Aproveitei que tinha que buscar Emma mesmo e tomei um banho rápido, vestindo a primeira roupa que vi pela frente. Fiz um coque frouxo e saí. Provavelmente, Bridgette estava lá com os demais.

Parei no posto para abastecer, e enquanto esperava, olhei em direção à farmácia e não pude deixar de lembrar de um momento com Adrien.

Flashback on

— Eu disse que deveríamos ter abastecido antes de sair de casa — avisei, abrindo a sombrinha.

— Calma, neném — passou um braço por meu pescoço. — Daqui a pouco continuamos nossa rota.

E seguimos andando, e Adrien empurrando a motocicleta. Finalmente, conseguimos chegar no posto em alguns minutos de baixo do sol. Caminhei até um mercadinho que havia ali, talvez conseguisse encontrar algo gostoso.

Caminhei até lá e entrei no local, procurando por algum doce. De repente, senti um enlaço na cintura. Me virei para a pessoa e vi Adrien me olhando apaixonado. Aquelas esmeraldas me hipnotizavam sempre.

— O que vai comprar, amorzinho? — perguntou, ainda enlaçando minha cintura.

— Um Kit Kat! — peguei um pacotinho e mostrei.

— Que tal quatro?

— Ain, eu quero! — sorri animada.

Ele sorriu largo e pegou mais três chocolates. Passamos no caixa e subimos na moto, colocando os capacetes, logo partimos para o museu.

Flashback off

O homem que estava abastecendo meu carro, bateu levemente no vidro, dando sinal de que o tanque estava cheio. Parti dali rapidamente. Por que aquelas memórias estavam vindo à tona agora?

Estacionei próximo à casa de meus pais e tranquei o carro. Bati na porta com rapidez, e Brianna abriu para mim.

— Vó, a tia Mari chegou! — anunciou a menina de enormes cabelos negros volumosos.

Entrei assim que a garota abriu passagem. Deixei a bolsa sobre o encosto do sofá. Emma estava assistindo desenho enquanto jantava.

— Como foi no trabalho hoje, meu bem? — mamãe veio me cumprimentar.

— Aah, bem... — comprimi os lábios. — Mais ou menos.

— Por que? Pensei que amasse seu trabalho! — Bridgette perguntou, com um prato cheio de macarrão nas mãos.

— Ah, minha chefe meio que...me transferiu.

Ouvi um engasgo vindo da cozinha. Olhei rapidamente. Marin e papai estavam lá, e agora bebiam suco pra aliviar a garganta.

— Coitadinha! Mas isso é uma demissão? — Bridgette se desesperou.

— Não, mas vou ter que me mudar. — revirei os olhos.

— Se mudar? Pra onde? — papai surgiu atrás do balcão de pedra vermelha.

— Vou ter que voltar pra Paris, em cinco dias.

Todos me olharam surpresos. Principalmente mamãe, que eu sempre falava que não voltaria para lá. Mas uma ruga cresceu em minha testa quando ela sorriu suavemente.

— A empresa irá expandir — ouvi Marin explicar. — A Marinette é uma das melhores funcionárias. Deve ser esse o motivo da transferência. — deu de ombros.