𝐀𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐓𝐞 𝐀𝐦𝐨 - Miraculous

•Chapter 19•

No carro estava um silêncio insuportável, apenas Emma que estava brincando com seus bonecos e conversando na cadeirinha. Eu estava na frente com Adrien. Ele estava com um olhar concentrado, e Alya acho que estava em seu celular.

— E então, quem era aquele homem de cabelo azul que você estava conversando? — indagou Adrien, ainda olhando para frente.

— Luka. Ele é-

— Namolado da mamãe! — proferiu Emma.

Senti minha bochecha arder, e por um momento, quis dar uma palmada naquela menina. De onde ela tinha tirado aquilo?

— O quê? — Alya e Adrien perguntaram em uníssono.

— Não! — disse com irritação. — Emma, lembra o que eu te ensinei: não diga o que você não sabe!

Ela fez beicinho.

— Puxa, ela se parece com a Chloé, que pena. — ouvi Alya sussurrar.

Cerrei os punhos. Adrien por sua vez, não disse nada, apenas continuou a olhar para frente, com a expressão séria. Ai, minha santíssima!

— O Luka é um amigo de longa data, nada mais. — expliquei rapidamente.

Ninguém mais tocou naquele assunto, e Emma parou de brincar. Okay, ela estava magoada porque percebeu que havia me magoado.

Deixamos Alya e Beatrice em casa, e marcamos um café mais tarde. Olhei para Adrien e ele desviou seu olhar do meu.

Tudo bem...ele poderia ser bem indiferente quando queria. Confesso que aquilo me doeu.
Adrien estacionou com o carro na garagem e nós descemos. Emma estava um tanto sonolenta, e Adrien a levou no colo até chegarmos ao apartamento de luxo.
Tudo estava como era há três anos atrás. A mesma mesa, mesmo sofá... até as cores das paredes. Adrien caminhou pelo enorme corredor e entrou em uma das portas. Oh! O quarto extra da casa! Andei atrás dele e entrei no cômodo. O quarto era grande. As paredes em um tom de lilás e rosa bebê e algumas nuvens desenhadas. No teto, figuras de estrelas que brilhavam quando as luzes eram apagadas. A cama de Emma era de princesa, a Bela Adormecida, com mosqueteiro e tudo mais. Havia um enorme tapete peludo cor de rosa e vários brinquedos. No chão e na parede, em alguns nichos. Havia uma estante branca com alguns livros infantis.

Passo a língua pelos lábios para umidecê-los. Assim que Emma já estava coberta e bastante confortável abraçada com seus novos brinquedos, eu e Adrien saímos daquele cômodo fechando a porta devagar.

— Amanhã ela irá se esbaldar nesses brinquedos. — rio baixo.

— Assim eu espero. — colocou as mãos nos bolsos das calças.

— Adrien, sobre o que aconteceu mais cedo-

— Você não me deve explicações da sua vida particular, Marinette — falou friamente. — Afinal, como você mesma diz, sou seu ex-marido.

Fiquei muda. Aquilo me desconsertou. Adrien parece não notar meu desconforto, e se retira dali, mas antes de entrar na copa ele se vira para me encarar, e diz:

— Suas coisas estão no quarto de hóspedes, já sabe onde fica. — eu apenas assenti, engolindo em seco, e ele vai para a cozinha.

Aproveitei que Emma dormia e fui para a casa de Alya. Já imaginava o que ela queria conversar comigo. O táxi parou na sua da casa dela e eu desci, andando mais um pouco até chegar lá. Nino me recebeu com um abraço caloroso. Eu retribuí com um sorriso.

— Nossa parisiense tá de volta! — comemorou. — E aí, tá ficando aonde?

— Na casa do Adrien — respondo, mordendo o lábio inferior.

Ele me olhou de maneira pervertida.

— Ah! Nem me olhe assim. — cruzei os braços.

— Sei não, hein — riu. — Tô pouco achando que alguma coisa vai acontecer.

— Vou ficar apenas uma semana lá, não enche, Nino. — revirei os olhos.

— Em uma semana, muita coisa pode acontecer, Mari.

— Mas não vai! — disse convicta.

Ele deu de ombros e tentou abafar uma risada.

— Onde está Daniel? — mudei de assunto.

— Na casa de um amiguinho da escola. E Emma?

— Dormindo.

— Cuidado, o Adrien não tem muita experiência com crianças — debochou.

— Diz como se ele fosse jogar jogar gasolina e tacar fogo na própria filha. — sorri com escárnio.

Ele apenas riu e saiu pelo corredor da pequena casa.
Me sentei no sofá. Aonde a senhorita Alya estava?
Vejo Etta voltar da lavanderia com uma toalha enrolada no cabelo. Nossa, quanto tempo eu não via aquela menina! Ela aparentava ter uma dezoito anos. Que eu me lembre, ela é gêmea.

— Uh! Oi, Mari. — ela me cumprimenta com um belo sorriso.

— Oi, Etta. Como você está?

— Bem...na medida do possível — ela se senta na poltrona à minha frente e revira os olhos. — Tô quase voltando pra casa!

— O que aconteceu? — perguntei preocupada.

— Meus sobrinhos. Ah! Não aguento muito choro nessa casa. E olha que eu cheguei ontem!

Eu caio na gargalhada.

— Etta, crianças choram — disse, simplesmente, dando e ombros. — E... você e a Ella não eram muito diferentes, e tinham cinco anos.

— Sim, mas...sei lá!

— Você tem quantos anos?

— Quase dezoito. Eu e Ella fazemos daqui dois meses. Ela vai vir pra cá daqui uma semana.

— Tá explicado então.

Etta revira os olhos e deita no sofá bem à vontade.

Alya aparece na sala e põe as mãos na cintura e franzindo o cenho.

— Etta! Eu limpei esse sofá ontem e você já vem colocando seu tênis imundo nele? Nem pensar! Tire-os agora mesmo!

Ela rapidamente arruma sua postura e se levanta do sofá, saindo pela porta da frente. Alya caminha até ela.

— Vai pra onde, criatura? — põe as mãos na cintura.

— Sair — respondeu mascando um chiclete.

— Acho bom que seja um lugar descente, garota. Não quero saber de irmã drogada ou espancada não.

— Fica sussa, tá? — Etta revira os olhos e sai sem dar um "tchau".

Alya volta para a sala pisando duro e se senta no sofá. Suspirou umas duas vezes antes de olhar para mim sorrindo largo.

— Me conta tudo! A começar pelo bad boy de cabelo azul do aeroporto.

To Be Continued...
...
Hello! Demorei quase 2 dias, mas cá está mais um capítulo pra vcs!
Espero que tenham gostado.
Não tenho muito o que dizer, então apenas digo: até o próximo capítulo!
Bye bye

;)