|025. flashback parte 3|

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 ultima parte, juro.

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POINT OF VIEW DAVE B.

estamos quase lá, estou ansioso para abraçar a minha pequena e dizê-la que agora esta tudo bem e que tudo acabou. Deixo meus pensamentos de lado ao ver que o carro parou.

-- é a polícia! Saiam da casa de mãos vazias e para cima! -- um policial grita e 5 caras saem de mãos para cima um tempo depois, entre eles estava Aeron. Um policial entra na casa para buscar minha filha e alguns minutos depois volta com ela nos braços, com uma carinha de choro e algumas marcas roxas pelo corpo.

-- papai! -- ela grita e se debate no colo dele para descer, ela corre até mim e eu me abaixo para recebê-la.

-- oi princesa, te machucaram? Te deram comida? Fizeram alguma coisa com você?

-- eles me batelam papai, muito, me falalam coijas hoíveis soble voxe e a mamãe -- ela diz chorando e me abraçando, fiquei estático, não tenho coragem para abraçá-la de volta, eu não podia, simplesmente não podia.

[...]

-- papai, pla onde estamos ino? -- Melissa pergunta, estamos no carro, ela em sua cadeirinha e eu dirigindo.

-- você vai ver Melissa -- paro o carro e desço, indo até a porta dela e a tipo da cadeirinha, ela pega minha mão e caminhamos até o orfanato.

sim, eu sei que serei um mostro ao fazer isso, mas eu não posso, se eu não pude proteger a minha própria filha, imagina cuidar dela sozinho e ainda mais sem dinheiro, eu a amo de mais, e sei que logo será adotada por uma pessoa que a mereça muito mais, e que poderá dar-lhe tudo que ela precisa, se Angel estivesse aqui nada disso estaria acontecendo, mas eu não a culpo, como eu poderia culpá-la quando eu sou o causador dessa vida horrível que a minha filha teve em 3 meses, eu fui um péssimo pai e não a mereço e nem mereço seu amor, sei que minha mãe vai me odiar por isso, mas eu não poderia deixar ela com a avó, doeria nela e na minha mãe, e principalmente em mim.

-- onde estamos? -- ela pergunta olhando para o orfanato, me abaixo a sua altura e pego sua mão.

-- me ouça bem esta bem? -- ela assente -- eu vou te dar essa carta e você vai até essa casa grande, bate na porta e não olhe para trás de jeito nenhum, dê a carta a pessoa que abrir a porta e espere ela ler entendeu?

-- o que ta acontecendo papai? -- ela me pergunta assustada

-- não é nada meu amor, só faça o que eu te pedi ok? Eu te amo, nunca esqueça disso

-- eu shei papai, eu tombém ti amo mais do que eu poxo contar -- ouvir aquilo doía, eu só esperava que ela me esquecesse rápido. Dou a carta e ela caminha devagar até lá, batendo na porta.

-- desculpa amor, eu falhei com você -- sussurro enquanto vejo que uma mulher abriu, eu entrei de volta no carro, ligo ele e ela me olha assustada, dou partida no carro e a vejo correr atrás do carro enquanto a mulher corre atrás dela.

-- papai pla onde voxe vai?! Papai não me dexa pu favô não me dexa, vota papai! me sholta, me sholta -- ela gritava para a moça que a segurava enquanto a minha menina chorava.

foi melhor pra ela.

a carta:

olá, sou o pai dessa garotinha, ela se chama Melissa e tem dois anos, não tenho condições de cuidar dela, sei que ela estará em ótimas mãos, cuidem dela por mim.

alguns dias depois...

culpa.

era uma palavra que me resumia bem, como eu pude abandonar a minha filha? Eu prometi para a minha mãe e pra ela que cuidaria dela, e falhei novamente, mas dessa vez eu farei o certo, estou a caminho do orfanato onde deixei Melissa, eu iria implorar seu perdão, eu faria de tudo para tê-la de volta.

ao chegar lá, eu não acreditava no que eu via, ou no que eu não via, a casa estava toda queimada, as janelas de madeiras estavam no chão e tudo estava cinza, chego mais perto e vejo uma mulher saindo de lá com alguns papéis.

-- oi er... você pode me dizer uma coisa, o-o que houve aqui? -- pergunto aflito

-- foi uma tragédia, a 3 dias o orfanato pegou fogo de madrugada, ninguém sabe o motivo do incêndio, aconteceu na ala da cozinha e dos quartos e foi se alastrando, as crianças maiores correram para fora, as menores não conseguiram sair a tempo, 3 crianças e a diretora que tentava salvá-las morreram naquela noite -- meu coração parou

-- e você sabe quem foram as crianças?

-- duas meninas e um menino, tinham entre 1 e 4 anos -- não pode ser, não pode ser.

-- e pra onde as outras crianças foram?

-- foram separadas, algumas para o Canadá e outras para o Sul do país

-- você conhece alguém que talvez saiba os nomes dessas crianças?

-- talvez a diretora saberia, ela conhecia cada uma das crianças, mas infelizmente ela também morreu, eu sinto muito, mas para que tanta curiosidade?

-- a-a minha filha, ela e-estava aí dentro -- digo e caio de joelhos, chorando de soluçar, foi culpa minha, ela morreu e foi culpa minha.

-- oh meu deus eu sinto muito, a-a minha casa é ali, venha tomar um copo de água até se acalmar, prazer, meu nome é Rose. -- ela diz me ajudando a levantar-me.

-- D-Dave

e a partir daquele dia eu não fui mais o mesmo, a minha mãe nunca mais falou comigo quando soube, na verdade ninguém da minha família falou mais comigo, criei a minha empresa e me casei com Rose, ela me ajudou desde o começo, desde que fiz a minha empresa eu contratei um detetive para saber sobre Melissa, e ela estava morta, ou era o que eu achava, ao longo desses 12 anos eu adotei Jeremy e Maya pois Rose não podia engravidar, eu amo os meus filhos mais que tudo, e quando adotei Melissa no Canadá eu não cogitei a ideia dela ser a minha filha pois até então ela estava morta, eu estava confuso, muito confuso, mas eu vou atrás de respostas ou eu não me chamo Dave Benoist.

dias atuais...

continua...

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BJS ANAJU

MEU QUERIDO VIZINHO [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora