Sou interrompido pela porta da sala, que é aberta bruscamente por um Logan suado e preocupado.
- Oi mãe, oi pai, oi Alec, interrompi algo? — Logan pergunta tentando recuperar o fôlego.
- Não, seu pai estava perguntando se o Alec era seu amigo, e ele ia falar algo, o que era Alec? — Suzan pergunta e eu travo por causa do nervosismo.
- Somos melhores amigos mãe, como a Barbara e eu, uma amizade forte e verdadeira. — Logan sorri forçadamente. – Agora se nos dão licença... — ele me puxa para o andar de cima. — Preciso falar com o Alec. — ele grita em resposta aos burburinhos dos pais.
- Logan... Porque você estava agindo tão estranho lá embaixo? — eu suspeitava da resposta, mas queria ouvir da boca dele.
- O que? Eu estava normal. — ele se apoia na cômoda e derruba algumas coisas. — Tudo está perfeitamente normal. — ele diz meio trêmulo e arrumando a bagunça que havia feito.
- Logan, fala comigo, por favor. — digo me sentando na cama e ele fecha a porta.
Vejo ele andando de um lado para o outro.
- Terra para Logan. — digo e estalo os dedos.
- Lembra que eu falei que não queria contar para os meus pais sobre a gente, porque achei que não estávamos prontos para isso? — ele pergunta e eu confirmo com a cabeça. — Então... Não foi por causa disso.
- Quer contar? — pergunto e ele se senta na cama, ao meu lado.
- Tudo começou num almoço de família, íamos comemorar o aniversário da minha avó. No final da festa ficaram meus tios e minha avó, conversando com os meus pais na cozinha, e como todos estavam ali, eu pensei em falar sobre você e eu, mas escutei minha tia falando sobre um garoto que foi morar longe, segundo ordens dos pais por ter se assumido gay. Ai eu comecei a escutar coisas preconceituosas vindo de todos eles, mais da minha avó em especifico.
- Mais que droga isso Logan. — ele me abraça e chora em meu ombro.
- Eu tenho medo de não ter uma família quando eu me assumir Alec, eu não quero isso. — ele diz no meu ombro, entre o choro.
- Calma, calma, você não está sozinho ok? Eles podem ter falado isso da boca pra fora, acontece com muitas pessoas, eles te amam e com certeza entenderão você ou ao menos tentarão. — digo e faço carinho em seus cabelos.
- Obrigado por estar aqui. — ele diz e se separa do abraço, agora me encarando. — Falando nisso, veio fazer o que aqui?
- Então... eu queria te chamar pra sair, e queria fazer uma surpresa, mas não esperava que fosse conhecer o seu pai. — digo brincalhão e arranco um sorriso dele.
- Pois é, ele é casca grossa. — ele responde e enxuga as últimas lágrimas que escorriam.
- Além disso, eu te devo um sincero pedido de desculpas. — inicio e ele me encara. — Eu peço desculpas por ter agido como um babaca possessivo, e prometo, que se você me der mais uma chance, eu nunca mais faço isso de novo e nem duvido de você. — termino e ele me olha com uma feição mais séria do que antes.
- Olha... — ele começa. — Sorte sua eu gostar de você, se não te largava. — ele brinca e sorri.
- Eu sou muito lindo pra ser trocado facilmente. — digo convencido.
- Não se ache não, Carter. — ele diz.
- Tá com medo de se apaixonar mais, Crawford? — pergunto e me aproximo para roubar um selinho.
- Sonha alto não. — ele debocha e se levanta. — Vou tomar um banho, vamos sair pra onde?
- Surpresa. — respondo e sorrio.
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𝕋ℍ𝔼 𝕍𝕀𝕊𝕀𝕆ℕ𝕊
Science FictionUm adolescente de 16 anos chamado Logan Crawford, vivia tranquilamente em sua cidade natal, Toronto, mas foi obrigado a se mudar para a cidade província de Hamilton, em Ontario, devido a uma prova de bolsa de estudos. Teve que deixar sua melhor amig...