Meu despertador começou a tocar e eu só queria quebrar o meu celular, mal dormi durante a noite, pois tive paralisia do sono umas duas vezes. Juntando forças inexistentes dentro de mim, me levanto, arrumo minha cama, e vou tomar um banho quente para me aquecer nessa manhã gelada.
Pego uma muda de roupa, uma toalha e adentro no banheiro. Tomo um banho que me ajudou a relaxar, já que eu estava tenso que iria a um lugar que não conhecia ninguém, mas não tinha muitas opções, afinal, eu queria me formar, fazer faculdade, doutorado e tudo que eu tenho direito, e não é abandonando a escola que eu vou conseguir.
Após o banho, me seco, me visto e escovo os dentes, saio do banheiro e coloco um tênis. Passo um pouco de perfume e desodorante, arrumo meu cabelo e pego minha mochila, carteira, óculos, celular, e meu fone. Desço até a cozinha e meus pais estavam mexendo em seus celulares enquanto tomavam café da manhã.
— Depois são os jovens que não saem do celular. — debocho. — E bom dia pra vocês. — digo pegando uma caneca de café, uma torrada e um waffle.
— Bom dia filho. — dizem meus pais em sincronia.
— Dormiu bem? — minha mãe pergunta.
— Não, nem um pouco. — digo e bebo um pouco de café.
— Porque? — minha mãe pergunta preocupada, como sempre.
— Paralisia do sono, o que acontece graças as minhas crises de ansiedade. — sorrio fraco.
— Tem tomado seus remédios? — meu pai pergunta.
— Sim, tomarei outro depois do café da manhã.
O assunto se encerra e eu termino de comer. Subo até meu quarto, escovo, desço com meu comprimido e tomo ele com um copo d'água.
— Já vou indo pra escola. — coloco a mochila nas costas e coloco o fone no ouvido e o celular no bolso.
— Bom primeiro dia de aula. — minha mãe diz sorridente.
— Quer uma carona? — meu pai diz pegando suas coisas.
— Obrigado mãe, mas pra uma pessoa como eu, novas interações sociais resultam em um isolamento de minha parte. — digo a ela que desmancha o sorriso largo, e tornando-o mínimo. — E obrigado pela oferta pai, mas prefiro ir com as minhas pernas, demora mais pra chegar e eu ainda pratico exercício físico. — digo a ele, que dá um leve sorriso.
— Até mais tarde então, filho. — meu pai diz.
Passa por mim, para no meu lado e me dá um beijo na testa.
— Até mais, pai. — pego minhas chaves. — Até mais tarde, mãe.
— Até querido, e eu tenho a entrevista hoje, então quando chegar, eu devo estar lá, mas deixarei comida na geladeira. — ela explica.
— Ok, boa sorte com a entrevista. — digo saindo.
— Obrigada. — ela diz.
Vou escutando Why Don't We e New Hope Club enquanto caminhava rumo à escola. Estava alguns minutos adiantado, não porque eu queria chegar logo lá, mas porque eu tinha que pegar o horário das aulas na secretaria.
Depois de cerca de quinze minutos andando, chego na frente do tão prestigiado Hamilton-Wentworth District School Board, é um nome consideravelmente grande, então chamarei apenas de Hamilton-Wentworth. Ele aparentava ser um belo colégio, bem estruturado, e eram bem abertos quanto ao assunto de vestimenta, já que ninguém usava uniforme.
Entro na escola e um arrepio subiu por todo o meu corpo, eu estava super nervoso, minha mão tremia e eu estava sentindo um calafrio, exagero? Não, nem um pouco.
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𝕋ℍ𝔼 𝕍𝕀𝕊𝕀𝕆ℕ𝕊
Ficção CientíficaUm adolescente de 16 anos chamado Logan Crawford, vivia tranquilamente em sua cidade natal, Toronto, mas foi obrigado a se mudar para a cidade província de Hamilton, em Ontario, devido a uma prova de bolsa de estudos. Teve que deixar sua melhor amig...