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Yoo Kihyun olhou as alianças de compromisso e nos deixou ansiosos pela resposta. Changkyun continuava firme naquilo, e Kihyun balbuciava. Claro, estava domado de uma superemoção. Sobre o próprio coração, ele não sabia de nada. Era tão inexperiente quanto eu, apaixonado por um híbrido, ou quanto Minhyuk, dividindo o coração com dois.

Jooheon cobriu os olhos com a mão vendo que o silêncio tinha se estendido tempo de mais. Eu não podia crer que Kihyun estava hesitando àquela altura do campeonato.

ㅡ Você não quer namorar comigo? ㅡ Changkyun perguntou de novo, dessa vez mais baixo e sem parecer desesperado. Parecia que esperaria por aquele momento ainda mais se o outro lhe pedisse. Kihyun agarrou suas mãos pegando um dos anéis com um sorriso enorme no rosto.

ㅡ Ah mas é claro que quero, Im Changkyun, meu bebê. Me desculpa pela demora. ㅡ Gritamos de felicidade, com o trisal brindando entre si. ㅡ É que eu queria bolar um textinho bonitinho pra falar também, poxa.

ㅡ Não precisa disso, meu amor. Seu "sim" já é uma poesia para mim. ㅡ Changkyun riu também o roubando um beijo molhado nos lábios enquanto ovacionávamos. Tomou de volta o anel de compromisso das mãos de Kihyun o colocando em seu anelar novamente. ㅡ Agora, nós vamos ficar para sempre juntinhos.

ㅡ Eu te amo, Changkyun! ㅡ Yoo fez o mesmo consigo e depois caiu em seu colo. Tão bom quando todos estão felizes, nos braços das pessoas que gostam...

( ... )

Pena que eu não podia ter certeza se aquela felicidade duraria para sempre. Chang emprestou algumas roupas simples e cabíveis para Hoseok, mas não eram armaduras a prova de machucados. Ainda temia que meu cervo acabasse machucado ou machucando minha mãe --- você sabe bem, coisas de instinto animal. Agarrei sua mão forte, tenso, claro que eu era mais preocupado e medroso que ele, até porque o arpão da casa de meu pai ainda estava lá.

Disse para ela ficar esperando na sala de estar porque iria o buscar em casa, logo meu pai sentou em uma das cadeiras com um sorriso sapeca e malvado nos lábios --- como se dissesse "te prepara, mulher, te prepara". Beijei a bochecha de Wonho e girei o trinco da porta.

ㅡ Hey, não importa o que acontecer, nada vai me afastar de você. ㅡ Sussurrou me confortando um pouco. Teve de abaixar o corpo e fazer uma manobra pra poder passar pela porta sem problemas. Logo que nos fizemos dentro, os olhos da minha mãe se arregalou e ela afastou a mesa.

ㅡ Hey!! Hey, tem um híbrido aqui, tem um híbrido na sala!! ㅡ Gritou em direção ao meu pai --- eles sequer falavam os nomes, espera, ela sabia o que era um híbrido???

ㅡ Mãe, calma!! ㅡ Supliquei com todas as forças a segurando pela cintura, mesmo que não fosse necessário. Aqueles galhos tinham certo poder de deixar as pessoas paralizadas, distraídas. Hoseok já começara a ficar vermelho e com as mãos no rosto, indo o caminho de volta para a porta.

ㅡ Chae Hyungwon!! Uma criatura da floresta!! Ajude seu pai a espantá-lo...

ㅡ Mãe... E-ele é meu namorado... ㅡ Finalmente confessei. ㅡ Eu disse, que ele era meio diferente. ㅡ Fui firme, sentindo seu corpo tremelicar, logo ela apenas assentiu com a cabeça, talvez ainda fosse difícil de acreditar. ㅡ Ele não vai machucar. É um híbrido de cervo, mas eu... ... eu meio que domestiquei... ㅡ Hoseok riu pequeno.

ㅡ É um prazer, meu nome é Shin Hoseok. ㅡ O cervo a estendeu a mão de forma fofa e simpática, mas não importava o quão suave fosse, ele ainda parecia ser um tanto assustador.

ㅡ ... Bom eu... Sinto muito pelo seu pai. ㅡ Ela só disse isso, fugiu dos meus braços e saiu porta a fora com lágrimas nos olhos. Então ela já estava a par da maldição... Entreolhei nos olhos de Wonho.

ㅡ V-vai atrás dela, Hyungwon!! Vai logo atrás!! ㅡ Me pediu tanto com a voz arrastada quanto corporeamente, apontei preocupado para meu pai, ele ainda estava lá dentro. ㅡ Eu me viro com ele. Já está mais que na hora de nos resolvermos. ㅡ Se encararam, Hoseok soou ainda mais determinado do que antes.

ㅡ ... N-não se machuquem. ㅡ Estava rezando comigo mesmo para que não houvessem mais tragédias e fui em busca de minha mãe. A cidade era pequena, então não tinha como ir muito longe.

ㅡ Mãe... ㅡ A encontrei sentada na parada de ônibus aos prantos, não podia entender porque estava tão abalada dessa maneira. ㅡ Me desculpa... V-você está decepionada comigo... ㅡ Dei alguns passos para trás.

ㅡ Hyungwon... Meu filho...

ㅡ Mãe... A verdade é que... Eu me apaixonei pela criatura da floresta. Meu pai foi contra isso desde o princípio e por isso eu fugi de casa. Eu sinto muito por te magoar assim, mas eu o amo. O amo como nunca amei ninguém, nem a mim mesmo. ㅡ Senti minhas próprias lágrimas me queimarem. ㅡ Eu entendo que não queira me apoiar... Tudo bem, a gente vai respeitar os limites e ficar longe de vocês, mas eu peço que o respeite e o deixe em paz.

ㅡ Wonie... ㅡ Ela me cortou e olhou em meus olhos. ㅡ Eu só estou surpresa, a história está se repetindo... Ou... A maldição perdura por muitos anos. ㅡ Franzi meu cenho confuso. ㅡ Quando seu pai tinha sua idade, Chae Hyungwon, seu avô matou o irmão depois de uma briga familiar. ㅡ Gesticulou.

Fiquei em silêncio, sentindo minha garganta trancar para não passar nenhuma molécula de oxigênio. Se meu avô cometeu um crime na família, isso implica dizer que sua sucessão se tornou uma...

ㅡ Então eu sou mesmo... a fêmea? ㅡ Levantei minha sobrancelha. Ela olhou pra mim com os olhos cheios.

ㅡ Por Deus, Hyungwon, eu rezei tanto para que não fosse. ㅡ Fui até seu colo procurando acalanto. Ela passou as mãos em meus cabelos. ㅡ Você não é um monstro, e tão pouco Shin Hoseok é, você é meu único filho, o qual sempre cuidarei e amarei, Wonie. Não posso condenar o namoro de vocês, fico feliz que ele tenha você para o acompanhar. Tive tanto medo de que não aceitassem você, de que corressem com medo de você, de que te estudassem... Mas você, felizmente, não tem nenhuma característica híbrida. Me desculpe por ter escondido isso de você.

SWISH | MONSTA XOnde histórias criam vida. Descubra agora