Capítulo 13

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Pov Josh

Eu não acredito que Noah ta beijando outro cara. A gente se beijou aquele dia, e eu pensei que ele gostasse de mim, mas pelo jeito me enganei! É por isso, que eu não queria ficar com ele.

Ele vem até nós depois do beijo com o outro cara, mas não olho na cara dele. Estou com raiva, e se eu olhar, é capaz de eu falar o que não devo.

- Podemos ir embora daqui, por favor? - ele pede

- Mas a noite recém começou... - Any reclama.

- Nós podemos comprar umas bebidas e ir até perto da placa de Hollywood. - Noah dá a ideia. É uma boa ideia, mas vou ficar quieto. - Eu só quero sair daqui, é muita gente.

- Vamos, então! - Any engancha o braço em nós dois, ficando no meio.

Saímos de lá e passamos num estabelecimento 24 horas, compramos bebidas alcóolicas com as identidades falsas de Any e vamos até a placa. Começamos a beber. Noah e Any conversavam, mas eu estava quieto.

- O que foi aquele beijão, hein, Noah? -Any pergunta. Olho para ela questionando o que ela está fazendo.

- Eu não quis beijar ele, nem sei quem é. Ele me obrigou, por isso eu quis sair de lá. - Noah responde, e agora eu olho para ele. Isso muda totalmente as coisas.

- Você está bem? - pergunto, pela primeira vez.

- Ah, tudo bem... Mas eu não queria ficar mais no mesmo recinto que um cara que me "obrigou" a beijar ele.

- Eu não sabia disso, desculpe... - fala Any, mas eu nem presto mais atenção na conversa. Então ele foi beijado a força... E eu estava aqui, julgando ele.

Eles continuam falando sobre qualquer coisa que eu não presto atenção, porque minha mente está focada somente em Noah. Eu acho que já estava bem tonto, pois eu me sentia mais leve.

- Josh... Você topa? - Any fala.

- Topo o que? - eu falo, meio enrolado pela a bebida.

- Any, eu acho que isso não é uma boa ideia... - Noah fala, também enrolado.

- Dar um beijo triplo. Eu nunca fiz antes, e não é como se vocês nunca tivessem se beijado. - Any também já está bem bêbada para propor uma coisa dessas. Eu dou risada e concordo.

- Vamos fazer isso! - eu falo, animado.

- Você quer? - Noah pergunta

- Sim... Assim eu posso beijar uma garota na minha vida, pelo menos, e saber que isso é o que eu não quero para a mim. - eu falo o meu raciocínio.

Então Any se aproxima, puxando Noah e Eu para nos aproximarmos também. Ela me beija primeiro. Posso dizer que ela beija bem, mas Noah beija bem melhor. Daí ela puxa a cabeça de Noah fazendo que ocorresse o tal beijo triplo. A verdade é que era uma mistura de língua, e não estava dando certo.

Todos nós nos afastamos, rindo pelo desastre.

- Nossa, isso foi horrível! - Any comenta. - Vou procurar algum lugar pra mijar, já volto. - e ela sai, cambaleando.

Noah fica me olhando sorrindo, até que ele decide se aproximar e me beijar novamente. Dessa vez, do jeito certo, e sem erros, somente minha boca e a dele, minha língua e a dele, como se fossem feitas uma para outra. Eu me aproximo mais ainda dele, pois queria sentir mais do corpo dele. Minha mão vai até a sua perna, subindo para perto da virilha dele.

Com a falta de ar, nos separamos, mas antes, Noah puxa meus lábios com os dentes. Nossa, isso foi tão bom.

- Agora tá certo. - Noah fala e volta a me beijar. Nosso beijo é quente, tanto que eu chego a subir no colo dele. Deve ser efeito da bebida, porque estamos em "público".

- Então, meninos, eu... Puta que pariu! - Any aparece, e nós nos afastamos - Por que eu não fiquei mais tempo mijando lá? Talvez eu podia ter visto alguns insetos. Já tô saindo, continuem! - ela sai, tagarelando. Nós damos risada.

- Eu acho que agora acabou o clima, né. -eu falo.

-Você acha? Porque a gente poderia se beijar mais... - ele fala, sussurrando enquanto se aproxima mais de mim. Me afasto sorrindo.

- Não vai rolar, garanhão. Eu acho que tá tarde, e nós devemos ir. - me levanto do colo dele e começo a recolher as garrafas.

- Poxa... - ele me olha com um olhar safado e faz biquinho - Vou procurar a Any, então.

- Espera aí. - recolho a ultima garrafa e vou até ele - Vamos!

Procuramos por Any e encontramos ela conversando com algumas plantas? Quê?

- Aí eu disse pro Josh, vocês se gostam e ficam de cu doce, e ele ficou de mimimi! Agora tão lá se pegando! Maria! Eu tinha razão! - fala ela para Maria, a planta.

- Any? - Noah chama. Ela se vira e vem toda animada, querendo apresentar as novas amigas.

- Essa é Maria, essa é Cláudia e tem a Judite... Mas ninguém gosta dela. - fala a última parte cochichando.

- Prazer meninas. Any, nós temos que ir! - eu falo para ela

- Ah, mas tá tão bom aqui... - e ela vomita na Judite. Ou era Maria?- É, ta na hora de ir.

Eu coloco o braço dela sobre os meus ombros enquanto Noah chama um Uber para nós.

- Josh, eu vou vomitar de novo. - Any fala.

- Só não vomita em mim. - eu falo. Aí ela vira para o lado oposto e coloca tudo para fora enquanto seguro seus cabelos. Noah aparece com uma garrafa de água e dá para ela beber.

- Não dá pra deixá-la voltar assim para casa. Essa noite ela fica lá em casa. - Noah fala. - Você também.

- Mas a minha mãe... Ah, esquece, ela nem deve ter percebido que eu ainda não voltei. - eu falo. Noah me olha sério, mas depois abre um sorriso de conforto.

- Ai, vocês são muito fofos! Me chamem para ser madrinha do casamento! –comenta Any, totalmente bêbada.

O Uber chega. Nós colocamos Any dentro do carro e depois entramos. Deixamos Any sentada na janela, por precaução, enquanto eu estava no meio. Em certo momento, os dedos de Noah encostam nos meus sem querer. Ele tenta afastar, mas eu não deixo, segurando-os em cima de minha perna.

Assim que chegamos na casa de Noah, tivemos certa dificuldade para tirar Any do carro, já que ela dormia. Noah carregou ela no colo enquanto eu fiquei encarregado de abrir a porta da casa dele. Subimos com ela. Noah a colocou no chuveiro gelado, com roupa e tudo.

- Ai, Noah! Isso aqui tá muito gelado! - ela acorda e reclama.

- Vou pegar toalha e roupas. - ele fala, saindo do quarto. Eu sigo ele, deixando Any tomando o banho sozinha.

- Vou fazer um chá para ela. - falo para ele, que concorda com a cabeça.

- Tem uma caixa de remédios no banheiro lá de baixo, pode pegar um analgésico para ela? - eu concordo e saio para fazer o chá e achar os analgésicos.

Em todo momento em que a água fervia, eu pensava no Noah, no momento que tivemos lá na placa, no momento que tivemos aqui... Eu acho que estou começando a gostar dele, mas tenho medo do futuro, tenho medo do que pode acontecer, tenho medo de não dar certo.

Levo o chá e o analgésico lá para cima. Encontrando Any deitada com os cabelos molhados, mas já parecia mais sóbria.

- Você não tem um secador? Não é bom para ela dormir com os cabelos molhados. - eu falo, entregando o chá.

- O que é isso, Josh? Tem um gosto horrível! - ela fala, fazendo careta depois de provar o chá.

- Só bebe. Vai diminuir a sua futura ressaca em 50%. - eu falo para ela. Noah procura algo em sua cômoda e me alcança em secador - Afasta um pouquinho da cabeceira, Any. - ela se afasta, e eu sento atrás dela para secar seus cabelos.

Noah senta do meu lado e me ajuda em algumas partes, já que não tenho muita habilidade como "cabeleireiro"

- Terminei essa coisa horrível - fala Any, entregando a xicara para Noah. Como eu terminei o cabelo dela, também, nós saímos do quarto para deixá-la dormir. - Boa noite, meus amores, obrigada por cuidarem de mim. - ela fala, sonolenta, quase dormindo.

- Onde eu vou dormir? - pergunto para ele

- Eu só tenho mais um quarto de hóspedes. Você pode dormir comigo, ou eu durmo na sala, sem problemas.

- Não, eu não vou deixar você dormir na sala. Eu durmo lá. - eu já ia descer quando ele me puxa pela mão.

- Dormimos os dois na cama então. A gente pode até fazer um "muro" de travesseiros, se esse for problema. - ele fala, desesperado.

- Calma, Noah! Eu durmo com você, então. - ele sorri e me leva até o quarto de hóspedes, me alcançando algumas roupas que havia separado para nós. Vou até o banheiro me trocar, e, quando volto, Noah já está deitado enquanto mexe no celular.

Deito do seu lado e ele desliga o celular.

- Não vai avisar sua mãe que está aqui? - ele pergunta para mim. Estamos deitados um de frente pro outro.

- Não, ela nem deve ter percebido.

- Como você sabe do chá?

- Meu pai me dava aquele chá sempre que eu tinha enjoo quando era menor. - eu sorrio. Não é mais um sorriso triste quando cito o meu pai.

- Hum, entendi. - ele fala, sonolento, e coloca a mão na minha cintura. - Você se importa?

- Não... - respondo em meio a um bocejo e, assim, acabamos caindo no sono. Em certo momento, antes de dormir, me virei de costas para ele, e ele me abraçou forte, em forma de conchinha. Dessa forma, eu dormi com um sorriso no rosto.

Monster In MeOnde histórias criam vida. Descubra agora