We Lost Our loves

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/// HyunA on ///

Sou acordada, no meio da noite, com meu celular tocando desesperadamente ao lado de meu travesseiro vibrando e produzindo o toque, tão escandaloso, que programei para quando alguém me ligasse.

Algo ruim já se instalava em mim, um certo medo, uma certa preocupação, nada fora do normal.

Sinceramente, não estava tão surpresa por uma ligação do meu chefe as 3:25 AM. Sempre que ele tem um pesadelo, algum problema noturno ou uma crise, ele me liga. Não é fácil pra ele ter que aguentar todos os pensamentos cruéis que surgem em sua mente todas as noites e até mesmo em seus dias.

Terminando de me levantar e, tentando não ficar cega com o brilho do celular que mesmo baixa incomoda minha visão por estar na escura madrugada, atendo o celular com uma certa preocupação já rondando minha mente me deixando mais aflita.

Assim que atendo, escuto um som de um choro baixo, fungadas e alguns sons que estavam me indicando que meu chefe estava sentindo muita dor.

Não consegui conter meu nervosismo e preocupação naquele momento, minha respiração já estava falhando e minha cabeça só me enviava pensamentos horríveis, que só me deixava mais inquieta, me fazendo tremer.

_ Pequeno... você está bem? - nenhuma palavra foi solta, apenas mais fungadas e choro, mas depois de alguns segundos, que podem ser considerada uma tortura para a minha pessoa, consegui algumas palavras do outro.

_ Hy-Hyu-Hyuna... P-por fa-vor... me... me ajuda! Eu n-não con-sigo... ma-is d-dormir... e-ela nã-o sai da m-minha ca-beça! Ela e-está me... me des-truin-do mais... ela q-quer me ma-machucar de n-novo!

_ Calma menino... eu já estou indo! Só alguns minutos e já chego aí! - falei já correndo, mesmo de pijama, até a casa de meu chefe - Não se preocupe, vai ficar tudo bem! Confia em mim! Já estou indo!

Corri desesperadamente até sua casa, o medo ja se fazia presente em grade escala. Era como se eu estivesse correndo contra o tempo para que meu chefe não acabasse pior do que já se encontrava.

Quando cheguei na casa dele, tremendo e suando frio, peguei as chaves já destravando a fechadura e correndo para o quarto de meu chefe. Tantas ideias de como meu chefe poderia estar, como ele estaria se sentindo e quanta dor ele já deve ter sentido até me ligar.

Quando cheguei em seu quarto empurrei a porta com toda a agilidade possível, logo adentrando e encontrando seu corpo  no chão sem se mover, completamente parado no chão. Seu rosto estava pálido e seu corpo parecia tão frágil que sentia que qualquer coisa o machucaria

_ Menino! Pequeno, acorde! Por favor não me assuste assim! Acorde! - eu falei agarrando em seus ombros o balançando de todos os jeitos possíveis para tentar acorda-lo o mais rápido possível. Assim que tive um pequeno sinal de consciência do mais novo tentei dialogar, mas ele não me respondia, apenas me olhava com os olhos cheios de lágrimas tentando desesperadamente respirar. Ele pedia ajuda com seus olhos 

já que, pelo visto, sua boca não conseguia produzir nenhum som.

Meu medo aumenta e fico mais nervosa do que eu já estava.

_ Calma... estou aqui! Não vou sair daqui! - eu disse abraçando-o e, no mesmo instante, ele começa a chorar como uma criança que acabou de ter um pesadelo nada legal. Eu sei que isso ainda vai se repetir muitas vezes... já perdi inúmeras noites de sono por causa das crises dele, mas eu não posso culpa-lo... todos temos problemas, eu só estou tentando diminuir o dele.

Assim que percebo que sua respiração está mais calma tento, mais uma vez, dialogar.

_Meu pequeno... você me preocupou muito... eu sei que é difícil de acreditar em mim, mas eu sempre vou estar ao seu lado. Eu te amo menino! - ja estava chorando nesse ponto. Todas as vezes que ele tem essas crises, eu tento ao máximo mostra-lo o quanto eu o amo... espero que ele ainda acredite em mim.

the light over the darknessOnde histórias criam vida. Descubra agora