Ludmilla
- Eu estava morrendo de saudade disso... - murmuro com a voz rouca. Seus olhos castanhos estão lânguidos, seu rosto rosado, a expressão saciada. - Esse nível de entrega. A sensação inigualável, perfeita, que é estar dentro de você. - suas mãos vem delicadamente para cada lado do meu rosto e aquele olhar doce, que tanto senti falta nesses longos nove meses, está de volta. Meu coração amolece por completo. Ainda não acredito que estamos assim. Que a minha garota perfeita voltou para mim.
- Alguém me disse uma vez, bem irritada, que isso aqui é único. - ela sussurra com um misto de ternura e atrevimento, referindo-se à minha cena de ciúme quando o tal médico teve a ousadia de beijá-la na frente da casa da minha avó. O filho da puta olhou para cima e me viu na janela e, então, ele a beijou. Eu queria matá-lo por tocá-la, mas estava tão fodida que não tinha como reclamar direitos sobre ela. - Ela estava certa. É único, é nosso. Não há sensação mais perfeita do que você dentro de mim.
- Baby... - meu tom é baixo e terno. Toco seu rosto, afastando o cabelo suado da sua testa. - Eu vou colocar o mundo a seus pés. Vou mimar tanto você.
Seu rosto se ilumina, fazendo valer a pena o esforço para arroubos românticos. Vou ter que me reinventar, porque nunca mais quero sentir esse desespero que experimentei hoje. O medo aterrador de ficar sem ela definitivamente. De morrer sem nunca mais sentir o seu amor.
- Eu vou amar tudo que você fizer para mim. - murmura, acariciando o meu rosto.
Eu gemo, rendida. Porém não resisto a um aviso arrogante.
Eu rio alto. Uma risada profunda e gostosa como há muito não dava. Tudo em mim está leve. Falta espaço para tanta felicidade. Ela é minha de novo.
- Tão convencida. - ri baixinho e seus olhos ficam mais sérios quando murmura: - Precisamos buscar o nosso menino.
- Sim, e para isso você precisa se vestir, do contrário, não vou parar de te foder. - solto um grunhido, dando um tapa leve em sua bunda, agora bem maior e mais suculenta.
Ela ri ao se levantar. Eu gemo, mesmo abatida, gosto da visão. Ficou linda
demais depois da gestação. Babo em seu corpo delicioso sem qualquer vergonha, agora podendo observar cada detalhe sem o tesão louco de nove meses rasgando minhas bolas. Eu me levanto também e a agarro pelos braços. Ela solta um gritinho surpreso, feliz, e me abraça pelo pescoço. Entre beijos e suspiros, nos guio para o banheiro para tirarmos o suor e o cheiro de sexo impregnado em nós.
Entramos na casa, ela carregando Michael, e, eu, as muitas sacolas do bebê, enquanto meu segurança se encarregava das suas malas recuperadas no aeroporto antes do avião decolar. Quando entramos em nosso quarto, vou direto para a porta de ligação com o quarto que mandei redecorar para o nosso filho. Ela nunca mais esteve aqui, não viu tudo que fiz para receber nosso menino. Eu a instigo a entrar e Brunna ofega, passando para dentro do enorme cômodo ricamente decorado.
- Uau! - exclama, avançando pelo recinto e para perto do carpete emborrachado e multicolorido. Há uma variedade de brinquedos de todos os tamanhos, formas e cores. Eu entro também, colocando as coisas de Michael sobre um dos sofás amarelos. Ando devagar para perto deles. Meu coração derretendo de tanto amor. Olho-os com amor e uma possessividade feroz vibra em cada fibra do meu ser. Eles são meus, porra! Finalmente estão onde pertencem. - Está vendo tudo isso, meu amor? - a voz suave e amorosa de Brunna faz o meu menino rir, os olhinhos espertos, tão pequenino, mas já idolatrando-a. - A mamãe fez para você. É tudo tão lindo, não é, filho? - seus belos olhos castanhos me encaram de lado e sussurra: - Lindo como a sua mãe. - embarga um pouco e eu encurto a distância entre nós, abraçando os dois, meus olhos ardendo pela emoção de finalmente tê-los aqui. Os dois para mim.
- Eu amo vocês, Brunna. - sussurro, beijando sua têmpora. Ela levanta o rosto para o meu e eu desço a boca na sua em um beijo suave. Em seguida, beijo a cabecinha de Michael, que está balbuciando, indicando que vai dar trabalho para voltar a adormecer. Parece que o meu menino sabe que esta noite é diferente. Que suas mães estão juntas de verdade, não apenas ocupando o mesmo recinto por amor a ele. Somos uma família. - Vou cobrir os dois de amor todos os dias, a cada momento, pelo resto da minha vida. Nunca irá se arrepender de voltar para mim.
Ela acena, os olhos de pedras preciosas declarando seu amor muito antes das palavras.
- Eu amo tanto você. - sussurra. - Vocês. - engasga um pouco. - Tenho uma família de verdade agora.
- Sinto muito que Deus não tenha atendido o seu desejo de Ano Novo. - murmuro, deslizando meus dedos pela face perfeita. - Sei o quanto esperava pela recuperação de seu pai.
Seus olhos ficam ainda mais brilhantes.
- Ele atendeu. Eu queria muito a recuperação do meu pai e pedia isso todos os dias. Mas, no Ano Novo, pedi algo diferente... - murmura, seu olhar apaixonado no meu. - Eu pedi você, Ludmilla. Eu pedi o seu amor.
Porra. Meu coração salta de felicidade, porém aperta dolorosamente ao relembrar tudo que sucedeu depois daquela noite. Tanta dor.
- Meu amor... - minha voz suaviza, emoção crua voltando a me acometer. - Eu sei que tudo que fiz ainda estará em sua mente por um tempo. Gostaria de poder voltar atrás e não te ferir tanto, mas não posso. - meu tom é sentido. - Tudo que posso fazer é te dar o meu amor. E ele é imenso, baby. Imenso. - respiro com aspereza. - Eu vou te fazer tão feliz, que um dia as lembranças ruins terão que ir embora porque não haverá mais espaço para elas.
Ela acena, os olhos doces cheios de lágrimas. Essas são felizes, está claro em todo o rosto bonito.
- Eu acredito em você, amor. - murmura.
Eu aceno e tiro Michael dos seus braços. Ele vem sorrindo, agitando os bracinhos e pernas rechonchudas.
- Vamos brincar com suas mamães, meninão? - sorrio, inspirando seu cheirinho gostoso de bebê. - Você viu isso, filho? A mamãe voltou para mim. - ele fica ainda mais animado, me fazendo babar, rir, amando-o tanto, tanto. Quando olho de lado, Brunna está nos olhando com tanto amor, que meu peito derrete.
- Tão parecidos. - sussurra com suavidade. - Eu sonhei tanto com isso. Vocês dois sendo meus.
Porra, ela vai me transformar numa fodida bobalhona. Eu a puxo pela cintura e ela vem, sorrindo, chorando, a coisa mais linda que já vi na minha vida. Mantenho os dois no círculo dos meus braços.
- Nós somos seus, amor. - digo baixinho, minha boca bem próxima da sua. - Sempre seremos.
Brincamos com o nosso pequeno por algum tempo, apresentando-lhe os chocalhos e outros brinquedos novos. Em determinado momento, ele sucumbe e eu o levo para o berço. Rosa manteve esse quarto limpo e em condições de receber seu dono. Ela também tinha esperanças de ver Michael ocupando-o em breve. Vai ficar contente amanhã, quando chegar e vir sua patroinha de volta. Ajusto a babá eletrônica fixada na estante perto do berço e pego a outra. Comprei modelos com câmera, assim fica mais fácil e seguro monitorar o pequeno em seu sono.
Fechamos a porta do quarto de Michael e seguimos para o nosso. Ela se vira para mim e eu enrolo meus braços em sua cintura, não podendo ficar sem tocá-la nem mais um segundo. Um pequeno sorriso curva sua boquinha carnuda e suas mãos espalmam meus ombros. Seus olhos correm por mim, parecendo maravilhados, enquanto me apalpa.
- Você está tão bonita... - sussurra e meu pau, mesmo abatido, sofre um espasmo dentro da calça. - Com mais curvas, sexy... - ela lambe os lábios e eu gemo. - Mais sedutora, exalando sensualidade... Eu amo isso tudo...
Caralho.
- Você me fez pegar pesado na academia depois que deu bola para aquele galã de novela das nove. - bufo, sarcástica.
Brunna não segura uma risadinha. Deus, eu estava morrendo de saudade disso, dessa intimidade gostosa que só senti com ela, apenas com ela. Essa garota nasceu para ser minha, para me mostrar que mesmo uma bastarda cínica de coração frio como eu, precisa de amor.
- Eu não agi bem com ele, Ludmilla. - murmura, seu rosto caindo um pouco, envergonhada. - Shawn é um cara bom, foi gentil comigo todo o tempo.
- Eu sei aonde ele queria ir com tanta gentileza... - ranjo. Ela ri de novo, meneando a cabeça.
- Amor, você está sendo injusta. - ela me abraça pelo pescoço, seu corpo delicioso se colando ao meu. - Ele foi o único que se deu mal nessa história. Tinha esperanças...
- Foda-se ele e suas malditas esperanças! Porra, Brunna, vamos mudar de assunto. - solto um grunhido. - Odeio esse tema. Odeio saber que outra pessoa esteve com as malditas mãos sobre você.
Ela rola os olhos bonitos.
- Meu Deus, Ludmilla, está sendo irracional. Não tive nada mais íntimo com ele...
- Eu sei. Mas ele te tocou. - falo, insatisfeita. Ainda estou chateada como o inferno sobre o assunto. Suspiro alto, tentando controlar o meu ciúme e possessividade. - Está bem. Estou sendo uma idiota.
- Eu tenho que concordar. - murmura, provocando-me. Torno a bufar.
- A vida segue, baby. O tal médico vai encontrar sua cara metade algum dia. - então resmungo, não escondendo minha ironia. - Se parar de tentar roubar as mulheres alheias, claro. Você me pertence. - digo ferozmente.
- Mmm, eu amo quando diz isso... - geme, os olhos castanhos acendendo com humor e malícia.
Enfio uma mão em seu cabelo da nuca e mordo sua boca. Ela choraminga. O tesão está voltando de novo.
- Eu vou te alimentar primeiro. - desço a boca pelo seu pescoço, chupando a pele, já marcada com minha fome de antes. Vou até seu ouvido e falo perversa. - Depois é a sua vez de me alimentar. Vou te comer inteira... - ela geme de forma indecente, o corpo estremecendo. Rio, sacana. - Vai ser difícil me tirar de cima de você pelos próximos dias, meses...
- Você vai acabar comigo... - sussurra, a menina sexy, safada voltando a dar as caras. Ela estava assumindo sua personalidade sensual quando nos separamos e me alegra que não tenha ficado nenhum clima estranho entre nós depois de tanto tempo sem nos tocar, sem nos amar. - Me alimente primeiro, então. Eu vou precisar de muita energia para dar conta da minha mulher selvagem.
Eu rio e gemo ao mesmo tempo. Porra, vamos morrer de tanto foder pelos próximos dias.
- Rosa deve ter deixado algo pronto. - digo, abaixando a cabeça, sugando seu lábio inferior. - Se ela soubesse do desfecho de hoje, teria cozinhado um banquete para você.
- Eu senti falta dela. - seu rosto suaviza. - De tudo, todos os funcionários. Sempre me senti estranhamente em casa aqui.
Sua admissão faz meu coração cantar de alegria.
- Era para ser. - digo baixinho, meus olhos presos aos seus. - Começou errado, mas de alguma forma era certo. Eu só fui feliz nessa casa quando você chegou. - confesso e seus olhos se iluminam. - Você trouxe luz, alegria, amor. - minha voz embarga um pouco. - Você trouxe a vida para mim, Brunna.
- Ludmilla... - sussurra com emoção. Ela me coloca de joelhos quando pronuncia meu nome dessa forma.
- Você tem carta branca para mudar qualquer coisa que não esteja do seu agrado. - continuo na minha empolgação de querer tudo em uma noite. Estou parecendo uma adolescente sem controle.
- Sério? - seus olhos ficam excitados. - Eu sempre quis colorir mais as paredes... -admite, parecendo acanhada. - Colocar fotos nossas espalhadas pelos cômodos... - hesita um pouco, obviamente porque aqui há pouquíssimas fotos.
Escondo um sorriso. Quando ela vir o que fiz em seu estúdio... Mas isso pode esperar até amanhã.
- Carta branca, amor. Aqui nunca foi um lar. Estou contando com você para transformá-lo em um. - reforço e ela sorri, animada com o trabalho.
Deixamos o quarto e seguimos pelo corredor, meus braços em volta dela, suas costas contra meu corpo. Enfio o nariz em seu cabelo, eu não posso me parar. Estou gananciosa demais, querendo me fundir a ela porque estive por muito tempo morrendo de fome e de sede pela minha mulher.
Encontro o escondidinho de camarão que Rosa deixou preparado sobre o fogão. Ainda está morno, então eu o coloco no micro-ondas para terminar de aquecer, enquanto Brunna prepara uma salada rápida. Nos meses em que viveu aqui, pouco estivemos na cozinha fazendo essas coisas corriqueiras de casal. Eu me recosto à bancada de granito e fico observando-a, deslumbrada, suas mãos delicadas cortando tomate e rasgando folhas de alface. Está linda com o vestidinho solto e o cabelo preso num coque frouxo. Não éramos um casal. Nos dávamos perfeitamente bem na cama, mas fora dela eu ainda mantinha certa distância. Meu Deus, como fui tola. Ando devagar até ela e enrolo meus braços em sua cintura. Ela dá uma risadinha e eu esfrego meu nariz em sua nuca, mordendo-a suavemente depois.
- Amor, você prometeu me alimentar primeiro... - seu protesto sai num gemido, pendendo a cabeça para o lado e me dando acesso ao pescoço. Eu chupo, lambo, mordisco, outro tipo de fome tomando conta de mim.
- Sim. Mas não tenho culpa se a minha mulher está ainda mais gostosa... - falo, moendo meu pau já pronto para mais um round em sua bunda. Brunna geme em lamento. - Essa bunda... Porra, está indecente de tão linda... - ranjo. - que saudade de encher esse rabinho gostoso e apertado com a minha porra...
Ela mia, estremecendo, entregue, minhas mãos passeando pelo ventre reto com uma direção certa, então o apito do micro-ondas soa.
- Caralho. - eu resmungo e Brunna ri baixinho.
Eu rio também. Logo estamos as duas rindo gostosamente. Eu me obrigo a pegar a comida, e, em seguida, sirvo duas porções e preencho dois copos com água. Ela não pode ingerir álcool, vou me abster de uma taça de vinho também. Nós nos sentamos nos bancos, lado a lado e comemos em silêncio nos olhando e sorrindo como duas adolescentes deslumbradas com o primeiro amor. Na verdade, é isso mesmo. Somos o primeiro amor uma da outra. Correção: seremos o único amor uma da outra. Para sempre.
Quinze dias depois...
Subo os degraus da escada para a área Vip, meu braço firmemente enrolado na cintura da minha mulher, então avisto Marcos e Lulu perto do bar. Sim, Marcos não deu refresco para a nossa irmãzinha marrenta e continuou chamando-a por Lulu, embora a bastarda torça o nariz para isso toda vez, e foi exatamente para provocá-la que passei a tratá-la assim também. Marcos está inaugurando mais uma casa noturna em sociedade com um cantor famoso. Meu irmão é bem entrosado no meio artístico por conta da sua vida boêmia. Ele insistiu para que eu viesse com Brunna e não pensei duas vezes. Há um mês, quando estivemos em outra casa noturna para comemorar o meu aniversário, tive que engolir Brunna acompanhada pelo fodido médico. A maldita imprensa sensacionalista sentia um prazer doentio em publicar fotos dela com ele. Aquela merda era como esfregar sal nas minhas feridas. Ficava enfurecida, querendo processar todo mundo, e Patty sempre me fazia cair na real. Não éramos mais nada uma da outra. Agora, estou indo à forra. A imprensa está enlouquecida para tirar fotos minhas e de Brunna, juntas de novo, mas tenho dificultado. Eles estão acampados na frente da nossa casa como cães famintos, salivando por uma foto nossa com Michael, a família reunida, mas estou lhes negando isso.
Por quê? Porque eu posso. Porque sou Ludmilla Oliveira e ninguém tira sarro da
minha cara, porra. Esta noite, porém, sei que muitas fotos clandestinas irão vazar para a mídia e estou tranquila em relação a isso. Vou parar de punir a imprensa. A verdade é que estou ansiosa para mostrar para o país inteiro que ela é minha, que eu, apenas eu, sou a sua legítima dona.
- Lud, bonitinha! - Marcos nos recebe com empolgação quando alcançamos o bar.
- Marcos. - Brunna sorri ao abraçá-lo com afeto, recebendo um beijo na cabeça. - Espero que não tenha nem um show inadequado... Não quero minha esposa...
- Esposa, hein? Ainda falta mais de dois meses, controle essa possessividade, irmãzinha. - ele a provoca, os olhos escuros cheios de malícia.
Brunna ri e o beija na bochecha.
- Sim, minha esposa. - ela faz o meu peito inchar de amor quando torna a enfatizar. - E não desconverse, eu sei muito bem o que rola nessas baladas de ricaços. - torce o narizinho bonito, fazendo o sorriso irreverente de Marcos ampliar. Eu também rio baixinho. - Não ouse rir de mim, Ludmilla Oliveira. - ela me olha, levantando uma sobrancelha bem-feita. Linda.
- Uh, parece que as bolas de Ludmilla estão presas em nó bem apertado, Marcos. - Lulu entra na zoação, fazendo Marcos gargalhar. Então leva sua atenção para Brunna. - Brunna, bom ver você. - ela a cumprimenta, ainda sem jeito perto da cunhada, mesmo que ela tenha se esforçado para deixá-la à vontade.
- Bom ver você também, Lulu. - ela lhe oferece um sorriso suave e vai para minha irmã arredia, beijando-a na bochecha. Lulu parece pronta para correr nesse momento. Teremos um longo caminho com ela, pelo visto. Ainda estou tentando entender a sua personalidade arisca e a razão desta, porque sei, por experiência própria, que deve haver algo por trás disso.
- Ei, irmão e irmã. - cumprimento-os, dando abraços rápidos em cada um e falo: - Um conselho? Cuidem das suas próprias malditas vidas.
Eles caem na risada. Brunna volta para o meu braço e eu a puxo para a minha frente, adorando sentir sua bunda contra o meu pau. Está magnífica em um curto e justo vestido azul-marinho, de mangas longas e um decote ousado nas costas. Resmunguei mais cedo quando saiu do closet usando-o, enciumada, sabendo que ia fazer muitos marmanjos virarem a cabeça por aqui. No entanto, em meio à possessividade absurda, vem o orgulho de saber que é toda minha.
Estou completamente louca, viciada em suas novas formas. Sua bunda está deliciosa demais, ainda mais empinada, durinha, generosa. Os seios maiores também contribuíram para deixar sua cintura, que já era bem fina, ainda mais estreita. Ela é toda mulher agora. Minha. Cada centímetro perfeito é meu.
- Mana, você furou conosco nas duas vezes que a chamamos para tomar uma bebida nessas duas semanas. - Marcos ainda alfineta.
- Vocês vão sobreviver. - zombo.
- Eu apostei com Lulu que você não viria hoje. - revela ainda no modo provocador.
Lulu ri do seu jeito irônico.
- Eu disse que você viria, irmã. - a idiota ri mais. - Uma vez que o convite foi estendido a Brunna também...
Eu rolo os olhos, bufando. Irmãos mais novos... Peço uísque para mim ao barman e uma taça de espumante sem álcool para Brunna. A pediatra a liberou para tomar uma taça de vinho ou champanhe em eventos, enquanto estiver amamentando. Entretanto, Brunna diz que Michael é muito novinho ainda e não vai ingerir nada que possa lhe fazer mal. Ela me deixa tão orgulhosa quando faz coisas assim. É uma mãe maravilhosa, mesmo com tão pouca idade. Tomamos nossas bebidas e conversamos ao redor do bar, observando o movimento lá embaixo, na pista de dança, do nosso lado direito. No esquerdo, há um bar requintado e rodeado de gente. Mais à frente, seguranças guardam as portas de um elevador que dá acesso para o terceiro piso. Pelo que Marcos me falou, lá a coisa pode ficar um tanto... Intensa, se é que me entendem.
Nosso camarote vai lotando com a nata paulistana, conhecidos e parceiros de negócios vem nos cumprimentar, alguns acompanhados das esposas ou namoradas. Outros, percebo com escárnio, estão com suas amantes. Isso me incomoda, me enfurece mesmo. Antes, pouco me importava quando via algo assim, me envergonho em admitir. Meu Deus, eu era uma pessoa desprezível. Brunna me salvou de uma existência vazia e fria. Odeio dizer isso, mas, em nosso meio, cenas como essas são banais. E não deveria. Traição é algo abominável, essa lição foi bem dolorosa para mim e para a mulher que amo. Eu a aperto mais contra mim e beijo o topo da sua cabeça, grata por ela ter me dado outra chance. Brunna vira o rosto para mim, os olhos brilhando como duas joias no jogo de luzes do ambiente.
- Eu quero dançar com você mais tarde. - murmura. Mesmo com o barulho, eu ouço porque sua boca vermelha está praticamente encostada à minha. - Eu queria tanto isso naquela noite, no seu aniversário. - confessa.
- Eu queria muito mais do que dançar com você naquela noite, baby... - gemo e ela ri, um tipo de sorriso misterioso e travesso. O que está aprontando? Eu mordo seu lábio inferior colocando um pouco de pressão. Ela ofega e eu rio, sacana. - Vamos dançar, sim. Vamos fazer tudo que a minha mulher perfeita
quiser. - minha voz sai rude, áspera, e ela geme baixinho.
- Não. Hoje eu quero fazer tudo que o meu amor quiser. - ronrona com uma voz sexy, os olhos lindos me deixando doida, arrebatada de desejo e amor.
Ela adora bancar a mulher fatal nesses dias. Eu? Caralho, eu amo quando faz isso. Tomo um gole do meu copo e levo minha boca para seu ouvido, falando baixo:
- Brunna... Não reclame se eu arrastar essa sua bunda linda para um canto escuro e te comer aqui mesmo... - ela choraminga, esfregando a bunda gostosa em meu pau sutilmente. Porra, que safadinha. - É isso que você quer? Trepar comigo aqui? - eu a instigo, meu tom perverso. Brunna é muito jovem, é natural ter certas curiosidades. Eu vou satisfazer todas, cada uma delas. Nessas duas semanas quase não saímos, ficamos matando a saudade uma da outra, cuidando do nosso filho e fodendo como coelhos. Trabalhei alguns dias em casa para poder ficar mais tempo com eles, inclusive. Mas precisamos retomar a nossa agenda de eventos gradativamente, até porque, estou louca para mostrar à sociedade paulistana que ela é minha, que estamos firmes e fortes. Ninguém pode tirá-la de mim e, tampouco, pode me tirar dela. - Isso é tão mundano, baby... Era isso que queria naquela noite também? Minha garota queria o meu pau? Vamos, diga, talvez tenha sorte hoje... - rio, satisfeita com a forma como seu corpo estremece com essa possibilidade. - Assuma que queria tomá-lo todo, bem fundo nessa bocetinha pequena e gulosa.
Brunna resfolega, as pupilas engolindo quase todo o castanho em seus olhos. Fica linda demais excitada.
- Sim, eu queria tanto, amor. - confessa num choramingo.
- Meu Deus! Vocês sabem que ainda estamos bem aqui, não é? - a voz divertida de Marcos me faz rrsmungar e depois rio, dando um beijo suave na boca da minha mulher.
Antes que eu lhe dê a réplica, duas modelos conhecidas se aproximam do nosso círculo, cercando meu irmão. O safado abre um sorriso cheio de dentes, recepcionando-as.
- Marcos, você ficou de ligar já tem um tempo... - a loira cantarola, estendendo-lhe a mão, que meu irmão mulherengo pega e beija num floreio.
- Oh, imperdoável da minha parte... - ele acrescenta mais charme ao sorriso sem-vergonha. - O fluxo de trabalho tem me impedido, querida. Sou um homem muito ocupado.
Quem vê a cena até pensa. Seguro meu som de desdém. Não sei como as mulheres conseguem engolir essa merda. A morena se joga para cima de Lulu, que franze a cara, não facilitando o flerte. Na verdade, sua boca curva num meio sorriso irônico, zombador. Mas a garota parece gostar do jeito marrento da bastarda.
- Olá, boa noite. - a voz feminina já familiar nos faz olhar para as recém-chegadas. É Adriana, a garota que está dando um tempo difícil para o meu irmãozinho, e outra moça, uma morena pequena, que nos cumprimenta também, parecendo meio fora de lugar.
- Adriana? - a voz de Marcos tem surpresa e uma nota inconfundível de prazer.
- Eu só queria cumprimentá-lo. O lugar é incrível. - a garota diz, seus olhos esverdeados desviando para a loira ao lado do meu irmão. - Pode continuar fazendo o que faz de melhor... - rola os olhos com desprezo. Marcos solta a mão da modelo imediatamente ao se dar conta de que ainda estava segurando-a.
- Ah, tigresa, mantenha o seu ciúme sob controle, por favor. - ele a provoca, um sorriso malicioso se abrindo em seu rosto. - Sou livre, bicho solto...
- Será que você sabe que ele troca de mulher como troca de roupas, querida?
- ela se dirige à loira. - Eu ficaria longe, se fosse você.
- Opa! Assim vou achar que está apaixonada por mim. - ele diz, descarado.
Eu seguro um riso, percebendo que Brunna está fazendo a mesma coisa. Meu irmão não tem jeito mesmo.
Brunna
Eu rio levemente com a chegada de Adriana, flagrando Marcos em ação. Esses dois são diversão garantida quando estão no mesmo espaço. A conversa do meu cunhado se torna abertamente sexual, ainda mais provocadora quando está com a moça. Ludmilla acha que Marcos pode estar mais envolvido do que quer admitir. Eu não consigo formular uma opinião ainda. Só os vi juntos duas vezes. Uma no aniversário de um mês de Michael e a outra na semana passada, quando fui visitar Ludmilla no escritório da Paulista. No entanto, gostei dela, parece uma moça simples, trabalhadora, com muitos sonhos para realizar.
Ludmilla esfrega o nariz na lateral do meu pescoço e suga a pele devagar, deixando os dentes rasparem. Oh, Deus... Estremeço, a boca quente fazendo coisas perversas comigo. Meu corpo ainda está zumbindo de tesão pelas palavras sacanas que estava rosnando em meu ouvido. Minhas paredes estão pulsando e molhadas, o topo das minhas coxas melado, uma vez que... Bem, não estou usando calcinha. Eu sei, é muito ousado e por isso mesmo quis fazer. Estou pegando minha confiança feminina de volta nesses dias. Quis fazer isso para surpreender minha esposa. E, claro, para mim também. Eu me sinto poderosa ao explorar a minha sexualidade.
Nesses quinze dias em que voltamos a viver juntas, temos ficado praticamente em casa o tempo todo, mergulhadas em nossa própria bolha feliz. Nós cuidamos do nosso bebê e nos enfiamos na cama, fazendo amor por horas ininterruptas, reconstruindo a nossa intimidade. Eu me sinto mulher de novo. Plena, fazendo as pazes com a minha veia sensual. Ludmilla me fez gostar de sexo duro, depravado, desde o começo. Adoro fazer amor com ela, claro que sim, mas amo quando me pega mais forte, zomba de mim, é desdenhosa, cínica. Ela me deixa insana de tanto tesão. Parecemos ainda mais famintas, loucas de amor e luxúria ultimamente. Eu acho que é porque sabemos como dói ficar sem a outra e não queremos isso nunca mais.
- Nos seus sonhos, riquinho. - a voz afiada de Adriana me faz voltar a atenção para a peleja à minha frente.
Marcos sorri. Seu sorriso é abertamente safado, sexual, encarando-a intensamente.
- Boa noite, Ludmilla. - ela o dispensa, voltando os olhos para Ludmilla e depois para mim. - Brunna, que bom vê-la. - encara Lulu. - Lulu, bom ver você também.
- Boa noite, Adriana. - Ludmilla a cumprimenta com um sorriso amistoso.
- Olá, Adriana. - Lulu responde com seu jeito taciturno.
- Bom ver você também, Adriana. Adorei o seu vestido. - adiciono. É um modelo vermelho tomara que caia, colado ao corpo.
- E eu o seu. - ela sorri amplamente. - Meu Deus! Eu mataria para ter essa cintura!
Eu rio levemente pelo elogio acalorado. Ela tem um jeito alegre e expansivo, próprio do povo do Norte e Nordeste. Sim, realmente gosto dela. Talvez seja isso que atraiu a atenção de Marcos, além do fato de ela ser linda, claro. Possui uma beleza exótica, bem diferente das modelos magérrimas que vivem atrás dele.
- Eu confesso que pensei que não viesse. Estou surpreso. - Marcos retoma a conversa, seus olhos passeando pela sua presa com uma fome evidente.
- Surpreso? Por quê? - ela franze o cenho.
Os lábios dele se curvam, os olhos escuros brilhando diabolicamente e, nesse momento, percebo uma leve semelhança com Ludmilla. É algo sutil, mas está lá. É a arrogância nata dos Oliveira, pondero.
- Oh, você sabe, querida. - sua voz é complacente e isso parece irritá-la.
- Não, eu não sei, ilumine-me, Marcos. - ela zomba.
- Isso está ficando um tanto cansativo, não acha? - ele torna a falar sendo propositalmente obtuso.
Ela se enfeza, mas Marcos parece estar se divertindo ao tirá-la do sério.
- O quê? - Adriana usa um tom entediado.
Ele toma um gole do seu uísque, encarando-a por cima do copo.
- Fingir que não está louca de tesão por mim. - diz presunçosamente. Uau. Minha boca escancara. Eu já presenciei alguns embates dos dois, mas parece que meu cunhado decidiu ser mais agressivo esta noite. - Você pode me ter, tigresa. Se pedir com jeitinho, claro. - ele pisca com uma cara de safado e eu não seguro uma expressão ainda mais surpresa dessa vez.
Caramba! Ludmilla sorri contra o meu pescoço, e Lulu bufa, disfarçando com uma tossida. Eu sempre soube que Marcos era um tremendo galinha e não pode ser levado a sério quando o assunto é um rabo de saia, como diz Ludmilla.
- Meu Deus, seu ego é tão grande que nem tenho parâmetro para comparar.
- Adriana zomba com um sorriso desdenhoso.
- Amor, você não viu nada. Posso lhe dar algo realmente grande como parâmetro... - Marcos insinua descaradamente, os olhos devorando-a.
Eu engasgo com a troca carregada de tensão sexual. Ludmilla e Lulu estão sorrindo baixinho. A atração entre os dois é tão óbvia para quem está de fora. Minha curiosidade acaba de ficar mais aguçada. Será que ele vai conseguir dobrá-la em algum momento? Ela mostra ter aversão ao tipo galinha, mas não é tão imune ao charme dele quanto quer parecer.
- Eu passo, amor. - ela o imita com deboche.
- A verdade é que você não vai conseguir lidar comigo, pantera. - ele continua provocando-a. Eu quero rir com esses adjetivos criativos que usa com a moça. - Eu só me envolvo com mulheres independentes, donas de si, e você se importa muito com a opinião alheia, presa às convenções sociais.
- Eu não sou quadrada. Tenho uma mente bem aberta, para a sua informação, riquinho. - ela se defende e mais uma vez nós rimos deles. - O fato de não querer ir para cama com você não me faz uma puritana. - rosna. - Eu gosto de sexo. Gosto muito. Só não vou fazer com você!
Jesus Maria José! Marcos parece apreciar ainda mais essa reação acalorada dela.
- Ah, Adriana, nós dois sabemos que se eu realmente me esforçasse a teria assim, querida. - ele estala os dedos, o que a faz rosnar. Eu fico com receio pela integridade física dele pela forma como Adriana o está fulminando.
- Leia meus lábios: eu não vou transar com você, seu, seu... Putão! - ela range os dentes e eu abro a boca em exclamação de novo. Meu Senhor.
Marcos ri, gargalha, na verdade, o que só a irrita mais.
- Me ligue, querido. - a loira estende a mão, colocando no peito dele, e se inclina, sussurrando algo provavelmente indecoroso em seu ouvido. Ele ri mais, o olhar nunca deixando Adriana. A modelo vai embora, sendo seguida pela outra, que não obteve tanta atenção da parte de Lulu.
- Hum, onde estávamos mesmo? - ele volta a incitar Adriana.
Ela o fulmina, bufando com desprezo.
- Você não tem um pingo de vergonha, Marcos Oliveira. - estala.
- Não, eu não tenho. - ele tem a ousadia de piscar de novo. - Mas você me quer mesmo assim. Tesão não é algo que vai embora simplesmente, tigresa. - seu tom é baixo, insinuante. - Nós vamos ter sexo, querida. Muito sexo, anote essa porra aí.
Ela rola os olhos, bufando em desdém e os dois travam os olhares numa batalha silenciosa. A tensão sexual pode ser sentida a quilômetros.
- Eu vou dançar. Hoje vim para me divertir, não para ficar de papo furado com pilotos galinhas. - ela atira, enlaçando o braço da amiga, e nos olha brevemente. - Foi um prazer encontrá-las, Ludmilla, Brunna, Lulu. Até mais. - e se vai por entre a pequena multidão do camarote.
Tenho a impressão de ouvir um gemido masculino.
- Marcos, eu acho que você não pega essa aí. - Lulu diz em tom divertido. Ela é menos assustadora quando se permite interagir com os irmãos.
- Sabe que esse jogo de gato e rato me agrada, irmã. Estou cansado das coisas muito fáceis... - Marcos abre um sorriso misterioso, cheio de malícia, e vira o restante da sua bebida. - Vai ser muito mais gostoso quando eu fod... - ele olha para mim, cortando a palavra grosseira, e pisca com charme. - Quando eu a tiver como quero... Mas, vamos para a mesa, que hoje sou o anfitrião e a noite é só uma criança! - ri do seu jeito irreverente, indicando uma mesa de canto perto das grades, de onde podemos ter a visão completa da pista de dança lá embaixo.
Quando chegamos lá, Ludmilla se acomoda no banco de couro do lado da parede e me puxa sem cerimônias para seu colo. Meu coração aquece e eu derreto, me ajeitando sobre ela, seu perfume me cercando. Estou explodindo de tanta felicidade por estar aqui, com ela, nos tocando, nos amando livremente. Um braço possessivo enrola em minha cintura e desliza os lábios quentes nas minhas costas nuas, beijando, sugando levemente. Estremeço, jorros de excitação encharcando minha vagina nua. Eu me pergunto quando irá perceber a minha ousadia. Um garçom coloca dois baldes de bebidas sobre a nossa mesa. Lulu e Marcos permanecem de pé, perto da grade. Marcos está esquadrinhando a pista de dança, provavelmente procurando Adriana. Pressinto que essa história deles vai render.
- Vê aquele corredor ali? - Ludmilla diz em meu ouvido. Eu giro a cabeça para a direção que está indicando. É perto do bar, do outro lado do camarote. - Há suítes na parte de trás. Em todas as casas noturnas em que meu irmãozinho pervertido é sócio, há essas comodidades, você sabe... - sua voz pinga sacanagem enquanto morde meu lóbulo. -, para os clientes que encontram uma gostosa e não querem perder tempo... - eu faço uma carranca para esse comentário. Ela ri, gostosa, linda. -, e, claro, para as pessoas que como eu, que são completamente loucas de tesão pela sua mulher e não conseguem ficar muito tempo sem fodê-la. - eu gemo e seu sorriso se espalha, lento, perverso. Sua mão sobe um pouco, o polegar tocando meu mamilo por cima do vestido. A iluminação nessa parte é bem precária e ela está descaradamente se aproveitando disso. Jogo meu cabelo para frente, sobre os seios, dando a ela cobertura para me apalpar e ela ri mais, a expressão cínica me deixando toda molhada. Ofego, sentindo seu pau pulsando contra minha bunda. Sua boca morna continua sugando, mordiscando minha orelha, enquanto o polegar passa insistente em meu seio, incendiando-me.
- Você vai me levar para uma dessas suítes convenientes? - ronrono e ela morde a lateral do meu pescoço, a mão descendo para o meu ventre com um destino certo.
- Amiga, contenha a empolgação aí! - eu viro o pescoço ao ouvir a voz divertida de Patty. Ela está acompanhada de Perrie, que sorri levemente. Ludmilla bufa, a mão voltando para a zona respeitável da minha cintura.
- Patty. - Ludmilla a cumprimenta com um sorriso arrogantemente. - Perrie. - outro casal avança, chegando até mesa, Lígia e a namorada, Anne Pinnock, uma promotora renomada e pedante até dizer chega, de acordo com Ludmilla. Nunca as havia visto juntas. Na verdade, vi Lígia muito pouco desde que entrei na vida de Ludmilla. Ela é muito na dela, pelo que tenho percebido até agora. - Lígia, Anne - ela completa, a inflexão no último nome deixando claro que não é uma fã. -, juntem-se a nós, sentem-se.
- Olá! - digo, enlaçando minha esposa pelo pescoço. Nem ela nem eu queremos levantar em nome da boa educação. Eu acho que nossas amigas entendem pelos sorrisos em seus rostos. - Que bom que vieram. Venham, sentem-se.
Marcos vem para perto, incorporando o bom anfitrião, agradecendo a presença e, claro, provocando Patty, como de costume. Lulu não vem. Continua encostada ao parapeito, tomando seu uísque. Levanta o queixo ligeiramente em cumprimento a cada uma e quando seu olhar encontra Lígia, um arremedo de sorriso cínico curva os cantos da boca. Os olhos escuros da minha cunhada cintilam com uma emoção intensa. Elas têm algo. Ludmilla está desconfiada desde o dia em que Michael nasceu e presenciou o que as duas disseram ser o primeiro encontro delas. No entanto, depois que as vi no aniversário de um mês de Michael, senti uma energia carregada demais entre elas. Marcos também está provocando a irmã para ver se consegue arrancar algo dela. Em vão. Lulu é fechada como uma ostra. Para a minha total surpresa, ela é gentil e atenciosa com Michael nas vezes em que o encontra. Acho que a Oliveira mais nova tem uma história sofrida. Espero que se sinta à vontade para se abrir com os irmãos algum dia.
- O que você quer beber, meu amor? - a voz com um toque de impaciência de Anne quebra o olhar carregado entre Lígia e Lulu. Ela pisca e abre um sorriso para a namorada. É um sorriso pedante, esnobe. Ambos são da alta sociedade. Lígia é uma moça muito bonita. Vinte e sete anos, bem-sucedida. Sua aparência é sempre bem alinhada, usa o cabelo liso e escuro num requintado corte Chanel, partido no meio. Os olhos cor de avelã são poços reservados. Franzo o cenho, observando-a mais detidamente. Parece metódica demais, comportada demais.
- Um Dry Martini, querida. - responde com a confiança que sempre vi em sua voz.
Ouço um bufo, seguido de uma risada pachorrenta e arrasto meu olhar de volta para Lulu. Ela vira o copo e segue para o bar. Ludmilla já está imersa numa conversa com Patty e eu observo mais ao meu redor. A boate é tão ou mais chique do que a outra em que estivemos no aniversário de Ludmilla. Acontece que Marcos é um empresário sério, embora não pareça. Ele gosta de investir no ramo do entretenimento e com essa já são quatro casas noturnas que entra como sócio.
Bebo mais espumante sem álcool e converso com Perrie pelos próximos minutos. Ela e Patty ficaram noivas uma semana antes de Ludmilla e eu nos acertarmos. Ela está radiante, ostentando um anel lindo na mão esquerda. Eu voltei a usar a minha aliança. Ludmilla... Ela nunca tirou a dela. Eu fui tão cega e vingativa que não vi todos os sinais da mudança nela. Suspiro. Mas tudo passou. Ela é minha de novo e eu sou dela, isso é o mais importante. A cerimônia, daqui a dois meses e meio, será apenas para oficializar tudo.
Converso com Lígia também, enquanto Anne se pavoneia sobre um caso difícil que irá a julgamento na próxima semana. Ela é uma mulher bonita, na casa dos trinta, morena, olhos castanhos com uma permanente expressão esnobe. Elas não formam um casal harmonioso, no entanto. A interação entre elas é fria, para dizer o mínimo. Fora as mãos entrelaçadas, não há outro sinal de carinho. Como sempre acontece, meu assunto recai sobre o meu bebê.
- Michael é um bebê lindo e forte, nem parece de sete meses. - ela diz e essa parece a frase mais verdadeira que saiu da sua boca até agora. - Parabéns.
E com esses comentários, Lígia acaba de me ganhar. Não tem nada mais prazeroso para uma mãe do que ouvir elogios sobre seus filhos.
- Obrigada. Sim, meu menininho é perfeito. - eu rio em seguida da minha corujice. - Nos visite mais vezes. - convido.
- Eu vou. Obrigada. - ela sorri genuinamente, então olha na direção do bar e seus olhos ampliam, a expressão descontraída indo embora. Eu sigo seu olhar e vejo Lulu prensando uma morena contra a parede, as duas envolvidas num beijo, praticamente fazendo sexo para quem quiser ver. Meu olhar volta para Lígia. Vejo raiva e... Dor passando no rosto bonito. Ela cerra os dentes, os olhos mostrando enfim alguma emoção. - Eu vou ao toalete. - avisa e praticamente corre da mesa.
Uau. Bem, eu acho que essa é a confirmação de que há algo entre ela e Lulu. Patty e Perrie anunciam que vão dançar. Anne se levanta, indo atrás de Lígia. Lulu não está mais se atracando com a morena quando eu a procuro. Ela não está à vista. Estou quebrando a cabeça com esse mistério, quando Ludmilla me puxa mais firmemente contra ela, ajeitando minha bunda em seu colo, o pau duro se alojando entre minhas bochechas, e mói gostoso, apertando minha cintura. Eu arfo e ela ri baixinho, a boca perversa mordendo meu ombro. Aproveitando que ficamos sozinhas, a mão escorrega pelo meu ventre e apalpa entre minhas coxas, pegando minha vagina nua em cheio. Ela xinga ao sentir a minha carne molhada.
- Porra... - range, os dedos deslizando entre meus lábios. Quero virar de frente e montá-la, mas seria muita ousadia. Olhando em volta, mantendo uma cara de pôquer, ela empurra um dedo em minha vulva. Eu choramingo e pego minha taça, tomando um gole, fingindo uma casualidade que estou longe de sentir. - Que safadinha você é... - ela zomba no meu ouvido, movimentando o dedo dentro e fora, bem devagar, para não chamar atenção para nós. - Gostosa... - morde meu pescoço e me dá um tapa na bunda antes de puxar o dedo, me deixando louca para gozar. - Vamos para a suíte. Vou comer minha putinha até me fartar, só depois iremos embora.
- Oh, Deus... - eu gemo, pingando, latejando com a sensualidade do momento e suas palavras chulas. Amo quando me chama de sua putinha. Não me julguem, mas amo tudo que essa mulher faz comigo.
Nós nos levantamos e Ludmilla me conduz para o corredor que me apontou antes. Anda comigo à sua frente, os braços enrolados em minha cintura, deixando claro a sua propriedade para o resto do mundo, e eu amo isso. Ela me excita demais com esse jeito possessivo dela. Na verdade, o mero fato de estar aqui, com ela, já me deixa muito excitada. Eu queria isso, sair em programas de casais normais, além dos eventos pedantes da nata paulistana que ela precisa participar por ser quem é. Quando chegamos no canto parcamente iluminado, Ludmilla retira um cartão do bolso e abre a porta. Estreito meus olhos, percebendo que já havia planejado tudo. Ela me impulsiona para dentro e meus olhos correm ávidos pelo ambiente luxuoso. Uma luz vermelha bruxuleante sai de arandelas em pontos estratégicos nas paredes. O espaço é ricamente decorado com sofás de couro preto e vermelho. Uma cama no centro e o detalhe mais hedonista é que há uma parede de vidro, nos dando a visão de vários ambientes da boate, e outra mostrando as luzes de São Paulo a perder de vista. O som é ligado, os acordes da guitarra do Deep Purple em Perfect Strangers, soam em volume agradável. A suíte deve possuir isolamento acústico, observo que não ouvimos barulho de fora. Os vidros da parede lateral escurecem, ficando foscos. Uau.
- Agora ninguém pode nos ver. - sua voz soa no meu ouvido, me causando arrepios de excitação. - O som está bom, ou prefere outra coisa? - sussurra, depositando beijos e sugadas gostosas em meu pescoço, os braços puxando minhas costas contra seu corpo.
- A música é perfeita, inesquecível para mim. - gemo, enquanto suas mãos delineiam minha cintura, subindo e descendo em minhas laterais. Ela sempre adorou meu corpo, e agora que estou mais voluptuosa, parece gostar ainda mais.
- Ela tocava quando você me fez sua... - ela me gira em seus braços e eu a abraço pelo pescoço. - E me arruinou para todos os outros.
- Perfeitas estranhas que estavam destinadas a se encontrar. - murmura, os olhos verdes brilhando na semiescuridão, mexendo com tudo dentro de mim. - Porque se pertenciam. - completa, me olhando com tanto amor, adoração. Eu arfo, meus olhos lacrimejando.
- Eu te amo. - sussurro com todo o meu coração.
- Eu te amo mais. - sopra asperamente, descendo a boca na minha. Eu a recebo, sôfrega, nossas línguas se entrelaçando num beijo quente, cheio de querer, tesão, amor. Começamos a dançar, nos beijando de olhos abertos, nossas bocas mergulhando uma na outra, recuando, nossas línguas se lambendo lentamente em pinceladas eróticas. Eu a olho tão apaixonada, que meu coração amolece. Ela está linda esta noite usando uma calça jeans branca, blusa de alça verde musgo e blazer preto . Nos pés sandálias trançadas preta também. Os cabelos presos em um rabo de cavalo no alto da cabeça. Minhas mãos correm pelos ombros dela, amando sentir o calor que ela exala.
Eu ofego, sentindo a música pulsante, me embriagando nela, meu amor, minha mulher. Ela chupa a minha língua com força, as mãos acariciando minhas costas nuas e caem para a minha bunda, me puxando mais, alinhando nossos sexos. Estamos em nosso próprio ritmo lento e sensual, nos esfregando gostoso. Nossos olhares travados. Ludmilla apalpa minhas bochechas, agora mais carnudas e me puxa rudemente, me fazendo ficar na ponta dos pés e mói a coluna grossa e dura de sua ereção em meu centro. Eu pulso, pingando de tanto tesão, querendo-a toda dentro de mim. Nossas bocas ofegam uma na outra e ela suga meu lábio inferior, mordendo-o, lambendo-o. Eu choramingo, me pendurando em seus ombros, entregue, desejosa. Suas mãos descem mais, pegando a bainha do vestido curto, subindo-a, agarrando minhas coxas e logo a bunda nua.
- Porra, quando senti você nua, eu queria puxar meu pau para fora e meter bem fundo em sua boceta lá na mesa... - fala, as mãos se dividindo, uma cavando em minha vagina e a outra em minha racha traseira. - Imaginou, Brunna? Todos em volta e eu te comendo, gozando gostoso, minha porra escorrendo em suas coxas depois...
- Ahh, Ludmilla... - eu gemo com a sua descrição indecente, estremecendo quando mete dois dedos em minha vulva, enquanto circula meu ânus com a outra mão.
- Tire o vestido para mim. - sua voz está tensa, rude.
Eu choramingo e puxo o vestido por cima da cabeça, jogando-o no chão. O
modelo tem bojo, então não estou usando sutiã também. Fico apenas em meus Jimmy Choo pretos de saltos extravagantes. Eu me sinto muito bem explorando minha sexualidade com ela, a mulher que me ensinou tudo. Um tapa cai em minha nádega direita. Eu gemo e serpenteio meu corpo no dela, me esticando toda, lambendo sua boca. Ludmilla ruge e traz uma mão para minha nuca, puxando o cabelo do jeito que adora fazer. Minha vagina pulsa, o melado grosso encharcando minhas paredes. Arfo, esperando mais um beijo e ela sorri, o sorriso perverso que me enlouquece, os dedos cavando mais fundo dentro de mim num vai e vem delicioso, o polegar passando sobre o meu clitóris. Sua boca viaja para o meu ouvido, onde lambe a ponta da orelha e a morde depois. Meu corpo estremece, esfrego meus seios tesos, pesados de leite, contra os seus.
- Junte os peitinhos Brunna. - manda e eu gemo em antecipação. Eu seguro meus seios cheios e arqueio as costas, oferecendo-me. Ludmilla abaixa a cabeça e ampara a minha nuca, forçando-me a arquear mais, quase dolorosamente, e passa a lamber os bicos, doce e lentamente, fazendo pulsar mais entre as minhas pernas. Choramingo e ela ri baixinho, malvada, então a boca quente suga os dois mamilos de uma vez, abocanhando-os.
Eu gemo, lamentosa, e aperto o seio enquanto ela suga um de cada vez agora. Os dedos aceleram, comendo-me com força, bem fundo. Resfolego, todo o meu corpo arrepiando, o calor escaldante vibrando em meu baixo ventre. Ludmilla chupa com ganância, rolando a língua no mamilo, mordendo-o perversamente, então explodo, gozando e gemendo alto. Meu líquido molhando a sua mão toda.
- Vá sentar no recamier e abra bem as pernas. - puxa os dedos do meu interior. Eu ainda estou sofrendo os espasmos. - Quero ver essa bocetinha gulosa ansiando pelo meu pau. - ela me empurra suavemente. Eu me viro de costas e ouço seu gemido, de certo vendo a minha bunda. Ela está completamente tarada pela minha bunda. Rio, andando sensualmente, dando-lhe um show. Quando chego ao móvel de couro vermelho, apoio as mãos e me inclino, abrindo as pernas e empinando bem a bunda. - Brunna, não me provoque... - range e eu rio mais, girando com graça para me sentar no estofado antes de puxar as pernas para apoiá-las na borda do móvel. Fico toda arreganhada para ela, sem nenhum pudor. Ludmilla geme, arrancado o blazer e a blusa grosseiramente, os olhos lindos e perversos correndo por cada centímetro do meu corpo e indo parar na minha vagina toda aberta para ela. - É minha putinha... - ruge, vindo para mim devagar.
Meus olhos correm pelos seios sem sutiã empinados pedindo pela minha boca e o abdômen reto e descem mais, encontrando o pau longo e grosso saltando para fora da calça. Ela se livra da calça e das sandálias e para à minha frente, os olhos verdes fumegantes ao me devorar. Eu me arrepio toda, meu creme escorrendo entre os lábios. Ela segura o eixo e aproxima a ponta do meu rosto.
- Sua vez de me chupar... - diz com a rudeza que amo. Eu gemo e me inclino, beijando a cabeça avantajada. Escorrego os pés para o chão, mantendo-me ainda toda aberta para ela, e seguro seu eixo grosso pela base com a mão direita. Masturbo-a devagar, enquanto lambo a ponta e depois ele todo. Ludmilla geme, rouca, uma mão juntando meu cabelo no alto da cabeça. Olho-a o tempo todo, enquanto banho seu belo pau com a minha língua, dando leves sugadas na cabeça. - Droga, que boquinha gostosa, amor. - apesar do termo carinhoso, puxa meu cabelo e eu gemo, pingando com seu tratamento rude. Rindo baixinho, eu abro a boca e levo o máximo que consigo até a minha garganta. Ela ruge, grunhe, geme, ainda puxando meu cabelo, e passa a foder minha boca com firmeza. Seus olhos fervem observando-me chupá-la, meus lábios esticados ao máximo ao redor do eixo. Lágrimas surgem em meus olhos pelo esforço em levar seu membro, mas não me importo. Eu mamo pra valer, sugando, deixando os dentes rasparem um pouco. Sinto-a estremecendo, o pau inchando mais em minha garganta. - Ahhh, porra, eu vou gozar! - avisa, metendo fundo. Eu massageio seus testículos com a pressão certa e chupo com força para acelerar seu gozo. Ela urra e o primeiro jorro do sêmen quente explode em minha boca. - Brunna... Assim, ohhhh... porra... Bebe a minha porra. Não deixe nenhuma gota... - os olhos verdes me fixam, semicerrados, prazer claro em seu rosto, enquanto despeja seu gozo em mim.
Eu choramingo com suas palavras depravadas. É tão imoral, só que é tão sexy. Eu tomo tudo, cada gota, com ganância, até deixá-la limpa. Com o sorriso perverso que me mata de tesão, ela me empurra e eu caio para trás, meu torso na cama e a bunda sobre o recamier. Ludmilla vem para cima de mim, arreganhando minhas coxas, e abocanha minha vagina, com fome. Meu corpo estremece todo, sentindo a delícia da boca morna, chupando meus lábios juntos, depois separados, rodando a língua sobre o meu montículo inchado. Gemendo alto, ela pega meus quadris e os leva de encontro ao seu rosto e me come com a mesma ganância com que eu a estava chupando. Eu choramingo, gemo e grito desamparada, soltando seus cabelos e enfiando as mãos segurando com firmeza e rebolo em sua boca. Ela geme mais, esfregando o rosto todo na minha carne molhada. Enfia a língua dura em minha vulva, lambe tudo e desce mais, lambendo meu ânus. Meus olhos reviram com o prazer devasso. Enfia dois dedos em minha vulva e continua lambendo, chupando meu buraquinho. Em seguida, leva os dedos da vagina para o meu pequeno buraco. Enfia um e eu relaxo, deixando-a meter fundo. Os lábios voltam para o meu clitóris e o chupa com força, acrescentando mais um dedo em meu ânus, me alargando sem pena. Meu corpo todo vibra, um novo orgasmo começando a se formar em meu ventre, fogo me varrendo por dentro.
- Ludmilla... - eu choro seu nome, o gozo na iminência de vir. Ela ri e se retira de mim, me fazendo choramingar. - Eu quero você.
Ela ri mais, os olhos verdes zombando de mim. Puxa meus sapatos e me empurra grosseiramente para o centro da cama. Eu grito quando ela me vira de bruços e monta em minha bunda. Há um espelho na cabeceira da cama e posso ver o tesão, a luxúria crua em seu rosto quando abre as minhas bochechas e vê meu ânus. Ela se abaixa e me lambe de novo, me fazendo contorcer de prazer, minhas unhas cravando nos lençóis, então me bate nos dois lados e passa a chupar e mordiscar meus globos.
- Junte bem as pernas, baby. - ela se debruça sobre as minhas costas, afastando meu cabelo para o lado e suga a minha nuca bem gostoso. Tremores perversos me assaltam quando faço o que orienta, e ela se alinha em minha vulva. Seus olhos prendem os meus no espelho e ela mete o pau todo, embainhando-se sem dó.
- Ai, ohh... Ludmilla... - eu choro, palpitando à sua volta. Suas mãos cobrem as minhas e ela puxa quase tudo, voltando com força, rasgando meu canal, fundo, bruta, como ela gosta, como eu amo.
- Que gostosa... Eu morro por essa bocetinha apertada. - rosna, mordendo meus ombros e pescoço, o quadril trabalhando no meu, estocando com firmeza e fundo dentro de mim. Essa posição é deliciosamente dolorosa, entra apertado demais, grosso. - Amo arrombar essa boceta... - eu emito ganidos altos, entrecortados, o orgasmo vindo com força. Ela não para, me come com voracidade, metendo profundamente. Suas mãos enfiam debaixo de mim e pegam meus seios, sovando, apertando os mamilos, e eu me empino para levar tudo, absolutamente tudo dela. Ela geme, aprovando minha ganância e me arreganha sem dó em uma, duas estocadas brutais e eu berro, gozando tão forte que minhas vistas escurecem.
- Oh, Deus... Que gostoso... - balbucio, meu rosto enterrado nos travesseiros. Ela não alivia, continua me comendo muito depois dos meus tremores passarem. Seus lábios mornos depositam beijos suaves em minhas costas e seu ritmo diminui até parar. Gemendo baixo, ela se retira e abre a minha bunda, encostando a cabeça gorda em meu orifício. Ofego, a lascívia voltando em minhas veias quando percebo que vai me tomar inteira essa noite.
- Sim, baby, vou te comer todinha... - range, massageando meu ânus com a ponta grossa ao mesmo tempo em que vai empurrando em mim. Resfolego ao sentir a cabeça passando pelo meu anel. Ela sabe o jeito certo de ir enfiando para não doer tanto, mesmo assim arde, porque é bem avantajada. Vejo pelo espelho as coxas poderosas me montando de cada lado, a expressão feroz de prazer sujo na medida que vai metendo em mim. Arfo, estremecendo, sentindo o grande volume entrando e me sodomizando. Ela puxa um pouco para fora e fica assim, num vai e vem delicioso. Eu me remexo precariamente embaixo dela, dominada. Não satisfeita, ela arreganha bem a minha bunda e olha meu ânus engolindo-a. Grunhindo alto, ela mete tudo numa estocada perversa, funda. Eu grito, alucinada, a picada de dor e prazer se misturando, inflamando minhas veias. Ela se inclina e puxa meu cabelo da nuca, obrigando-me a arquear para trás, então passa a estocar devagar em meu canal, comendo-me tão gostoso, que meus dedos dos pés enrolam e mais jorros de excitação inundam a minha vagina. Combinando a suavidade das estocadas com o puxão firme em meu cabelo, e eu deliro, empinando-me mais, convidando-a a ser mais bruta.
Ela me puxa para trás sem sair de mim e se senta na beira do colchão, minhas costas em sua frente, minhas coxas arreganhadas sobre as suas. Continua puxando firme meu cabelo e estoca fundo, metendo de baixo para cima. Já estamos suadas, ofegando, ganindo, perdidas na nossa luxúria. Apoio as mãos em suas coxas e ela ruge, porque a posição a faz entrar até o cabo. Sua mão livre vem para o meio das minhas coxas e cava a minha vagina, então enfia dois dedos bem fundo. Eu gemo, jogando a cabeça para trás, me dando toda para ela. Ludmilla solta o meu cabelo e pega meus seios, a boca vindo com avidez para o meu pescoço. Eu pendo a cabeça em seu ombro, sobrecarregada, molhada, arfante, alucinada de tanto tesão. Amassa meus seios e, sem aviso, retira os dedos da minha vulva, dando um tapa no clitóris. Eu berro de dor e luxúria, mas o prazer inconfundível que essa mulher me proporciona é muito maior, então eu me aproximo de outro orgasmo. Rindo e gemendo roucamente em meu ouvido, Ludmilla se levanta comigo empalada nela. Com meus pés sobre os dela, ela caminha comigo até chegar à parede que oferece a vista da cidade.
- Olhe para você, Brunna.... - sussurra rudemente em meu ouvido, e assim eu o faço. Encaro meu reflexo e arquejo com a mulher me olhando de volta. Ela está descabelada, corada, os olhos enevoados de tanto desejo, lascívia. Mas, ao mesmo tempo, nunca me achei tão bonita ao dar prazer a minha mulher. Meus olhos encontram os dela na vidraça. Suas mãos passeiam pelo meu corpo todo, coxas, cintura, seios, vagina, apertando, pegando com posse, seu olhar preso ao meu. - Vamos, toma o meu pau todo nesse cuzinho apertado e gostoso... - segura meus quadris e empurra com força, me tirando o fôlego. Choramingo, arranhando o vidro, arqueando-me para levá-la toda, rebolando em seu pau, e Ludmilla me come com fúria. Arreganhando-me sem pena, tão grosso, grande, castigando-me. Sua mão encontra meu sexo novamente, esfrega meus lábios vaginais e depois o meu montinho. - Ahh, porra! Brunna... Goza comigo... - sinto-a mais animal, engrossando dentro de mim, me comendo fundo, gemendo rouca. A massagem no clitóris se torna intensa e eu resfolego, meu corpo tremendo todo, então nós duas urramos ao mesmo tempo. Seu esperma quente me inunda e eu desabo, minhas pernas cedendo enquanto o gozo varre meu corpo em perversas ondas escaldantes.
Ludmilla me firma e continua metendo em mim até despejar a última gota, cheirando meu cabelo, seus lábios sugando minha orelha, sua respiração e gemidos ruidosos em meu ouvido, as mãos passeando pelo meu corpo de novo, gananciosas. Suor cobre a nossa pele e eu abro os olhos e vejo a cidade, me sentindo poderosa ao ser devorada, mas, acima de tudo, amada pela mulher da minha vida. Ela geme em meu ouvido e ri um pouco, ofegante, linda. Pega meu queixo e vira o meu rosto para o seu, e contrariando sua posse feroz, sua boca toma a minha num beijo suave. É delicioso, os lábios mornos chupando os meus, minha língua. Seguro sua cabeça por trás e a beijo de volta, gemendo baixinho, saciada, uma lassidão gostosa tomando conta de mim.
- Minha garota perfeita... - sussurra contra a minha boca, os olhos verdes se abrindo direto para os meus. Meu coração canta com suas palavras e expressão amorosa, agora que a paixão carnal arrefeceu. - Você nasceu para ser minha.
- Sim, amor, e você para ser minha. - murmuro de volta. Ela ri, a risada profunda e deliciosa que me deixa ainda mais apaixonada.
- Sim, baby. - roça a boca na minha, ternamente. - Eu esperei por você a minha vida inteira. Esperei pelo seu amor.
- Ludmilla... - eu digo o seu nome com meu coração mole e olhos marejados.
Com mais um beijo suave, ela sai de mim com cuidado e me abraça pela cintura, nos levando agarradas para o banheiro no lado oposto da suíte.
- Vou cuidar da minha garota agora. - diz numa mistura terna e indulgente.- Eu vou querer você de novo daqui a pouco.
- Eu também. - digo, rindo, jogando meus braços em seu pescoço, lembrando do primeiro momento em que fui atrevida assim ao dizer que a queria. Foi na Grécia, naquelas duas semanas mágicas. Lá eu me apaixonei perdidamente por ela, mesmo achando-a uma déspota. Uma senhora feudal. Linda. Deliciosa. Isso me faz rir mais.
- Que sorriso é esse? - pergunta, estreitando os olhos verdes nos meus. Entramos no banheiro luxuoso e eu continuo agarrada em seu pescoço e ela ri, os braços se fechando em minha cintura com mais força. Suspiro com nossos corpos colados ao senti-la toda contra mim. Ela sussurra bem perto da minha boca: - Conte-me, amor.
- Eu quero passar uma parte da nossa lua de mel na Grécia. - digo, tocando seu rosto ainda corado. - Foi lá que eu me apaixonei por você, mesmo você sendo uma ditadora. - rolo os olhos.
Ela ri de novo profundamente. Deus, eu amo esse som, a expressão em seu rosto quando ri assim. Eu a amo tanto. Tanto. Meus olhos devem estar lhe dizendo isso, porque sua expressão suaviza ainda mais.
- Eu acho que foi lá que me apaixonei por você também. - diz, me dando um beijo leve. - Embora eu tenha ficado fascinada por você e essa boquinha atrevida desde o primeiro encontro e a forma como me desafiou. - é a minha vez de rir. - Sim, podemos passar pela Grécia e depois seguimos para a sua surpresa... - diz enigmaticamente. Ela está adorando me deixar curiosa quanto
nossa lua de mel. Antes que possa protestar, ela me levanta pela bunda e liga o chuveiro, me fazendo gritar quando o fluxo de água cai sobre nós.
- Amor! - eu rio alto. Ela também ri e ficamos assim, parecendo duas bobas, rindo e nos beijando embaixo do jato de água. Mais um suspiro me deixa. Eu posso me acostumar com isso: ser feliz.
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O acordo- Brumilla
FanficLudmilla Oliveira, é a CEO da LO Ocean Airlines, sediada em São Paulo. Uma mulher fria, implacável e cínica, que respira negócios. Aos trinta e sete anos nunca se permitiu viver nada além de sexo casual, usava com magnitude seu milagre entre as pern...