Dois dias depois... Atenas, Grécia...
Ludmilla
Nos despedimos do grupo entusiasmado e seguimos por entre as mesas, em direção à saída. O encontro de altos executivos do setor aéreo, está acontecendo em um dos hotéis mais sofisticados, no centro de Atenas. Serão quatro dias de conferências, palestras e apresentação de propostas inovadoras. Minha mão está firmemente posicionada na parte baixa das costas de Brunna, enquanto atravessamos o grande salão de eventos. Estou um pouco irritada pelos olhares de interesse que os homens da mesa, em sua maioria acima dos cinquenta, é bom salientar, estavam dando para minha jovem esposa. Especialmente o olhar ávido e inconveniente de Tales, o único jovem na mesa, e filho de Dimitri Anastasiou, meu provável parceiro de negócios aqui na Grécia. Para o meu aborrecimento, no arranjo dos lugares, Brunna ficou bem do lado do fedelho. O folgado se aproveitou do fato de eu precisar tratar de negócios com seu pai, para enredá-la numa conversa sem fim. Toda maldita vez que olhava de lado, Brunna estava rindo de algo que o imbecil falava e minha irritação foi crescendo, fervendo em fogo baixo.
Para ser sincera, minha insatisfação tem persistido por duas razões: primeiro, não tenho fodido a bocetinha apertada de Brunna; segundo, não gosto nem um pouco de me sentir tão atraída por ela, e exatamente por isso, lhe concedi mais duas noites de sossego. Gosto de estar no comando. Ter total controle das minhas ações é essencial para mim. Ninguém me abala. Ninguém. Mas, porra, quando ela saiu do closet mais cedo, trajando esse vestido verde e longo de um ombro só, bem ao estilo das mulheres gregas, eu perdi a maldita fala. Estava voltando do terraço e nossos olhares colidiram. Senti um baque por dentro e como sempre acontece quando a olho, a familiar quentura libidinosa se espalhou em minha corrente sanguínea. Meu pau engrossou na hora dentro do meu short compressor, nunca fui muito adepta de vestidos, e agora com Brunna por perto era impossível usar um, então trouxe uma vastidão de roupas sociais, típicas do meu dia a dia. Nada muito feminino como vestidos, mas na medida certa de elegância e conforto para mim e meu amiguinho, eu estava usando um macacão social preto, casaco social de veludo verde musgo, e nos meus pés scarpin pretos, meus cabelos se encontravam em uma trança bamba e realcei meus olhos com rímel. Sempre tive a certeza do que eu causava, e nunca tive isso, essa loucura desenfreada de meu corpo se perder, eu tive que me amaldiçar baixo quando a vi e ainda mais por ela ser uma garota, mal saída da adolescência, me fazendo sentir um tal nível de tesão. Uma faixa dourada marca sua diminuta cintura, deixando os quadris ligeiramente arredondados chamando a atenção. Os cabelos castanhos presos em um coque no alto da cabeça e a maquiagem mais carregada, deixando-a com aparência mais velha. Seus olhos correram por mim também, brilhando como joias na luz tênue das arandelas perto da cama. Nenhuma de nós disse nada, apenas nos olhamos por alguns instantes, a animosidade entre nós sendo relegada a segundo plano. Era como se uma espécie de corrente elétrica passasse, estalando, indo e vindo, atraindo uma para a outra. Eu guardei meu celular no bolso e lhe perguntei se já estava pronta. Minha voz saiu mais brusca e rouca do que eu realmente queria e ela empinou o queixo, passando por mim, sem me responder.
Abano a cabeça, expulsando as memórias e a conduzo para o elevador. Aperto o botão para nossa suíte, na cobertura e a subida inicia. Achei mais cômodo nos hospedar aqui mesmo, uma vez que o hotel é excelente e fica a poucos minutos dos principais pontos turísticos. Brunna pode ir conhecer a cidade enquanto eu cuido dos negócios, sem ficar com a consciência pesada por ter que negligenciá-la. Uma coisa que precisará aprender, e rápido, é que trabalho para mim sempre virá em primeiro lugar. Não retiro minha mão de suas costas, mandando-lhe um recado claro de que esta noite ela volta a me servir. Encaro-a através da parede de vidro. Seu rosto levanta e os olhos castanhos encontram os meus. Droga, é sempre o mesmo impacto. Um leve arfar deixa sua boca rosada, os lábios carnudos tentadoramente abertos no centro, fazendo um biquinho ao mesmo tempo inocente e sensual. Sua boca remete a fantasias sexuais perversas e meu pau sacode, ficando dolorosamente duro. Me permito observar cada detalhe dos traços delicados, a pele perfeita, sedosa, sem máculas. Jovem.
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O acordo- Brumilla
Fiksi PenggemarLudmilla Oliveira, é a CEO da LO Ocean Airlines, sediada em São Paulo. Uma mulher fria, implacável e cínica, que respira negócios. Aos trinta e sete anos nunca se permitiu viver nada além de sexo casual, usava com magnitude seu milagre entre as pern...