Seis

4 1 0
                                    


Já era o final da tarde do nosso segundo dia juntos e eu estava mostrando as músicas novas da banda para Genna. As letras espalhadas pelo tapete, o violão apoiado em minha perna, exatamente como há quatro anos atrás. Agora parecia há uma vida, com tanta coisa mudando para nós dois.

— Essa é ótima. Soa como um cara apaixonado. — ela riu.

— Talvez eu estivesse — dei de ombros.

— Durante esses dois anos você conheceu alguém?

— Eu viajei por muitos lugares e conheci muita gente, Genna...

— Não seja evasivo comigo — ela rolou os olhos, deitando no tapete — Você se apaixonou?

— Sem dúvidas eu me apaixonei. Nenhuma paixão que durasse mais do que uma noite ou alguns dias, mas todas muito sinceras, se quer saber.

— Não me parece sincero se durou tão pouco.

— Nem todo mundo quer um amor pra vida toda, às vezes as pessoas só querem aproveitar um momento com alguém legal.

— O que você quer, Timmy?

— Acho que depende do momento e da pessoa.

— Nesse momento.

— Não me atreveria a querer nada, Genna. Você disse sim naquele altar, por livre e espontânea vontade.

— Para salvar a população de uma possível crise. Para evitar que milhares de pessoas ficassem sem abrigos e hospitais. Você já viveu em um abrigo, deveria saber...

— Acredite, eu sei o quanto um financiamento e apoio político pode ser importante.

— Então não me olhe dessa forma.

— Não estou te olhando de forma alguma. Nós já não estávamos juntos há bastante tempo quando você ficou noiva e sinceramente eu não tenho absolutamente nada a ver com isso... E mesmo que você tivesse discutido o assunto comigo antes, você sabe que eu te apoiaria em qualquer que fosse sua decisão. — uma pausa. Genevieve encarava o teto com os olhos marejados, mas eu sabia que ela ouvia com atenção.

— Se você estivesse aqui antes, eu não teria aceitado.

Se não fosse pela tal amante, você estaria em sua lua de mel na Grécia agora e não teria me procurado. Então não jogue seus "ses" para mim, Genna.

— Acho que já fiquei tempo demais na sua sua casa. Vou pra casa do meu pai. — ela se levantou e caminhou em direção da porta do quarto. Soltei o violão no tapete e segui seus passos.

— Porque é isso que você sempre faz, não é? Se afasta quando as coisas ficam complicadas. — Agora nós nos encarávamos próximos demais, as respirações se misturando. — O que você quer de mim, Genna?

— Eu quero você inteiro, Timmy.

Então eu a beijei com cada parte do meu ser. Raiva, paixão e cumplicidade se misturavam aos nossos gostos enquanto eu apertava seu corpo contra a parede, sentindo-a estremecer sob minhas mãos. Senti seus dedos trilharem caminho em minha abdômen e costas, subindo, descendo, tocando, arranhando, testando. Cada sensação acompanhada pelo turbilhão de sentimentos que nos uniam. Logo minha camisa estava no chão e ela não vestia nada mais nada enquanto se atrapalhava com meu cinto. A ajudei a me livrar do restante de minhas roupas enquanto a levava até a cama.

— Isso vai doer? — ela parou.

— Alguma vez que estivemos juntos doeu?

— Não, mas nós nunca passamos das preliminares. Na minha noite de núpcias...

— Não vou passar nenhum limite que você não queira. É só me dizer.

— Eu quero.

— Então eu vou fazer de tudo para ser a melhor noite da sua vida, Genna. — dei meu melhor sorriso sacana para ela enquanto descia minha mão pelo seu corpo, até alcançar o ponto desejado. A observei fechar os olhos e arquear o corpo em minha direção, a respiração cada vez mais pesada. Beijei sua boca e seu pescoço, descendo uma trilha de beijos por todo seu corpo, até que minhas mãos fossem substituídas por minha boca. Genna puxava meu cabelo, me guiando em meio a suspiros e gemidos. O som de meu nome saindo de sua boca em súplica era de longe a coisa mais excitante que eu já tinha ouvido. Voltei a usar as mãos, sentindo-a próxima ao ápice e então parei, me divertindo com o olhar frustrado que ela me lançou.

— Por favor — ela suplicou. Eu a beijei novamente nos lábios, me posicionando entre suas pernas. Senti seu corpo tensionar e mordisquei sua orelha e pescoço.

— Confia em mim?

— Confio.

— Então relaxa — Me ocupei de beijá-la e acariciá-la até sentir que Genna estava relaxada mais uma vez. Entrei aos poucos, deixando-a se acostumar comigo. — Tudo bem? — perguntei quando já estava completamente dentro dela. Genevieve assentiu e então eu comecei a me movimentar devagar. Aos poucos, seus gemidos me encorajaram a aumentar a velocidade, até que ela estivesse totalmente entregue em meus lençóis.

 Aos poucos, seus gemidos me encorajaram a aumentar a velocidade, até que ela estivesse totalmente entregue em meus lençóis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era nosso último dia juntos antes de precisarmos voltar ao "mundo real".

— Como vai ser agora? — ela me perguntou deitada no meu peito.

— Me diga você, o que quer fazer?

— Eu quero pedir o divórcio e mandar esse acordo pros ares, mas então eu penso em todas as pessoas que dependem disso e... Não sei, Timmy.

— É isso então? Eu vou ser seu amante para sempre?

— Eu só preciso de um tempo para conseguir encaminhar as coisas.

— Quanto tempo?

— Eu não tenho certeza ainda. — ela pareceu sincera ao responder.

— Eu vou sair em turnê dentro de três meses. Fico sete meses longe.

— Talvez a gente possa conversar quando você voltar, se você ainda quiser.

— Talvez.

Sorrisos QuebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora