Depois das Sombras

Chuva

Sábado.

Eu estava em meu quarto, tinha acabado de acordar, eu ficaria mais se eu não tivesse que ir para Hogsmead com o Cicatriz. Pansy e Blaise tinham saido pra não sei onde. Eu me arrumei, fazia um calor dos infernos hoje.

Eu saí do castelo e fui em direção a Hogsmead, lá no Três Vassouras estava um Potter distraído.

- Potter? Potter? - O chamo

- Ah, oi. Que bom que veio, achei que não viria. - Ele sorri e eu tendo forçar um sorriso.

- É, eu já desisti umas mil vezes no caminho, mas eu estou aqui não estou? - Me sento do seu lado.

- Bom... então, vamos? - Ele pergunta

- Não, quero uma cerveja amanteigada. - Sorrio

Depois de algumas, Potter me levou até um lugar, uma caverna afastada.

- O que é isso Potter? De tentar algo eu mato você. - Falo

- Aqui dentro tem uma coisa que acho que vai gostar. - Ele diz

- Coisa? Que coisa Potter? - Pergunto

- Com medo Doninha? - Ele pergunta e sorri

- Bom, coragem não é muito minha praia. - Digo

- Eu acho que está errada. - ele diz. - Bom, pode vir. - Ele chama a tal coisa.

Quando eu vejo o que era eu praticamente entro em pânico.

- Potter, eu quero morrer, é verdade, mas não esmagada por uma galinha gigante. - Digo assustada

- Ele não é uma galinha, ele é um Hipogrifo, ele é o Bicuço. - Potter diz

- Que? Ele foi condenado a morte..  ah esquece. Eu quero ir embora Potter, agora. - Digo

- Depois, agora, eu quero que você faça a reverência. - Ele diz

- E quem você pensa que é pra me dar ordens? - Pergunto

- O cara que segurando o animal, se eu soltar, ele te mata. - ele diz

Eu me dou por vencida, e faço o que Potter pediu. O animal no começo avançou e Potter o impediu. Eu fui me aproximando dele, até ele pegar confiança, o que não foi fácil. Tá, eu sei que eu o insultei, e que ele quase morreu por minha causa. Mas é passado né?
Assim que Bicuço se aproximou de mim, eu perdi o medo.

- Oi garoto. Desculpa por ser aquela idiota tá bom? Eu prometo tentar mudar. - Falo isso enquanto faço carinho nele. - Tinha razão Potter, eu gostei. Gostei muito.

- Harry, pode me chamar de Harry. - ele sorri

- Tudo bem Harry. Pode me chamar de Scárina, ou de Scary. - Sorrio

- Quer montar nele? - ele pergunta

- posso? - O olho

- Sim, só não arranque as penas, ele não vai gostar. - Harry diz

- Tudo bem.

E eu monto nele, eu voei em um Hipogrifo, o mesmo que eu condenei. Eu me sentia livre, como se nada me impedisse de ser feliz.

Já no chão, Potter me ajuda a descer e nos ficamos mais alguns minutos ali, até que o tempo virou e começou a chover. Entramos na caverna.

- Posso te fazer uma pergunta? - Potter diz

- Manda. - Falo

- por que não disse que era eu? Na sua casa? - ele pergunta e eu o olho

- Am, eu vou responder sua pergunta, mas não hoje Cicatriz, não hoje. - Digo

Ficamos em silêncio, até a chuva passar, mas ela não passava, o que tava me deixando com medo. Eu odiava Chuva, trovões, raios e tudo relacionado a chuva. Eu não me sentia bem, tudo em mim acendia, eu entro em pânico as vezes.

Tinha dia que eu sumia de casa, quando havia tempestades, e meus pais nunca estiveram comigo. Eu não me lembrava de como eu parava em tal lugar, eu só... acordava em um lugar diferente, e quando chegava em casa toda suja, eu apanhava do meu pai, eles nunca se preocuparam comigo de verdade. Meu pai sempre deixou bem claro que preferia um menino, ele dizia que "um herdeiro menino, nunca me daria tanto desgosto". E por isso que tentava agradar ele, mas nunca dava certo. Ele sempre me tratou como uma peça de troféu, só por que eu desde sempre, fui uma menina bonita, com traços finos e delicados, com meus olhos azuis acizentados, meus cabelos brancos, ele sempre me apresentou como se eu fosse algo pra ser admirado por outras pessoas, Principalmte para velhos ricos e nojentos.

A tempestade corria, firme e forte, e a cada segundo me assustando. Olho pra Harry e vejo que ele pegou no sono, assim como Bicuço, já estava noite. Foi aí que minha mente apagou.

Eita porra, o que vai acontecer com ela Merlin? O próximo é Pov Harry. Vamos saber mais o que a Scárina tem. Até amanhã