prólogo

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Mansão dos Malfoy. 1998, alguns dias antes da guerra.

Hary não ousou olhar diretamente para Scárina, mas viu-a de esguelha: uma figura um pouco mais alta que ele ergueu-se de uma poltrona, o rosto um borrão pálido e fino sob a cabeleira louro-branco.

Greyback forçou os prisioneiros a se virarem mais uma vez, para deixar Harry diretamente sob o lustre.

- Então, garota? - perguntou a áspera voz do lobisomem.

Harry ficou de frente para um espelho sobre a lareira, um enorme obje-
dourado com uma rica moldura em volutas. Através das fendas dos olhos
de viu a própria imagem, pela primeira vez desde que deixara o largo Grimmauld. Seu rosto estava enorme, brilhante e avermelhado, todos os traços deformados pelo feitiço de Hermione. Seus cabelos pretos chegavam-lhe aos ombros e havia uma mancha escura em torno do seu queixo. Se não soubesse
que estava parado ali, teria se perguntado quem estava usando seus óculos. Resolveu ficar calado, porque sua voz certamente o trairia; ainda assim, evitoou encarar os olhos de Scárina quando a colega se aproximou.

- Então, Scárina? - perguntou Lúcius Malfoy. Seu tom era pressuroso. - É ele? É o Harry Potter?

- Não tenho... não tenho muita certeza - respondeu Scárina. Mantinha distincia de Greyback, e parecia tão atemorizado de olhar para Harry quanto Harry para ele.

- Mas olhe-o com atenção, olhe! Chegue mais perto! -Harry nunca ouvira Lucius Malfoy tão excitado. - Scárina, filha, se formos nós que entregarmos Potter ao Lorde das Trevas, tudo será perdo...

-Ora, não vamos esquecer quem, de fato, o capturou, espero, sr. Malfoy. - disse Greyback, em tom de ameaça.


- Claro que não, claro que não! - replicou o bruxo, impaciente. Ele
próprio se aproximou de Harry; chegou tão perto que o garoto pode ver em detalhe, apesar das pálpebras inchadas, suas feições nomalmente lânguidas e pálidas. Com o rosto transformado em uma máscara distorme, Hary teve a sensação de estar espiando através das grades de uma jaula.

Scárina sabia que aquele era Harry Potter e seus amigos, sabia que se ela falasse, eles iriam chamar o Lord das Trevas, e ele iria mata-los. Ela não queria isso, não queria carregar essa culpa pra si. Então decidiu de uma vez por todas, por um fim naquilo.

- Não é ele pai. - Scárina diz ainda olhando para os olhos verdes de Potter.

- Tem certeza filha? Mas esses são a sangue ruim e o Weasley não são?

Ela não consegui responder, tudo aconteceu muito rápido. Sua tia, Bellatrix viu uma espada e entrou em pânico. Ela só teve dimensão do que estava acontecendo, quando ouviu os gritos da Granger, ela estava sendo torturada. Ela tinha que fazer alguma coisa, não aguentava mais aquilo. Mas quando viu, Potter e o Weasley já estavam com as varinhas apontadas para eles.

- Larguem as varinhas, ou ela morre. - Bellatrix diz segurando Hermione.

- Tá bem! - Rony diz e os dois soltam

- Scárina, apanha-as. - Bellatrix ordena

Scárina vai até as varinhas e as pega, ela ao se levantar olha para Harry Potter, o mesmo está voltando ao normal.

- Olhem, é Harry Potter! Scárina, chame o Lord das Trevas, agora! - Bellatrix manda, mas Scárina nada faz. - Scárina!

- NÃO! Eu amo vou fazer isso. - Scárina diz.

- Vai se arrepender garota estúpida. - Bellatrix diz

- Eu o chamo. - Lucius diz e mostra a marca Negra, mas não dá tempo.

E mais uma vez tudo ocorreu muito rápido. Potter desarmou Scárina e pegou suas varinhas, a mesma deixou que ele fizesse isso. E eles partiram dali com a ajuda de Dobby.

- O Lord das Trevas vai ficar uma fera. - Narcisa diz

- Isso é culpa da sua filha Lucius - Bellatrix diz

- ela não é minha filha. - Lucius diz - Ela é fraca.

- Por sorte de todos, não deu tempo de chamarmos ele. E não fale assim da nossa filha Lucius - Narcisa diz

- Você acha que vai ficar assim? Você mentiu Scárina, mentiu, sabia o tempo todo que era ele, não sabia? - Bellatrix se aproxima dela

- Sim. - Scárina responde e ela da um tapa em sua cara.

- A varinha Narcisa, me dê sua varinha. - Bellatrix pede e Narcisa lhe dá a varinha. - Agora você vai pagar.

Dizer que Scárina não estava com medo, era uma mentira, sua tia possuía a Maldição Cruciatus mais poderosa do mundo Bruxo. Mas ela aguentaria, aguentaria por ela e por aquele garoto com uma cicatriz na testa. Ela iria mudar.

- CRUCIO!

Aqui temos uma página do livro, algumas falas do filme e algumas coisas que eu criei.

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